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27/05/2014

O 1º DE MAIO / 27 DE MAIO


Luanda - Sinceramente, não sei o que o MPLA quer dizer com o comunicado transcrito na imprensa Angolana. Quer dizer que os angolanos não podem homenagear as vítimas do 27 de Maio? Quer dizer que os angolanos, não podem relembrar o que aconteceu no dia 27 de Maio de 1977? Quer dizer (falando de um acontecimento mais recente) que os amigos, familiares e os angolanos no geral, não podem evocar Kamulingue e Kassule, desaparecidos á exactamente um ano... Não podem exigir que a Policia Nacional esclareça o que aconteceu a estes dois cidadãos?
Fonte: Club-k.net
É isto aproveitamento político? Se o é, porque o MPLA não conta a sua versão (que se exige à muito), no que se refere aos acontecimentos do 27 de Maio de 1977, para que não haja aproveitamento político por parte de alguns cidadãos?
O 1º de Maio Vs 27 de Maio
Será que o facto de o MPLA evocar a cada ano o "1º. de Maio", um acontecimento registrado na longínqua Chicago (EUA) com quase cem anos, È APROVEITAMENTO POLITICO?.. Porque o faz? Há alguma diferença entre o acto de Chicago que deu origem ao dia (internacional) dos trabalhadores e o de 27 de Maio de 1977? Um merece ser relembrado e o outro esquecido? Qual dos "eventos produziu" mais vítimas, melhor qual dos actos diz directamente respeito aos angolanos?

E é o que vemos cada ano. Quando acontece o "1º. de Maio", os dignatários do regime (vestem sorridentes a pele de cordeiro) emitem feriado ou tolerância de ponto, homenageando (com muita fanfarra e discursos) as vítimas de Chicago, que dizem ter representado todos os trabalhadores do mundo.

Quando acontece o 27 de Maio, os mesmíssimos dignatários do regime (despem a pele de cordeiro e mostram a sua verdadeira natureza) plagiam descaradamente os "colegas" de Chicago (os carrascos dos trabalhadores), e carregam furiosos, contra todos aqueles que tentem manifestar-se a favor das vítimas, e prendem ilegalmente co-cidadãos!

Porque o MPLA faz o aproveitamento politico do 1º. de Maio, se os trabalhadores angolanos são os "mais descriminados" do continente, e mais!... 90% das vitimas de 27 de Maio de 1977 eram simples e honestos trabalhadores!

Melhor, porque o MPLA não permite que os angolanos evoquem o 27 de Maio de 1977, e porque não esclarecem os desaparecimentos de Kamulingue e Kassule uma vez por todas?

Acho que cada um de nós sabe porque!

Isomar Pedro Gomes

Natural de Malange, estudou em
UNISA - University of South Africa; reside em Benguela.

Desmobilizado, em 1991, por força dos Acordos de Bicesse, foi entre­gue à sua sorte. Atirado para as sarjetas do desempre­go, sem apoios da Caixa Social das Forças Armadas Angolanas (FAA) ou de uma outra instituição castrense, lamenta a sua sina, assim como de milhares de ex-companhei­ros de farda. Recebi este pequeno escrito de sua autoria.

2013
ZÉ ANTUNES
2014

27º-. ALMOÇO CONVIVIO DOS BAIRROS POPULAR Nº 2, SARMENTO RODRIGUES E PALANCA

 
 
 
Mais uma vez, os naturais, moradores e amigos dos Bairros Popular nº 2, Sarmento Rodrigues e Palanca da bela cidade de Luanda, reuniram-se num almoço/convívio que se vem realizando há vinte e sete anos e que se concretizou no passado dia 02 de Maio, de 2015 no restaurante Manjar do Marquês, perto da cidade de Pombal.
 
Nestas festas de confraternização de residentes nos Bairros citados tenta-se contactar o mais possivel de amigos. Deste modo nestes últimos anos o seu número tem vindo a diminuir oscilando entre os 150 e 200 tendo tido, neste ultimo encontro, a presença de 187 pessoas.
 
 
Muitos foram os presentes que de uma maneira ou outra todo o Bairro os conhecia destacando-se, dentro muitos, os Organizadores ( São Costa Pereira, Zé Antunes e o Carlos Abreu ) Celeste Pita-Grós, Manuela Pereira ( esposa do falecido Filipe Santarém ) Chico Leite, Carlos Malta, Domingos Castro, Carlos Jaulino, Fernando Rino e muitos outros cujos nomes olvidamos mas bem conhecidos por muitos, senão na totalidade, dos presentes.















A concentração iniciou-se as 11.00 horas da manhã e o almoço, pelas 13 horas, com a ementa estabelecida préviamente, degustou-se e saboreou-se o belo repasto e bebeu-se uma boa pinga, tudo com moderação pois muitos de nós teriam que conduzir as suas viaturas de regresso a casa.
Guardou-se um minuto de silêncio por todos aqueles amigos e amigas que já nos deixaram
 

Depois, como digestivo, foi a dança que (não fossem eles angolanos) lotou permanentemente a pista num rodopio quase permanente e, no caso dos Merengues, Quizombas, Mornas, Sambas e outras de raízes africanas que os musicos ( Chico Leite, Carlos Torres e o Zé Morais ) tocaram recordando bons tempos da nossa juventude, era o fim-do-mundo – toda a gente dançava não deixando um palmo sequer de espaço.
 

 
Finalmente procedeu-se ao corte dum grande e saboroso bolo de aniversário que foi acompanhado com espumante e se brindou por mais um excelente convívio de gente que nasceu ou viveu nos Bairros mais antigos e populares de Luanda e que se consideram irmãos não esquecendo as amizades cimentadas por tantos e tantos anos de convívio.
Nesta ocasião cantou-se os parabens á IRENE RUIVO pois era aniversariante
 
Quero congratular a Comissão destes encontros em particular os primeiros e grandes impulsionadores, Delmar, Micas, Miguel, Nela Pereira e muitos outros, e a atual líder deste pequeno e dedicado grupo de luso-angolanos, a São Costa Pereira, o Zé Antunes e o Carlos Abreu, que, de ano para ano, têm-se esmerado em apresentar as melhores opções para que estes convívios sejam de mais-valia e procurados por quem ama não só os Bairros onde outrora residiram mas também Angola que foi o berço de muitos portuguêses.
ZÉ ANTUNES
2015