TuneList - Make your site Live

12/08/2012

BAIRROS DE LUANDA

MEUS AVILOS... (um trecho  para recordar os Bairros de Luanda)

Falar em pão quente é recordar o Bairro Popular, era na padaria no largo ao lado da sapataria do surdo que as meninas iam lá e ficavam na fila ao sábado a tarde para comprar o pão para domingo, e está-se mesmo a ver que o maralhal com as suas torraites iam para lá para dar um dedo de conversa, ou mesmo namorar, outros era rua da Gabela a baixo rua da Gabela a cima, e outros mais exibicionistas a dar grandes voltas ao largo e a fazer cavalinhos claro que está de vez em quando era bassaúla na certa.  Recordar o Bairro Popular é recordar as farras nos Clubes do Bairro Popular,  do Sarmento Rodrigues,  as particulares no quintal de qualquer um de nós  ( grandes  farras na casa da Goretti ,  da Ivone,  do Zé Antunes ,  Na casa do Pompeu e do Salvador, na casa do Passarinho na Rua da Gabela e  em especial na Serração do Salgueiro)
Recordar ainda,  os trumunos que fazíamos nos terrenos do Preventório Infantil de Luanda quando jogávamos a bola até  mesmo de noite, Tó e Rui  Barata, Fernando,  Victor e Zé Antunes, Beto , Galiano, Dário, miúdo Agostinho ,Carlos Perninhas e irmão,    ( alguém tirou  dinheiro do pai que era taxista e com esse dinheiro fomos comprar uma bola de catchú ) ,  Carlos Capacete já falecido,  Américo  e muitos mais,  são as Corridas que faziamos de mota a volta do Largo  ( com os invariáveis despistes na casa do Cid),  isso é lembrar o Toalhinha, o Vasco Leite, o Perninhas, o Bronson, o Gaspar, o Zé Antunes (Russo) que uma vez  para não ficar debaixo do maximbombo 22 foi para cima do FIAT 124 do Moedas e a mota para debaixo do maximbas e  outra  vez bateu no Toyota Celica de um mais velho do Sarmento e ai teve que ir para o Hospital de São Paulo com a cana do nariz fracturada. é recordar as idas aos casamentos,  baptizados e festas  afim  como penetras ( sempre havíamos  sido convidados ou éramos convidados da noiva ou do noivo consoante o que nos parecia melhor ).  Tempos que vão... e que se vão,  diluindo nesta saudosa existência de vida.
Recordar o Bairro Popular é recordar ainda kandengue, as idas  até ao Bar São João ( do Matias e do Jorge ) e os mais cotas tais como o Necas ( Nascimento guarda redes do ASA suplente do Cerqueira ), o Garrido, o Pita –Grós, o Nogueira , o Américo Nunes, o João Doutor, o miúdo Lobo, o Carlos Enfermeiro, o Sotero,  o Manel Zé, o falecido Alberto ( Gugu ), o Moedas, o Zé das Senas,  o Fernando e o Nelo Caroça, os Vandúnem, o Zeca Dificil, o Bronson, o Cruz, o Barros,  (os irmãos Borges  - Zé, António. Chico, Carlos e o João  ) e  muitos outros avilos  que pagavam uns finos cá ao menino, está-se mesmo a ver que depois  de  beber  dois  ou  três  finitos  levavam-me  a  casa  e  a  tia  Carmitas  ( minha falecida mãe ) barafustava com a malta pois dizia ela que me queriam matar com a cerveja, " temos que nos irmos recordando com estas pequenas lembranças...que já não voltam mais!
É recordar ainda  as idas ao cinema São João ( eu e meus irmãos e o Chico meu cunhado  trabalhávamos no bar ( sr. Reinaldo era o gerente  ) só para ver o filme sem pagar ) e depois no fim das sessões iamos para o muro do Matias e estavamos ali até ás 4 da manhã a contar anedotas " ás vezes era com cada susto pois o Matias vinha á janela e com a pistola de alarme afugentava o pessoal" ou então quando colocava alcatrão no muro (ao qual chamávamos carinhosamente de o nosso poleiro ) para não nos podermos sentar .
Recordar o Sarmento Rodrigues era ir para o Tirol ou o Pisca Pisca e petiscar uns pipis com mocotós e moelas e beber uns finos junto da malta.
Lá aparecia o Brinca na chica que farto de andar de bicicleta pedia para dar uma volta na minha torraite e eu dizia xê canuco vai lavar a cara e vestir uma camisa e umas calças limpinhas. Xê este branco é mesmo carrula.
malta da Banda Kaluandas do Bairro é recordar a loja do Dias onde o Munhungo  também chamado Cassequel,  o maximbombo 23 fazia a inversão junto ao imbondeiro. Nesse maximbas era mais barato e o maralhal ia nele e as vezes não pagava, o falecido Zé Pinguiço uma vez ficou todo arranhado pois  a fugir do cobrador  e com o maximbombo em andamento caiu na estrada de Catete junto aos Maristas .

Recordar o Bairro Palanca e o Golfe ( Lagoa do Roldão ) é recordar as corridas de moto – cross que ai se realizavam,  meu grande amigo Carnapeto do Desportivo União de São Paulo  que organizava os moto crosses antes de ser nas Barrocas do Miramar , artilhava-se as torraites fazia-se o moto cross e ainda tínhamos tempo para ir ás  Matinés  no Cine S. João  para estar com as  Garinas.
Lembro- me  perfeitamente do negrão  Vai a Lua  com uns  pés  enormes  e era  Cambaio   que tinha uma deficiência numa perna  e  que queria sempre jogar a guarda - redes!!!
Lembro- me de matar sardões à pedrada no Jardim do Preventório, de brincar as corridas de automóveis "dinkitows"  com o Manelito  filho da Dona Florinda (alguns "dinkitows"  gamados no Quintas e Irmão deixávamos as caixas vazias) com uns amigos de que me recordo alguns nomes ou alcunhas e moradas: O Manelito tinha uma irmã a Linô  que moravam  na casa ao lado do  Sr. Vicente  pai da Celina e da Chú, lembro-me de passar tardes inteiras a jogar monopólio  com os meus irmãos na casa dele .
Os Teixeiras  que moravam  na Rua de Serpa mesmo ao meu lado ( António, Quim, Chico e a sobrinha Mila que mais tarde casou com o Minguitos da Terra Nova ).
Lembro-me do Carlos Capacete  um kandengue  (quer dizer, um jovem ) um madiê que tinha um cabelo muita espetado e muita forte,  que quando crescia, parecia mesmo um capacete, razão porque lhe puseram tal alcunha? Tinha uma  TORRAITE uma Honda SS50Z, faleceu pouco depois de vir de Luanda.
Lembro-me das nossas brincadeiras com trotinetes e carrinhos de rolamentos que arranjávamos nas oficinas de automóveis (da Renault da Sabb e da Robert Hudson representante da Ford).
Lembro-me dos Pára-quedistas  que saltavam no Golf. Íamos lá para tirar o fio que era bem resistente e um dia numa  dessas largadas, em que houve uma menina "pára" que por ser muito leve, foi arrastado pelo vento, tendo ido cair em cima (e depois dentro) de um galinheiro no Sarmento.  Perto da Serração do Salgueiro, e uma outra que o paraquedas não abriu e ela morreu.
COMO GOSTARIA AGORA DE FAZER E ORGANIZAR UMA CORRIDA DE CARRINHOS COM AS PISTAS DESENHADAS NO CHÃO COM GIZ !!!
 Lagoa do Roldão bem atrás do aeroporto  na carreira de tiro dos comandos  já bem afastado do Golfe ia lá correr nos motocrosses  mais o Zé Tó  com a minha Honda SS 50  Z,  desmontava a mota  e aplicávamos o  escape livre  (tinha feito um escape cónico tipo corneta o chamado mega ) era cá uma barulheira. Depois no fim montava tudo e chegava a casa,  o meu Kota ia ver se a mota estava suja mas nada tinha sido bem lavada,  um bom banho  para não se notar a lama.  Para a Lagoa do Roldão ia-se  acampar e fazer "aquela famosa caçada noturna" caça dos gambuzinos e ai entra o Luis Gambuzo tinha acabado de chegar a Luanda e ao Bairro nos anos 72 ou 73, conversa de Gambuzinos e nós a picarmos e ele curioso quis saber como era e nós como bons amigos quisemos ensinar-lhe como se caçava , e lá o levamos para o Golfe  com o saco de sarapilheira e a lanterna e o deixamos a espera que ele enche-se o saco com gambuzinos e piramo-nos dizendo que os íamos afugentá-los  para a direcção dele indo claro está para  o bar do Matias , passadas duas horas ele todo danado pois ficou lá sozinho  e nada de gambuzinos foi uma rizada de partir o coco,   ficou conhecido pelo Luis Gambuzo, e  com vergonha da alcunha mudou-se para a Madame Berman.
 Para a Lagoa do Silvares, que era mais pequena,  ia-se apanhar os passarinhos, com os arames com o visgo extraído das mulembeiras e depois de muito mexer com os dedos, enrolando o leite da dita cuja arvore.
Lembro-me de um senhor muito forte, negro  enfermeiro que morava ao lado da casa do Sr. Acácio das camionetas pai da Virinha, Dininha e Cacito., batia no filho a toda a hora pois o kandengue queria jogar a bola com a malta mas o pai queria que o miúdo estudasse para ser médico, dizia que nos prendia a todos,  pertencia ao M.P.L.A .
Já agora ainda me lembro de um rapaz que treinava no Benfica  o José Luís Cordeiro e que me queria levar para essas andanças do Atletismo, mas eu nessa  altura queria era motas .
 Lembro-me da mercearia do Sr. Amaro , da casa de Moda do Sr. Novo, da Sapataria do  sr. Silva  ( mudo ) do Sr.  Matias e Jorge do Bar São João, do sr. Pinto Ferreira do Talho,  da Padaria  da Rua da Gabela, da Tabacaria na Rua de Porto Alexandre, da casa de Gelados na Rua de Ourique, da loja do Cravo, da Loja do Dias  onde comprávamos ginguba, do Colégio Santo Expedito . Lembro-me de uma senhora onde íamos comprar gelados feitos de gelo  ou era a mãe do Garção ou do Carlos Buritty.

Quem não se lembra de ir  apanhar  mangas, bananas, pitangas, fruta pinha  e cajús na horta do Preventório    
Quem não se recorda do pão quente da Padaria da Estrada de Catete? Quem ia para O bairro da Terra Nova depois do  ABC
Uma história gira que recordo,  Da garrafa de vinho do porto do Nelo Caroça,  mas ainda assim bastante divertida... Penso que terá acontecido no Natal de 72 ou 73... A rapaziada do Largo e das motoretas, já não recordo todos os que faziam parte do grupo... resolveu nesse Natal visitar todas as capelinhas, ou seja a casa de todos os amigos... Então em cada casa que passávamos para dar as Boas Festas, os pais dos ditos amigos, faziam questão que comessemos das suas iguarias e bebessemos dos seus vinhos... - Resultado lógico... uma ganda bezana...
Assim quando calhou a vez de visitar a casa do Teixeirinha, que ficava lá prás bandas do Palanca, ao subir a "avenida"  de terra batida que dava acesso ao dito Bairro, aconteceu apanharmos uma curva, em que "estranhamente" havia "alguma" areia e o tipo da mota da frente espalhou-se ao comprido e, em consequência disso, todos os que vinham atrás se foram espalhando igualmente em cadeia. Na mota do Zé Antunes ia à pendura o Bacalhau que ficou ali deitado a chorar e a dizer “ ai minha mãe que morri “, Resultado... uma risada geral e a festa continuou...
Pra fechar a noite o Zé Avelino resolver gamar a garrafa de Porto que o Nelo Caroça  tinha levado para o Largo para partilharmos mais tarde na noite e "mamou-a" sózinho às escondidas, tendo sido depois atacado por uma crise de tristeza e de choro, confessando-nos que o pai não gostava dele e acabou debruçado na janela da casa dele, a vomitar tudo o que tinha comido e bebido... Cenas dos tempos...
Lembras-te Nelo Caroça
Meu Deus !!! RECORDAR É VIVER !!! ESTAMOS JUNTOS


6 comentários:

  1. Este foi um escrito da Leta que casou com o Xico e era irmã do Pitta Gróz seu querido irmão que nos lembramos com saudade, e eu vou inseri-lo nos comentários do Bairro Popular, mas antes dizer que a Farra onde ela conheceu o Xico não foi na minha rua, mas sim na casa das manas na Rua Vila Viçosa casa da Zinha, Zita e Ester, e que havia vários russos, Russo da Garelli. Eu Russo da Honda, O Russo que teve o acidente que vocês presenciaram que trabalhava na GUERIM também já falecido , e temos o Russo do Bairro que casou com uma das manas a Ester e vive no Porto e ainda o Russo dos Coqueiros. Leta gostei das tuas recordações, uma beijoca. Também era conhecido por esse nome o homem do saco Kasplúcua,
    Boa ZÉ! Só tu para me fazeres recordar a nossa terra. Adorei. Fez-me lembrar a última farra penso eu que se deu no BAIRRO em casa das Manas. Acho que era na tua rua. Talvez em Março de 75. Foi quando comecei a namorar o Xico. As confusões começaram e o pessoal começou a dispersar-se como se fossem estilhaços de uma granada. Tenho lido algumas CRÓNICAS sobre a tua infância no LUANDA TROPICAL. Que tal passares isso para um livro? Ao fim ao cabo é como se estivesses a falar da infância de todos nós. Os mesmos lugares e as mesmas pessoas. Afinal havia mais que um RUSSO. Será que és aquele que teve um acidente c/ o TOALHINHA na PONTA DA ILHA, em que a toalha se enrolou no raio da mota e te arrastou uns bons metros? Eu ía atrás de vocês num carro do DAVID da SOCAR, e não ganhamos para o susto pois íamos-te passando por cima. O DAVID travou uns bons metros e tu a rebolares à nossa frente. Foi num Domingo ao final da manhã. Ainda hoje tenho essa imagem na minha memória. Olha! Vou-te avivar a memória, também. O velho do saco que falas, não será o Kasplúcua, aquele negro alto que andava a pedir e tinha os pés cheios de Pús por causa das Matacanhas e muito inchados e escamosos? A minha mãe metia-me medo com ele. Pobre homem era tão doente e às vezes pedia esmola. Toda a gente lhe dava alguma coisa. A Srª dos gelados era a D. Micas. Mãe também da LILI. Morava na Rua do NECO e da Mariza. Dois irmãos que andavam de moletas. Quanto ao CONCORD lembro-me muito bem. Parecia um Pássaro gigante. Fui vê-lo para cima do meu terraço. E do Jumbo não te lembras? Vi-o em cima do terraço do colégio Stª EXPEDITO. Foi um dia de festa lá no colégio." FUGAR" à escola era uma palavra que já não me lembrava. Quantas SAUDADES.F alas nas sandálias. Enganaste-te, pois na nossa TERRA eram SANDALETES. Agora que estamos a entrar na PAUSA DAS NOSSAS VIDAS, e tendo já os filhos criados, resta-nos ir recordando a nossa infância e inicio da adolescência, no meu caso. Quando chegámos queríamos era integrarmo-nos e às vezes não ligava-mos muito às saudades que os nossos PAIS tinham. Hoje como nós os compreendemos. Se tivéssemos hoje de abandonar tudo c/ foi naquela época não sei se teríamos a mesma resistência que eles tiveram na altura. O meu PAI deu-lhe logo um AVC passados poucos meses, tinha 42 anos. Chorava muito. Tinha nascido lá. Morreu aos 54 anos Pouco mais que o meu irmão. Quando li o SOS ANGOLA é que compreendi a decisão dele de virmos embora. Foi num espaço de 15 dias. Ele trabalhava na FORÇA AÉREA e fazia o transporte de bagagens p/ o PORTO de LUANDA desde o BCP 21 e da BASE AÉREA Nº 9. NUNCA nos contou o que presenciou. Eu via a tristeza dele mas não me apercebia. Só no LIVRO é que eu compreendi o motivo do desgosto dele. Tantas coisas ruins que ele nos poupou de sabermos. Vai falando da tua infância. Eu sou fã nº 1.Parece-me que estou no Bairro. Adorei as fotos das festas. Todas as Ruas enfeitadas c/ folhas de Palmeiras e colchas às Janelas para a Nossa Senhora ( Santa Ana ) passar. Como era bonito. E na PÁSCOA lembras-te? As portas cheias de flores no chão para o Padre Costa Pereira saber que podia entrar .Só RECORDAÇÕES. Um beijinho para vocês....LÉTA...

    ResponderEliminar
  2. Recorda-se do Bairro Popular nº 1? Eu morei lá 9 anos, de 1966 a 1975, junto à CIMEX. Andei na escola do Bairro Popular até à 3ª classe e a quarta fiz no Colégio Santo António, junto à Igreja Baptista.
    Saudades do nosso Bairro....

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá

      Eu também andei no Stº António. Sou a Filó, filha da directora, Filomena Sá.

      Um abraço

      Eliminar
    2. OLA FILO. EU TRABALHEI NO COLEGIO SANTO ANTONIO NA ESTRADA DE CATETE. A TUA IRMA LITINHA IA MUITAS VEZES PARA A MINHA SALA EU ESTAVA NO JARDIM DE INFANCIA

      Eliminar
  3. É verdade saudades, Amiga Cecilia eu recordo-me bem do Bairro Popular nº1 tinha lá amigos eu comprei a minha primeira Hondeca de 5 na Auto Liz ali perto da Cimex
    Uma Beijoca para ti ( Saudades de Luanda )

    ResponderEliminar
  4. Este comentário foi enviado pela Ana Pinto

    Amigo bom dia!!
    Fiquei muito triste com as fotos do nosso Bairro, destruíram tudo que tínhamos de mais precioso.
    A Igreja de Santa Ana, onde tenho tantas recordações, era uma igreja muito moderna e Linda. O nosso cinema, o cine São João, a loja do Sr. Novo, Modas Confiança, onde diariamente ia buscar linhas ou agulhas para a minha mãe, que trabalhava para o Casão, ela fazia as fardas para os nossos soldados.
    Neste momento ao olhar para estas fotos, voltei ao nosso tempo, recordei a minha ida diária ao depósito do pão, a defesa civil, as matinées no cinema,
    as corridas de motocross que vocês participavam, as corridas á volta do Largo.
    Eu o que mais gostava era ao sábado a tarde ver os casamentos, para ver o meu modelo de vestido para o meu, queria tanto casar na Igreja de Santa Ana, sonhava com um príncipe, mas esse sonho morreu no dia que tivemos que abandonar o Bairro e Luanda, onde nós nos perdemos durante 39 anos e até aos dias de hoje nunca mais vi ninguém pessoalmente.
    Diariamente os meus colegas dizem para esquecer o que me faz tanto mal, mas não consigo, pois Angola é a minha vida. O passado não volta e nada pode ser como eu gostaria de ter sido.
    Eu estou muito feliz neste momento por ao fim de tanto anos, os meus vizinhos e amigos continuarem a ser meus amigos e nunca se esqueceram de mim, como eu nunca me esqueci deles, pois estiveram sempre comigo no meu coração desde o dia em que perdemos o rasto uns dos outros.
    Mais uma vez obrigada amigo, pela tua simpatia e amizade. Não te quero aborrecer e ser chata, fica bem, vamos comunicando e recordar a nossa Angola e o nosso passado. Tem um óptimo dia com muita alegria!!
    Beijocas da tua amiga.
    Ana

    ResponderEliminar