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30/09/2013

“SOMOS UM POVO ESPECIAL!”


"Descontentamento" que reina no Povo Angolano, sobre a governação do MPLA e sob a égide do Senhor Engenheiro JES - Presidente - há mais de 35 anos no poder

(CARTA DE UMA ANGOLANA AFRICANA)

“Angola, meus Amigos, é de todos os Angolanos (negros, mestiços e brancos). Ninguém é dono de país nenhum e muito menos da sua felicidade, por isso não entregue a sua alegria, a sua paz, a sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente de ninguém! Somos livres e não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja. A razão de ser da sua vida, é você mesmo. A limpeza do lixo que ficou para trás, para todos os efeitos, não temos mais marcas físicas mas outro lixo muito mais extenso e perigoso ficará para trás, o nosso lixo!
 
O lixo dos sentimentos negativos, ressentimentos e mágoas que respondemos ao ataque com ataque, seja ele com a palavra oral ou escrita e, assim, contribuímos para aumentar o problema em vez de atenuá-lo ou mesmo solucioná-lo. Assim, contribuímos efetivamente para realizar o que tememos. Em suma, nas palavras do ditado popular, o feitiço volta-se contra o feiticeiro. Somos o “povo especial” escolhido do Sr. Engenheiro José Eduardo dos Santos. E como povo especial escolhido por ele, não temos água nem luz na cidade. Temos asfalto cada dia mais esburacado.
 
Os que, de entre nós, vivem na periferia, não têm nada. Nem asfalto! Só miséria, lixo, mosquitos, águas estagnadas. Parasitas. Hospitais?!! Nem pensar. O povo especial não precisa. Não adoece. Morre apenas sem saber porquê. E quando se inaugura um hospital bonito e ficamos com a esperança de que as coisas vão melhorar, mudar minimamente, descobre-se que as máquinas são chinesas, com manuais chineses, sem tradução, e que ninguém sabe operá-las…Estas são opções especiais, para um povo especial. Educação?!! O povo especial não precisa. Cospe-se na rua (e agora com os chineses, temos que ter cuidado para não caminharmos sobre escombros escarrados de fresco…); vandalizam-se costumes, ignoram-se tradições. Escolas para quê? E para ensinar o quê? O Sr. Engenheiro é um herói, porque fugiu ali algures da marginal, acompanhado de outros tantos magníficos?!
 
Que a Deolinda Rodrigues morreu num dia fictício que ninguém sabe qual, mas nada os impediu de transformar um dia qualquer em feriado nacional!? O embuste da história recente de Angola, é tão completo e manipulado que até mesmo eles parecem acreditar nas mentiras que inventaram. Se incomodamos o Sr. Engenheiro de qualquer forma, sai a guarda pretoriana dele e nós ficamos quietos a vê-los barrar ruas, anarquicamente, sem nos deixar alternativas para chegarmos a casa ou aos empregos. O povo especial nem precisa ir trabalhar, se resolvem fechar as ruas. Se sairmos para almoçarmos e eles bloqueiam as ruas sem qualquer explicação, só temos uma hipótese: como povo especial, que somos, não precisamos de comer, dá-se meia volta de barriga vazia e…volta-se para o emprego.
 
 E isto quando não ficamos horas e horas parados, à espera que o Sr. Engenheiro e sua comitiva recolham aos seus luxuosos lares e nos deixem, finalmente, circular. Entramos em casa às escuras e saímos às escuras. Tomamos banho de caneca. Sim!, bem à moda do velho e antigo regime do MPLA-PT do século passado. Luanda, que ainda resiste a tantos maus-tratos e insiste em conservar os vestígios da sua antiga beleza, agora é violentada pelos chineses. Sodomizada, sistematicamente, dia e noite. Está exaurida; de rastos, de cócoras diante dos novos “amigos” do Sr. Engenheiro. Eles dão-se, inclusive, ao luxo de erguerem dois a três restaurantes chineses numa mesma rua. A ilha do Cabo, tem mais restaurantes chineses que qualquer outra rua de qualquer outra cidade ocidental ou africana: CINCO!! A China Town instalada em Luanda! As inscrições que colocam nos tapumes das obras em construção, admirem-se, estão escritas na língua deles.
 
Eles são os “novos senhores”. Os amigos do Sr. Engenheiro! A par do Sr. Falcone…a este, foi-lhe oferecido um cargo e passaporte diplomático. Aos outros, que andam aos “bandos”, é-lhes oferecida carne fresca das nossas meninas. Impunemente. Alegremente. Com o olhar benevolente dos cs de fato e gravata. Lá fora, no mundo civilizado, sem povos especiais, caçam os pedófilos. Aqui, em Angola, criam e estimulam pedófilos. Acham graça. Qualidade de vida é coisa que o povo especial nem sabe o que é! Nem qualidade, nem quantidade de vida, uma vez que morremos cedo assim que fazemos 40 anos. Se vivermos mais um pouco, ficamos a dever anos à cova, pois não nos é permitida essa rebeldia. E quem dura mais tempo, é castigado: ou tem parentes que cuidem ou vai para a rua pedir esmola! Importam-se carros e mais carros. De luxo! Esta é a imagem de marca deles: carros de luxo em estradas descartáveis, esburacadas. AH!!...E telemóveis!!
 
Qualquer Prado ou Hummer tem que levar ao volante um elemento com telemóvel. Lá fora, no mundo civilizado, sem povos especiais, é proibido o uso do telemóvel enquanto se conduz. Aqui, é sinal de “status”, de vaidade balofa!! Pobre povo especial! Sem transportes, sem escolas, sem hospitais. À mercê dos “Candongueiros”, dos “dirigentes” e dos remédios que não existem. Sem perspetivas de futuro. Os nossos “Amanhãs”, já amanhecem a gemer: de fome, de miséria, de subnutrição, de ignorância, de analfabetismo, de corrupção, de incompetência, de doenças antes erradicadas, de ira contida, de revolta recalcada. O GRITO está latente. Deixem-nos sair: BASTA!!!!

Solange – Angolana –Residente em Angola.

Fiz um acordo de coexistência pacífica com o tempo: nem ele me persegue, nem eu fujo dele, um dia a gente se encontra”!

ZÉ ANTUNES

2013
 

TURISMO E OS NOSSOS “LUXUOSOS” VINHOS!


Aqui vai um tema, que julgo merecer atenção de todos os Leitores do Blogue: "LUANDA * TROPICAL", que é alusivo a uma Atividade bastante popular em Portugal e digna de ser denunciada, não só para incentivar a comercialização dos nossos Vinhos, como para "Convidar" todos os Turistas, a visitar o nosso País.

Temos os mais bonitos e portentosos lugarejos (aldeias, povoações), dignos de serem visitados, não só devido ao seu extraordinário clima, como pela sua magnífica e saborosa gastronomia. Sem sombras de dúvidas, Portugal, é o melhor país para visitar! Aliás, o portal de viagens “Globe Sposts”, atribuiu ao território português o destaque especial no ranking dos dez melhores destinos para o Turismo. Onde Portugal surge em primeiro lugar, inserido na categoria de "melhor destino para grandes paisagens".

Bom! Mas hoje, é dia de beber um “copito” de vinho com todos vós, Amigos, inseparáveis, do blog LUANDA TROPICAL! Para vos falar e refletir sobre os nossos “sumos de uva”. Sabiam que os vinhos portugueses, foram premiados no concurso “Internacional Wine Challenge” (que decorreu em Londres), com medalhas de ouro (57, mais duas que o ano passado), prata e de bronze? Se existe sector ou produto no qual se fez obra importante, foi no vinho e, na vinha! Apesar da União Europeia e dos governos, a história da modernização da vinha e do vinho, com vinte ou trinta anos, serve para ensinamentos. Os vinhos premiados em maior número foram os generosos, seguidos dos tintos (maioritariamente do Douro e Dão) e dos brancos. Foram provados por um painel de quase 400 júris de vários países. Nos anos 70, encontrar bons vinhos no comércio e nos restaurantes, era fruto de investigação meticulosa. 

Os vinhos a granel (em garrafão, oriundos do produtor), condenavam a saúde de qualquer um. Eram de qualidade medíocre, mal fermentados e engarrafados. Eram vinhos, sem gosto nem carácter. O “Barca Velha”, o “Frei João”, o “Luís Pato” ou os vinhos do Buçaco, eram exceções. Hoje, tudo mudou! Produzem-se excelentes vinhos, capazes de comparar com os melhores do mundo. Os Portos, os do Douro, Alentejo, Dão, da Estremadura e até os “verdes”, figuram – honrosamente – nas listas internacionais dos melhores vinhos do mundo! Segundo o Instituto da Vinha e do Vinho, o 2.º trimestre de 2013 registou uma subida das exportações, em volume e em valor, registando um aumento de 5,2% em valor face ao período homólogo de 2012. Com esta evolução, a exportação de vinhos durante os primeiros seis meses de 2013 mantém uma subida face ao período homólogo de 2012, de mais de 2,6% em valor e mais de 7,7% em preço médio, apesar de ligeiro decréscimo em volume. As exportações para países extracomunitários são 42% do valor, com quatro destinos (Angola, EUA, Canadá e Brasil) a figurarem no grupo dos 10 principais mercados de exportação dos vinhos nacionais, bem como na Europa (Polónia e para Espanha), com crescimentos de 27,4% e 37% em volume e em valor, respetivamente. E até para a China!

Como se fez isto? Com empresários dedicados. Com investimento, enólogos e agrónomos qualificados. Com escolas superiores empenhadas na vinha e na enologia. Com tratamentos da vinha; seleção de castas e uvas; ciência e tecnologia; adegas decentes; boas rolhas; estratégia comercial; com muito trabalho e responsabilidade; determinação de preservar o singular, o rústico, o “terroir”,como se diz na gíria. Com os olhos postos na exportação, no Turismo; sem absentistas, e protecionismo. Tudo mudou? Quase tudo! Ainda há dezenas de milhares de produtores sem qualificação e sem capacidade, que pensam, que a Natureza dá e que não é preciso trabalharem. Também foi nesta Atividade Industrial, que menos se fizeram obras de fachada, para dar nas vistas. Foi no vinho que se resistiu à moda de fazer igual ao estrangeiro. O que se está a fazer, não começou nas leis, nem em planos ordenados pelo FMI ou pela Troika. Começou no princípio, pelos Trabalhadores ao sol e à chuva, nos sérios empresários honestos e nas quintas. É por isso, que não basta ter cheque, “fundo europeu” e lei. Por vezes, isso até atrasa.


Vai um “copito” à nossa Saúde?




BANGA NINITO


 2013

“UNAMO-NOS PARA CORRER COM ESTA CORJA…”!


O Estado Português chegou à falência, apenas porque sucessivos governos andaram a favorecer amigos, delapidaram o dinheiro dos nossos impostos e transformaram a política numa “mega central de negócios”. Andou a gastar acima das nossas possibilidades.
 
Não é preciso ser-se economista, para verificarmos ou analisarmos, que com essa austera e inacreditável “austeridade”, o Estado não resolve os problemas financeiros do país. Leva, isso sim, todos os portugueses a revoltarem-se indignados, por toda esta falta de respeito e de sem vergonha! Por outro lado, todos os Portugueses, deveriam ter conhecimento da “fatura”. Ou seja, saber quanto deve o país, a quem e porquê.
 
Hoje em dia, é cada vez mais claro, que não estamos sequer a conseguir atingir uma “trajetória” decrescente do crescimento da dívida, quanto mais pagá-la! A manutenção do Estado social e os direitos económicos, sociais e democráticos dos cidadãos, não podem ser posto em causa, ao mesmo tempo que se salvaguardam todos os interesses dos credores. Reforma fiscal europeia para dar às finanças públicas uma base sustentável, que crie um sistema fortemente progressivo, em que os ricos e os lucros das grandes empresas paguem efetivamente mais impostos do que os que menos têm e cuja harmonização, entre os países de UE, evite a competição e o “dumping fiscal”.



Senhores Governantes, Portugal está deprimido, acabrunhado, sem esperanças….Desacreditado! Já esgotou a paciência indignado, revoltado! E com razão! É que a dívida pública, não cessa de crescer e já toda a gente sabe que ela deixou de ser pagável – e muito menos, com os atuais juros. Parece eterna! E, como é possível pagar, se o desemprego “explodiu” para valores vergonhosos e desumanos. Meus Senhores: a economia “caiu a pique”, as falências continuam, o crédito malparado atingiu valores astronómicos. Assim como a construção, que está parada! Já somos o País mais desigual da Zona Euro.
 
Dizia o primeiro ministro em 2011: “O empobrecimento é a única alternativa para o reequilíbrio das contas públicas, porque temos vivido acima das nossas possibilidades”. Mas, o mesmo dirigente, muito recentemente- dava a volta ao texto - alegando que “nenhum político quereria tal destino para o seu povo”. 

Falta-nos grandeza, personalidade, coerência (carácter) e princípios. Mas estes elementos distintos, esta autenticidade ligada à formação moral – marca de teor espiritual contida na alma lusitana – só se adquirem com educação e cultura. E isso, meus Senhores, também já faz parte do passado. Termino, com as palavras do distinto e célebre Maestro Miguel Graça Moura, inseridas na crónica publicada no Diário de Notícias (24 set.2013), sob o título: “O que é que ainda falta para a revolta geral”, que diz (passo a citar): “…Unamo-nos para correr com esta corja de fanáticos incompetentes e insensíveis à miséria em que lançaram o nosso país. Se os deixamos mais dois anos à solta, não restará dele senão ruínas”.



Cruz dos Santos
2013 

24/09/2013

JOÃO KAJIPIPA 17


É pá, mi disseram que o Camarada presidente ZÉ-DÚ, anda dizáparicido. Qui "Bázou"! É verdade? Hum!! Cada vez é mentira! Cada vez foi só nus Suiça, lévar us pédras qui veio dos Lunda Norte, ou quem sabe, dos Lunda Sul, qui um "Garimpeiro" escravo, du "Cafunfo" lhi veio trazer. Também si ele não lhi dáva, o géneral Geraldo Sachipengo Nunda - qui é di Chefe di Estado-Maior das FAA e Chefe da "Kamanga", lhi "varria" com uma rajada. Tás a brincar, ou quÊ?

Ali quem manda, são os "Madiés" gerenais, qui também são comerciantes! Eles é que são os "donos" dus "Kumbús"!

Possas! Luanda está cheio di génerais "Kamanguistas" (diamantíferos!). É démais!! Varrem um gajo à toa. O povo qui está a morar nus Lunda Norte...ÉHH!! Tá Lixado! Lhé perseguem à toa; são impédidos de andar perto daqueles lugares, onde está a "kamanga"; ...sé te desconfiam, levas "purrada" qui basta. Ti "rebocam" nu Jeep "BMW's", devidamente "Kangado"! Si réfilares no caminho...

AH KUABO-KAXE! TI VUZAM MESMO!!

Si tua familia, lhi vai fazer queixa nus Polícia dus Governo!

AH KUABO-KAXE!...LHE LIXAM MESMO!!

"TAMBULA Ó CONTA"!

BANGA NINITO


2013 

23/09/2013

FRUTOS DE ANGOLA

Irei incluir neste tema uma grande variedade de frutas angolanas, tanto frutas selvagens das matas de Angola, como frutas tropicais que se cultivam e se consomem nesse território. Em primeiro lugar apresentarei as frutas selvagens típicas da flora angolana, seguidas depois das frutas tropicais que se cultivavam e continuam a cultivar-se no país.
 


Vejam e tentem lembrarem-se dos sabores…
 
… vá lá, não fiquem com água na boca…
 
… é que se podem afogar, com tanta saudade….
 
Frutas de Angola
 

MÚCUA

A Múcua é o fruto do Imbondeiro que é uma árvore africana de grande porte e uma das mais grossas do mundo. O imbondeiro é uma árvore selvagem verdadeiramente emblemática que vegeta a baixas altitudes, em climas quentes. O imbondeiro destaca-se pelo grande volume do seu tronco e pela nítida escassez das suas folhas. As múcuas pendem dos ramos altos da árvore suspensas pelos seus longos pecíolos.

Múcua

A Múcua é um fruto cuja parte comestível é seca, ou seja, não tem sumo. Desfaz-se na boca quase como se estivesse a comer suspiros de pastelaria e o sabor é adocicado, mas com uma ligeira acidez. Esta fruta é rica em vitaminas e minerais.

Múcua

Se dissolvermos a Múcua em água a ferver obtemos um sumo de múcua que depois de arrefecido e tomado como uma bebida fresca tem um soberbo sabor inigualável.

Um imbondeiro carregado de frutos.
Nitidamente se nota a escassez de folhas da árvore.

A árvore é também conhecida por Baobá e chega a alcançar alturas de 5 a 25 metros (excecionalmente 30 m), e o diâmetro do seu tronco atinge frequentemente os 7 metros, (excecionalmente 11 metros). Destaca-se pela grande capacidade de armazenamento de água dentro do seu tronco, que pode alcançar até 120.000 litros.

MABOQUE

É uma planta indígena própria da África tropical e subtropical e vegeta excelentemente nos planaltos do sul de África. Produz uma fruta suculenta, doce, de cor amarela-alaranjada com algumas manchas acastanhadas, que contêm no seu interior sementes castanhas, duras e bastante numerosas. As flores brancas-esverdeadas crescem nas extremidades dos ramos florais nos meses de Setembro a Fevereiro.

Maboques

Os frutos ficam maduros na época chuvosa. O fruto é esférico, liso, duro, grande e verde (antes da maturação), parecendo uma pequena cabaça redonda, tornando-se amarelo-alaranjados quando fica maduro.

Uma maboqueira com frutos ainda verdes

No interior do fruto situam-se as sementes firmemente dispostas, envolvidas por coberturas carnudas comestíveis, que têm um gosto agridoce característico bastante apreciado pelos animais selvagens (elefantes, rinocerontes, macacos, por alguns antílopes de grande porte e pelos javalis quando caídos no solo.


LOENGO


O loengo africano é um fruto roxo do tamanho de uma nêspera que nasce nas matas de Angola e que é muito apreciado pelas pessoas e pelos animais selvagens, nomeadamente os macacos. O loengo tem um único caroço e o seu paladar típico é ácido e agradável. Com este fruto selvagem faz-se uma belíssima compota. A folha é verde escura na face externa e castanha cor de ferrugem na parte de trás. No tempo da sua maturação é muito procurado e colhido pelas mulheres africanas que os consomem e vendem.

                                  






 
 
Loengos

 
 
LOMBULA

A lombula é uma fruta selvagem abundante nas matas tropicais abertas das regiões planálticas de altitude. A árvore nunca chega a ser muito desenvolvida e tem folhas largas e amareladas com nervuras bem vincadas. A fruta é bastante parecida com a nêspera, mais redonda e com uma coloração marron com pequenas pintinhas brancas.

Lombula

A fruta forma-se nas pontas dos ramos terminais da planta. A fruta tem bastantes caroços revestidos com alguma polpa amarela que apresenta gomos em forma triangular. É uma fruta muito apreciada pelos africanos e por alguns animais selvagens.


MIRANGOLO


Muito vulgar, no sul de Angola, o mirangolo (omuniangolo), é semelhante a um bago de uva preta. O seu sabor é agridoce e a planta é do tipo arbusto. É um fruto silvestre próprio de regiões secas de altitude com o qual se podem confeccionar excelentes compotas e geleias. O mirangolo não tem nada a ver com o loengo. O loengo é uma fruta bem maior e com um caroço bem grande.

Mirangolos


PITANGA

A pitanga é o fruto da pitangueira, árvore de origem brasileira, nativa da Mata Atlântica. Mede de 2 cm a 3 cm de diâmetro. Tem sabor agridoce, polpa aquosa, … A pitangueira é muito abundante em Angola em climas tropicais. A planta é um arbusto de tamanho médio que se enche de fruto na estação própria. As cerejas da pitanga como se pode perceber nas imagens têm um formato denteado e no auge da maturação são de cor vermelho escuro ou mesmo roxo.


Pitanga

As plantas são muito decorativas e é comum ostentarem frutos em diversas fases de maturação, que exibem colorações que contrastam do verde, ao amarelo, ao cor de laranja e ao roxo. A pitanga faz excelentes doces e compotas.

Pitangueira


ABACAXI


O abacaxi tem um papel importante para nossa saúde, é indicado para a celulite, a má digestão e principalmente para emagrecer.

Abacaxi

O fruto, quando maduro, tem um sabor bastante ácido e muitas vezes adocicado. Em culinária pode ser utilizado como um poderoso amaciante de carnes. Habitualmente usa-se a polpa da fruta, mas o seu miolo e as cascas podem ser aproveitados para produção de sucos.

Ananázeiros

O abacaxi é um fruto altamente utilizado na industria alimentar e na industria dos refrigerantes.

O abacaxi é um fruto-simbolo de regiões tropicais e subtropicais, de grande aceitação em todo o mundo, quer ao natural, quer industrializado: agrada aos olhos, ao paladar e olfato. Por essas razões e por ter uma “coroa”, cabe-lhe por vezes o cognome de “rei dos frutos”, que lhe foi dado, logo após a sua descoberta, pelos portugueses.

ABACATE
(também chamado de pera abacate)

O abacate é um fruto tropical muito nutritivo, rico em calorias e em vitaminas. É uma fruta com muitas propriedades medicinais. É um fruto proveniente do México muito espalhado pelo mundo, que se cultiva em muitos países. Israel e Brasil são dois grandes produtores de abacate. O abacateiro é uma árvore que atinge grandes proporções e que produz com muita abundância.

Abacateiro

A planta tem um grande poder de adaptabilidade. É frequente encontrar-se o abacateiro nas regiões do Sul da Europa, incluindo Portugal e Espanha. Uma das melhores propriedades do abacate é a sua riqueza em vitamina E, em sais minerais e em poderosos antioxidantes. É ainda óptimo para aumentar o bom colesterol que ajuda a manter a saúde das artérias e do coração.

Pera abacate

A gordura e polpa do abacate são também utilizadas em produtos de beleza, e tratamento de pele, devido à sua forte riqueza em vitaminas A e E. Existem indícios de que algumas das substâncias presentes no abacate possuem a capacidade de estimular a produção de colagénio, excelente para reduzir as rugas, dando à sua pele um aspeto melhor. Pela sua grande utilidade como alimento dietético é hoje uma fruta de grande consumo, que pode ser encontrada na maior parte dos supermercados e casas de fruta. Tende a ser uma fruta cara.

CAJÚ

O cajueiro é uma planta tropical, originária do Brasil, e hoje dispersa em diversos territórios tropicais do Mundo. O maior produtor mundial de caju é o Brasil, onde a sua cultura e exploração comercial geram em divisas um valor que chega a atingir muitos milhões de dólares. A planta é uma árvore frondosa com grande poder de adaptabilidade e que não requer grande assistência. Em Angola encontra-se em estado selvagem, vegetando nos platós próximos da costa.

Cajú e a sua castanha

É constituído de duas partes: a castanha que é a fruta propriamente dita, e o pedúnculo floral, pseudofruto confundido com o fruto. Esse compõe-se de um pedúnculo piriforme, carnoso, amarelo, rosado ou vermelho.

É rico em vitamina C e ferro e ajuda a proteger as células do sistema imunológico contra os danos dos radicais livres. Além de ser consumido ao natural, o caju pode ser utilizado na preparação de sucos, doces, passas, sorvetes e licores.

Cajúeiro

A castanha, depois de torrada, é utilizada como petisco para acompanhar bebidas, sendo exportada para quase todo mundo. A castanha verde é usada na confeção de alguns pratos quentes.


MAMÃO


O mamão é o fruto do mamoeiro. Não podemos concretamente dizer que o mamoeiro seja uma árvore, visto que tem uma configuração completamente diferente. Os frutos do mamoeiro nascem do tronco e possuem um pequeno pedúnculo que os liga a ele. Os frutos são normalmente grandes e predispõem-se em camadas sucessivas, sendo as camadas de baixo aquelas em que os frutos se apresentam maiores e onde iniciam o seu amadurecimento.

Mamoeiro

O mamoeiro tem um tronco pouco lenhoso e não emite ramos axiais. As folhas do mamoeiro são grandes e têm um grande pecíolo e caem da planta à medida que se formam novas folhas. A flor do mamoeiro é grande e branca e tem bastante pólen. Os frutos do mamoeiro quando maduros tornam-se amarelos salpicados de verde e a sua polpa amarela é macia e suculenta. As sementes crescem no interior do mamão e são muito abundantes e pretas. A sua germinação é fácil e é a única forma conhecida de reproduzir a planta.

Papaias

A reprodução do mamoeiro como se disse já, faz-se por sementes e quando as pequenas plantas atingem um tamanho razoável são transplantadas para os lugares definitivos. A polpa do mamão é muito usada em culinária e em sobremesas de todos os tipos. Da sua polpa amarela faz-se também uma boa compota, que é muito saudável. O mamão tem propriedades laxativas e a sua polpa é rica em vitaminas. Quando os mamões ficam demasiado maduros são alvo dos ataques dos pássaros e se não forem colhidos acabam por apodrecer no tronco. Os morcegos frugíveros têm uma grande predileção pelo mamão maduro.

Plantação de Mamoeiros

Mamoeiro
 
Existem dois tipos distintos de mamões, um de polpa amarela e outro de polpa rosa escuro. O mamão com polpa cor de rosa tem uma configuração diferente. É um fruto mais longo e maior a que vulgarmente se dá o nome de papaia. A papaia é normalmente mais doce e apaladada que o mamão e usa-se também na alimentação humana como fruta cristalizada. Tanto o mamão como a papaia dão excelentes batidos de fruta e excelentes saladas. As plantas não têm uma vida muito longa, mas possuem uma rápida vegetabilidade. As folhas, são bastante grandes e usam-se com muita frequência para amaciar carnes duras.


MANGA


A manga é um fruto tropical produzido por uma árvore chamada mangueira. A mangueira é uma árvore que pode atingir grandes proporções. Existem muitas variedades de mangas em que foram introduzidas para as melhorar nas suas características diversas variações genéticas e que são hoje objeto de uma cultura comercial extensiva dirigida comercialmente para a exportação. 

Mangas

 
Tornou-se rapidamente um fruto muito popular e muito apreciado. Em Angola existem ainda, em diversas partes do território, mangueiras bravas que nascem expontaneamente e que produzem mangas de sabor ácido agradável, embora mais pequenas e que possuem um forte índice de fibras.

Mangueira

As mangas têm uma polpa de um amarelo acentuado e um caroço bastante volumoso. O seu sabor é característico e único, do tipo agridoce. Quando verdes ou pouco maduras, cheiram e sabem bastante a terebentina. A manga de importação é um fruto caro, quando de boa qualidade. Da manga fazem-se excelentes sumos e batidos, bem como compotas e marmeladas. A mangueira é uma planta com alguma dificuldade de adaptação aos climas frios, mas já se encontram mangueiras produtivas nas costas do Mediterrâneo. A mangueira reproduz-se através da sua semente A manga é um fruto muito nutritivo e muito rico em vitaminas.

Mangueira brava, centenária


SAPE-SAPE


O sape sape é um fruto de cor verde, muito saboroso que pertence à família das anonáceas. A árvore que o produz pode atingir uns quinze metros de altura. Possui folhas perenes de cor verde escura. Os frutos têm um formato cordiforme e são cobertas de saliências espinhosas. A polpa do fruto é branca e muito adocicada. Tal como as restantes frutas anonáceas o fruto possui excelentes propriedades medicinais, e diz-se que a sua ação é fortemente efetiva no tratamento dos tumores malignos. As folhas são utilizadas na medicina tradicional. A semente forma-se no interior da polpa branca e é preta e numerosa.

Sape Sape

Sape Sape


ANONA


Este fruto é um próximo parente do sape sape, mas é mais pequeno e tem uma cobertura lisa. A sua polpa é branca e as sementes são pretas e numerosas. É vulgar encontrar-se esta fruta nas superfícies comerciais e nas frutarias. São importadas do Brasil e dos países da América Central e devido à sua procura atingem preços elevados. A Espanha cultiva e produz anonas em grande quantidade. A planta é uma árvore de porte médio com folhas em tom verde escuro. Adapta-se bem aos climas do Sul da Europa e também a temos visto prosperar e frutificar no Algarve e no Alentejo. A anona possui um forte fator medicinal que a recomenda para o tratamento dos tumores malignos, podendo ser comida livremente e sem contra indicações pelos doentes portadores desse mal. Diz-se até que a ação desse princípio ativo é muitas vezes superior na sua eficácia, aos tratamentos de quimioterapia e de radioterapia.

Anonas


FRUTA PINHA


Outra fruta aparentada com as restantes anonáceas e com as mesmas propriedades. Registe-se como única diferença o facto de ser constituída por pequenos gomos sobrepostos 

Fruta Pinha

Fruta Pinha

Esta anonácea não é muito comercializada pois é muito mais frágil do que a anona e o sape sape e suporta mal o manuseamento.


ROMÃ


A romã é o fruto da romanzeira, um arbusto relativamente pequeno, muito decorativo, que produz uma inflorescência carnuda. A romã tornou-se uma fruta muito procurada a partir da altura em que foram amplamente divulgadas as suas grandes propriedades anti-oxidantes e medicinais. Hoje pode encontrar-se com relativa facilidade nas grandes superfícies comerciais, embora o seu preço seja bastante elevado.

Romã


O arbusto é de fácil cultura e pode ser cultivado em qualquer jardim ou quintal. A semente germina com relativa facilidade, mas a planta pode também reproduzir-se por estaca. Normalmente as plantas que se reproduzem por estacas conservam com maior fidelidade as características das plantas mães.

Romãnzeira

A reprodução por semente, devido à polinização cruzada pode perder algumas das suas características. O fruto quando maduro é de cor vermelho vivo e o seu interior é formado por grãos vermelhos com alguma polpa a emvolver a semente. É na polpa destes grãos que se concentram todas as propriedades do fruto. Devem-se adquirir romãs bem maduras em que os grãos sejam realmente vermelhos. Romãs com os grãos de cor rosa ou quase brancos não têm as mesmas propriedades medicinais.

Romã


BANANA


Talvez seja um dos frutos mais emblemáticos dos países tropicais húmidos e talvez aquele que participa num maior volume na alimentação humana. A banana é hoje universalmente conhecida e constitui a coluna dorsal das exportações de fruta de muitos países das Américas do Sul e Central, de África e de países orientais da Ásia Tropical e de toda a Oceânia. A banana é um fruto de grande valor nutritivo e com um alto grau de digestibilidade. A polpa da banana é hoje integrada em doces, compotas, batidos, bebidas de vários tipos, como aperitivo sob a forma de banana fatiada frita e integrada em alimentos do tipo muesli combinada com cereais e em purés para bebés.

Bananeira

A planta é a bananeira, uma planta de enormes folhas, que depois de alcançar um certo desenvolvimento dá origem a um cacho que termina por uma flor, que vai desabrochando por etapas e produzindo o fruto. A banana é normalmente colhida depois do cacho atingir o seu desenvolvimento completo, mas ainda no estado verde. As bananas são exportadas para os mercados consumidores em barcos especialmente equipados com frigoríficos. A banana é depois ajudada a amadurecer artificialmente em câmaras próprias para esse efeito, sendo então destríbuida pelas superfície comerciais.

Bananal

Bananas


MARACUJÁ


O maracujá é um fruto muito conhecido e consumido no mundo inteiro. A planta do maracujá é uma trepadeira robusta e de grande poder de adaptabilidade. É possível cultivá-la em países de clima temperado, como na Europa do Sul, em toda a costa mediterrânica. A planta do maracujá pertence ao género passiflora e o seu nome mais conhecido é maracujazeiro. O fruto é uma baga grande que pode ser amarela ou roxa e cujo interior é formado por uma polpa amarelada de sementes, revestidas e suculentas de paladar verdadeiramente sui-generis mas muito agradável e com gandes propriedades calmantes.

Maracujás

O seu sumo é uma bebida refrigerante muito procurada. O maracujá serve de base a uma poderosa indústria de refrigerantes e de compotas. O maracujá mais comercializado é o roxo que se pode encontrar à venda nas frutarias e nas superfícies comerciais.

Flor do Maracujá


É um fruto que não está ao acesso de todas as bolsas por ser um fruto importado. O maracujá reproduz-se por sementes que têm um alto poder germinativo. A planta é muito prolífica.

Maracujá

Maracujá


COCO


O coco é um fruto exótico, próprio de climas equatoriais e tropicais, e cria-se nos coqueiros que vegetam normalmente em terrenos situados ao longo das praias, ou em regiões baixas não muito afastadas do mar. O coqueiro é uma árvore que pode atingir os 30 m de altura e que possui folhas pinadas de grande comprimento, que vão caindo do tronco à medida que envelhecem, deixando o tronco da planta completamente liso. Os cocos encontram-se dispersos através das regiões inter tropicais ao longo das linhas costeiras. Como o fruto é pouco denso e flutua, a dispersão da planta é feita pelas correntes marinhas que podem transportar o fruto a enormes distâncias.

Coqueiro
 
 
A árvore é uma palmeira que prospera em solos arenosos e salgados em regiões com bastante luz solar, o que faz com que a colonização da espécie se torne fácil na linha dos litorais oceânicos dos países tropicais. O fruto é uma drupa de casca fibrosa que contém um “caroço” interno (um endocarpo ). Este endocarpo duro tem três poros de germinação que são claramente visíveis na superfície exterior, uma vez que a casca é removida. É através de um destes poros que a pequena raiz emerge quando o embrião germina. 

Cocos

Foram os antigos navegadores portugueses que batizaram o fruto com o nome de coco. Todas as partes do coco, salvo talvez as raízes são úteis e as árvores têm comparativamente um alto rendimento (até 75 cocos por ano); É um fruto que possui significativo valor econômico. De facto em Sânscrito o nome para o coqueiro é kalpa vriksha, o qual se traduz por “a árvore que fornece todas as necessidades da vida”. 

Coco

Os usos das várias peças da palma incluem: não só o seu conteúdo alimentar formado por uma polpa branca de sabor muito agradável, com a qual se preparam vários pratos de culinária e que é bebida como refresco nas praias.

Coco

A água do coco é quase idêntica ao plasma do sangue e já foi usada como líquido inter-venoso de hidratação para substituir o plasma em transfusões de sangue. Este líquido possui elevados teores de potássio, cloreto e cálcio e é utilizado nas situações em que se pretende fazer aumentar esses eletrólitos.


GOIABA


A goiaba é um fruto originário da América tropical muito abundante no Brasil e nas Antilhas. O fruto é formado por uma baga, carnosa de casca verde ou amarelada ou até roxa, com uma superfície irregular e tem cerca de 8 centímetros de diâmetro. No interior deste fruto existe uma polpa rosada, ou branca, onde se alojam as sementes pequenas e duras. Somente se comercializam as variedades de polpa rosa e de polpa branca. As sépalas da flor da goiaba conservam-se no fruto. Consome-se o fruto ao natural ou na forma de doce, sendo o mais popular a célebre goiabada que o Brasil exporta em grande quantidade para todo o Mundo. É também utilizada na produção de sumo ou em geleia. Esta fruta é muito rica em vitamina C, possuindo um maior índice de vitamina do que a laranja ou o limão. A goiaba tem um baixo teor de açúcar e praticamente não contém gordura pelo que é muito recomendada para dietas. .
 
A fruta é contra-indicada para quem tenha um aparelho digestivo débil ou para quem tenha problemas intestinais. As folhas da goiabeira são frequentemente utilizadas para tratar diarreias intestinais devido âs suas comprovadas propriedades medicinais.
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Goiabeira
 
 
 
Doce de Goiaba ( Goiabada)
 
 
  

 
 
 
 
 
MELANCIA


É produzida por uma planta rastejante própria de regiões secas e de terrenos arenosos. É oriunda de África e foi introduzida no Brasil, pelos escravos africanos que para lá foram levados nos séculos XVII e XVIII. A planta é rasteira e anual com folhas triangulares e trilobadas e flores pequenas e amarelas, gerando um fruto redondo alongado e que contém uma polpa vermelha e suculenta de sabor muito agradável e adocicado. A casca é verde escuro, ou verde raiado de branco e que chega a pesar entre 3 e 4 kg havendo até exemplares maiores. 

Melancias

Possui um alto teor de água que contém muito açúcar, vitaminas do complexo B e sais minerais, nomeadamente cálcio, fósforo e ferro. É um fruto muito agradável para se comer no Verão e para matar a sede. 

Melancias


NÊSPERA


A nespereira é uma árvore originária da China e é ela que dá o fruto que vulgarmente se conhece hoje no mundo inteiro pelo nome de nêspera. Há quem, no Brasil, também lhe dê o nome de ameixa amarela, embora, nem o fruto nem a árvore, tenham algo a ver com a ameixa que conhecemos. É uma árvore de pequeno porte de copa circular e de tronco curto, podendo, no entanto, chegar a atingir os 10 m de altura. Possui uma folhagem abundante no tom verde carregado e as suas folhas são simples e alternadas, podendo atingir os 25 cm. O reverso das folhas tem uma tonalidade da cor da ferruge. A sua textura é rígida e tem um bordo serrilhado. As suas flores surgem no Outono ou no início do Inverno e os seus frutos amadurecem no final do Inverno, início da Primavera. As flores da nespereira são brancas e agrupam-se em cachos de 3 a 10 flores.

Nêsperas

Nem todas as flores chegam a produzir fruto, mas todas se inserem nos terminais floridos da planta, formando cachos. O fruto tem uma cor que vai do amarelo claro e esverdeado ao amarelo carregado a tender para a cor de laranja.

Nêsperas

O fruto no interior tem uma polpa amarela, semelhante à do pêssego amarelo maduro, e possui de 1 a 3 caroços que são as verdadeiras sementes da árvore. O fruto é ligeiramente ácido se a sua maturação não se tiver completado, mas as nêsperas bem maduras são muito saborosas e têm um bom teor de açucar. A nespereira é uma árvore muito rústica e resistente e adapta-se bem aos climas europeus temperados, sendo um fruto bastante apreciado. Em Angola a árvore desenvolve-se até em estado selvagem e encontra-se por todo o lado. As nêsperas são também muito utilizadas na confeção de doces diversos, nomeadamente compotas, prestando-se também ao fabrico de vinho e de licor. A planta reproduz-se facilmente por sementes. Com os caroços (sementes) da nêspera pode preparar-se um licor fino. O Japão é o maior produtor e consumidor mundial de nêsperas.

Nespereira carregada de frutos.


JOÁ-DE-CAPOTE


O joá-de-capote ou lanterna da China é uma planta herbácea anual da família Solanaceae, que cresce de forma erecta e que pode chegar a atingir 1,4 m de altura. A planta reproduz-se por sementes e vegeta com facilidade nos quintais e nas hortas.

Flor de Joá

O seu fruto é uma baga amarela, encerrada dentro duma camisa vegetal que se assemelha a um pequeno balão chinês de papel.

Joá

A parte comestível do fruto é a pequena baga amarela repleta de sementes

Joá

que tem um sabor ácido açucarado. As folhas da planta são tóxicas e nunca devem ser consumidas.

Dados Biográficos do Autor

O autor, Afonso Soares Lopes, nasceu em Angola, em 1929, na Província de Benguela, Concelho do Lobito. Viveu grande parte da sua mocidade e juventude no Distrito do Huambo, onde seu pai foi um prestigiado e rico comerciante. Viveu, estudou e trabalhou em Angola até 30.06.1975, ano em que, por razões de segurança, foi forçado a sair da sua terra natal, para poder salvar os únicos bens que ainda lhe restavam, a família e a vida. Refugiou-se temporariamente na Rodésia, território africano independente sob governo europeu, agora República do Zimbabwe. Daí saiu um ano depois para se ir fixar no Brasil, país onde viveu e trabalhou até 1981. Durante os 45 anos de vida em Angola, trabalhou 18 anos para uma importante Companhia estrangeira, que se dedicava à exploração de petróleo on shore. Assistiu ao nascimento e desenvolvimento da poderosa indústria petrolífera angolana, atividade que se transformou no principal suporte económico do território angolano. Enquanto viveu em Angola efetuou algumas viagens pela maior parte dos territórios africanos situados ao Sul do Equador com o objetivo de estudar vários aspetos da sua realidade económica. Depois de ter regressado a Portugal em 1981, procedente do Brasil exerceu importantes funções empresariais, tendo nessa altura visitado os U.S.A., grande parte da Europa Ocidental, a Hungria e os territórios de Macau e de Hong Kong. Cursou em Angola na Universidade de Economia de Luanda, mas não tirou o curso de economia como desejava, por causa da Guerra Colonial e dos seus importantes deveres profissionais na Empresa em que trabalhava. Reformou-se em Portugal com 65 anos de idade tendo-se dedicado então à atividade seguradora e imobiliária. Atualmente está dedicado em exclusivo às obras literárias que escreve, sendo autor de algumas obras já publicadas e de outras a publicar brevemente.

ZÉ ANTUNES
 
2013