29/11/2012
FRASES QUE GANHARAM IMORTALIDADE
Estar vivo é o contrário de estar morto - Lili Caneças
Nós somos humanos como as pessoas - Nuno Gomes – SLB
Quem corre agora é o Fonseca, mas está parado.- Jorge Perestrelo
Inácio fechou os olhos e olhou para o céu! - Nuno Luz (SIC)
O meu coração só tem uma cor: azul e branco - João Pinto (Antigo Capitão do FCP)
A China é um país muito grande, habitado por muitos chineses... - Charles de Gaulle
Lá vai Paneira no seu estilo inconfundível... (pausa) ...mas não, é Veloso.' - Gabriel Alves
Juskowiak tem a vantagem de ter duas pernas ! - Gabriel Alves
É trágico! Está a arder uma vasta área de pinhal de eucaliptos - Jornalista da RTP
Um morreu e o outro está morto - Manuela Moura Guedes
Prognósticos só depois do jogo - João Pinto (FCP)
Antes de apertar o pescoço da mulher até à morte, o velho reformado suicidou-se. - João Cunha - testemunha de crime
Quatro hectares de trigo foram queimados. Em princípio trata-se de incêndio. - Lídia Moreno - Rádio Voz de Arganil
O acidente foi no tristemente célebre Rectângulo das bermudas. - Paulo Aguiar - TV Globo
O acidente fez um total de um morto e três desaparecidos. Teme-se que não haja vítimas. - Juliana Faria - TV Globo
Os antigos prisioneiros terão assim a alegria do reencontro para reviver os anos de sofrimento. - Maria do Céu Carmo – Psiquiatra
À chegada da polícia, o cadáver encontrava-se rigorosamente imóvel. - Ribeiro de Jesus - PSP de Faro
O acidente provocou forte comoção em toda a região, onde o veículo era bem conhecido. - Atónio Bravo – SIC
Ela contraíu a doença em vida - Dr. Joaquim Infante - Hospital de Santa Maria
Há muitos redactores que, para quem veio do nada, são muito fieis às suas origens - António Tadeia - Crónicas do "CORREIO da MANHÃ"
A vítima foi estrangulada a golpes de facão - Ângelo Bálsamo - JORNAL do INCRÍVEL
A polícia encontrou no esgoto um tronco que provém, seguramente, de um corpo cortado em pedaços. E tudo indica que este tronco faça parte das pernas encontradas na semana passada. - Agente PAULO CASTRO - Relações Públicas da P.J.
Os sete artistas compõem um trio de talento - Manuela Moura Guedes – TVI
Esta nova terapia traz esperanças a todos aqueles que morrem de cancro em cada ano - Dr. Alves Macedo – ONCOLOGIA
Chutou com o Pé que tinha mais á mão – Gabriel Alves
Estava-mos à beira do Precepicio demos um passo em frente- João Pinto capitão do F.C. Porto após uma vitória da sua equipa
Quando o jogo está a mil, minha naftalina sobe - Jardel, ex-jogador do Sporting Clube Portugal
Querem fazer do Boavista o bode respiratório - Jaime Pacheco, treinador do Boavista FC
Não tem outra, temos que jogar com essa mesma - Jaime Pacheco, treinador do Boavista FC, ao responder pergunta do repórter, se eles iriam jogar com aquela chuva
Se entra na chuva é para se queimar - Denilson - Jogador da Selecção do Brasil
Haja o que hajar, o Porto vai ser campeão - Deco, Ex-jogador do FC Porto
O Difícil, como vocês sabem, não é fácil – Jardel
Jogador tem que ser completo como o pato, que é um bicho aquático gramático - César Prates, Ex-jogador do Sporting
No Porto é todo o mundo muito simpático, é um povo muito hospitalar - Deco, Ex-Jogador do FC Porto, a comentar a hospitalidade do povo da invicta
Eu disconcordando com o que você disse - Derlei, do F. C. PORTO, em entrevista ao Jornal Record
Em Portugal, é que é bom. Lá a gente recebe mensalmente de 15 em 15 dias - Argel, jogador do Benfica
Nem que eu tivesse dois pulmões alcançava essa bola - Roger, jogador do Benfica emprestado a um clube brasileiro
28/11/2012
O POVO VIVEU ACIMA DAS SUAS POSSIBILIDADES ???
Não me fecundem... porque f***** ando eu!
Zé do Tijolo resolveu fazer uma vivenda . Com as poupanças de uma vida de trabalho e uns dinheiritos que recebeu da herança dos seus sogros satisfez o sonho compartilhado com a mulher.
Pagou 23 % de IVA sobre os materiais , pagou as certidões das Finanças e da Conservatória , pagou o Imposto de Transacções , pagou o imposto de selo , pagou a Escritura e respectivo registo, pagou a ligação da água e da electricidade , pagou à Câmara as licenças, etc. etc. etc.
Apesar de ter perdido tanto tempo para pagar todos estes impostos ao Estado e de ter de pagar ainda durante toda a vida uma renda chamada IMI ,ficou de sorriso rasgado ao olhar para a sua bela casinha. O seu esforço , os muitos sacríficios e privações tinham valido a pena : tinha um teto a que podia chamar seu...
Qual não é o seu espanto quando houve um comentador de economia na TV, sujeito engravatado e bem falante, dizer o seguinte :
- o país está nesta grave crise porque os portugueses gastaram demais , construíram demasiadas moradias, por isso os sacrifícios impostos pela Troika , blá, blá, blá...
Zé do Tijolo sentiu-se um Zé do Calhau ! Sempre tinha pensado que tinha feito a sua casinha com o seu próprio dinheiro e nem um tostão tinha pedido ao Estado ! Era tão idiota , tão imbecil que chegara mesmo a pensar , dada a enorme panóplia de impostos que tinha liquidado ao Estado, que esse mesmo Estado devia estar agradecido pela sua contribuição.
Este importante catedrático de economia veio-lhe abrir os olhos. Afinal o dinheiro que tinha penosamente poupado ao longo da vida não era seu...nem o dinheiro da herançazita ...porque se fosse realmente seu como poderia ser responsável pela crise do país ? Zé do Tijolo sentiu uma enorme vergonha e remorso por ter feito o imóbil e ter dado trabalho e dinheiro a ganhar a tantas artes, provocando , segundo a tal sumidade catedrática , a bancarrota do seu país adorado.
O sorriso rasgado do Zé do Tijolo transformou-se num esgar : era ladrão... tinha roubado a pátria lusa e vivido acima das suas possibilidades...!?!?
O Manel Fangio vestiu-se com primor . Pegou no filho de 18 meses ao colo e acompanhado da mulher dirigiu-se ao Stand no centro da cidade. Ia ansioso e não via a hora de sentar o seu fiofó naquele sonhado Renault Clio prateado . Deu um longo suspiro de satisfação. Não mais teria que conduzir a velha e ruidosa motorizada , com a proa empinada pelo peso dos nadegueiros roliços da companheira grávida , obrigando-o a um equilibrismo de artista circense. O pior era o inverno , chuva e gelo , quando tinha de levar e trazer o rebento do infantário . Cortava-lhe o coração sujeitar o filho a tais condições e tremia de medo só de imaginar um acidente, que andava sempre à espreita . Águas passadas : agora tinha um popó que poderia chamar seu. Bem , não era mesmo seu porque pedira emprestado ao banco uma parte do dinheiro e só após 48 prestações mensais poderia ficar registado como sua propriedade.
Manel Fangio , assinou ansioso os documentos : o ISV , o IVA , o IUC , o seguro e o registo provisório...
Agora era rodar a chave , parar na estação se serviço e abastecer de combustível . Ufa ! Achou caro : o funcionário argumentou que sobre o preço do litro incidia um imposto para o Estado de 58 %, repartido pelo ISP e IVA.
Bem...não havia nada a fazer : era pagar e "não bufar" porque se bufasse estava sujeito a acelerar a evaporação do precioso líquido. Apanhou a SCUT e escutou nos pórticos um piar . Não , não era o chilrear de uma ave a repousar do vôo. Era a electrónica a zelar pelo erário público...
Enfim, chegou a casa. Ligou a "caixa que mudou o mundo" e escuta o perorar papagueado de um anafado comentador político , que dizia :
- o país está na bancarrota porque o povo viveu acima das suas possibilidades reais , compraram-se muitas viaturas , agora é preciso pagar a factura e aceitar a austeridade , blá , blá , blá...
Manel Fangio escorregou do sofá . Tinha, de facto , pedido dinheiro ao banco para pagar o automóvel , tinha pago do seu bolso todos os impostos inerentes ao Estado , nunca lhe passou pela "cachimónia" ,nem se lembrava, de ter pedido dinheiro ao dito Estado para comprar o veículo !!! Como poderia ser responsável pela crise do país ?
Bem...este lustroso político , licenciado em economia ainda muito jovem , com apenas 37 anos , possuidor de uma retórica invejável não podia estar enganado...era um doutor...
O sorriso de satisfação do Manel Fangio murchou: era um corrécio...tinha esbulhado a ditosa pátria muito amada , levando com o seu escandaloso dislate rodoviário o país à ruptura financeira...
Os pecados implicam penitências. Manel Fangio e sua família , incluindo o rebento e o que estava para rebentar , teriam que pagar durante décadas e com "língua de palmo" pelo crime da exuberância de ter passado da motorizada para o Clio.
como sou burro...
como sou jumento...
como sou asno...
como sou solípede...
como sou cavalgadura..
como sou asinino...
como sou jegue...
como sou azémola...
como sou alimária...
como sou tudo isso e muito mais...
e com a jeriquisse crónica de que sou feliz portador ou contemplado, pergunto :
O Zé do Tijolo e o Manel Fangio pediram algum dinheiro ao Estado ?
Viveram acima das suas possibilidades ou viveram com as suas possibilidades ?
Como podem ser criticados ou responsabilizados pelos médias ( apetecia-me dizer merdas...) pela crise que o país atravessa ?
O dinheiro não era deles ? e não podiam fazer com o seu dinheiro o que muito bem desejassem ?
Não pagaram, para além disso , uma imensidade de impostos ?
Em resumo: quando vejo os economistas residentes e afins ,a justificar a austeridade com o argumento de que o povo foi despesista ( para branquear a corrupção endémica dos políticos )
apetece-me mandá-los apanhar no subilatório...e só não mando porque não quero matar alguns com mimos...
Pensem nisto e deixem de me fecundar...porque f***** ando eu...
Por favor..., Não me fecundem; porque f***** ando eu!
Jerico assanhado
Recebido do Delmar Videira
2012
Apesar de ter perdido tanto tempo para pagar todos estes impostos ao Estado e de ter de pagar ainda durante toda a vida uma renda chamada IMI ,ficou de sorriso rasgado ao olhar para a sua bela casinha. O seu esforço , os muitos sacríficios e privações tinham valido a pena : tinha um teto a que podia chamar seu...
Qual não é o seu espanto quando houve um comentador de economia na TV, sujeito engravatado e bem falante, dizer o seguinte :
- o país está nesta grave crise porque os portugueses gastaram demais , construíram demasiadas moradias, por isso os sacrifícios impostos pela Troika , blá, blá, blá...
Zé do Tijolo sentiu-se um Zé do Calhau ! Sempre tinha pensado que tinha feito a sua casinha com o seu próprio dinheiro e nem um tostão tinha pedido ao Estado ! Era tão idiota , tão imbecil que chegara mesmo a pensar , dada a enorme panóplia de impostos que tinha liquidado ao Estado, que esse mesmo Estado devia estar agradecido pela sua contribuição.
Este importante catedrático de economia veio-lhe abrir os olhos. Afinal o dinheiro que tinha penosamente poupado ao longo da vida não era seu...nem o dinheiro da herançazita ...porque se fosse realmente seu como poderia ser responsável pela crise do país ? Zé do Tijolo sentiu uma enorme vergonha e remorso por ter feito o imóbil e ter dado trabalho e dinheiro a ganhar a tantas artes, provocando , segundo a tal sumidade catedrática , a bancarrota do seu país adorado.
O sorriso rasgado do Zé do Tijolo transformou-se num esgar : era ladrão... tinha roubado a pátria lusa e vivido acima das suas possibilidades...!?!?
O Manel Fangio vestiu-se com primor . Pegou no filho de 18 meses ao colo e acompanhado da mulher dirigiu-se ao Stand no centro da cidade. Ia ansioso e não via a hora de sentar o seu fiofó naquele sonhado Renault Clio prateado . Deu um longo suspiro de satisfação. Não mais teria que conduzir a velha e ruidosa motorizada , com a proa empinada pelo peso dos nadegueiros roliços da companheira grávida , obrigando-o a um equilibrismo de artista circense. O pior era o inverno , chuva e gelo , quando tinha de levar e trazer o rebento do infantário . Cortava-lhe o coração sujeitar o filho a tais condições e tremia de medo só de imaginar um acidente, que andava sempre à espreita . Águas passadas : agora tinha um popó que poderia chamar seu. Bem , não era mesmo seu porque pedira emprestado ao banco uma parte do dinheiro e só após 48 prestações mensais poderia ficar registado como sua propriedade.
Manel Fangio , assinou ansioso os documentos : o ISV , o IVA , o IUC , o seguro e o registo provisório...
Agora era rodar a chave , parar na estação se serviço e abastecer de combustível . Ufa ! Achou caro : o funcionário argumentou que sobre o preço do litro incidia um imposto para o Estado de 58 %, repartido pelo ISP e IVA.
Bem...não havia nada a fazer : era pagar e "não bufar" porque se bufasse estava sujeito a acelerar a evaporação do precioso líquido. Apanhou a SCUT e escutou nos pórticos um piar . Não , não era o chilrear de uma ave a repousar do vôo. Era a electrónica a zelar pelo erário público...
Enfim, chegou a casa. Ligou a "caixa que mudou o mundo" e escuta o perorar papagueado de um anafado comentador político , que dizia :
- o país está na bancarrota porque o povo viveu acima das suas possibilidades reais , compraram-se muitas viaturas , agora é preciso pagar a factura e aceitar a austeridade , blá , blá , blá...
Manel Fangio escorregou do sofá . Tinha, de facto , pedido dinheiro ao banco para pagar o automóvel , tinha pago do seu bolso todos os impostos inerentes ao Estado , nunca lhe passou pela "cachimónia" ,nem se lembrava, de ter pedido dinheiro ao dito Estado para comprar o veículo !!! Como poderia ser responsável pela crise do país ?
Bem...este lustroso político , licenciado em economia ainda muito jovem , com apenas 37 anos , possuidor de uma retórica invejável não podia estar enganado...era um doutor...
O sorriso de satisfação do Manel Fangio murchou: era um corrécio...tinha esbulhado a ditosa pátria muito amada , levando com o seu escandaloso dislate rodoviário o país à ruptura financeira...
Os pecados implicam penitências. Manel Fangio e sua família , incluindo o rebento e o que estava para rebentar , teriam que pagar durante décadas e com "língua de palmo" pelo crime da exuberância de ter passado da motorizada para o Clio.
como sou burro...
como sou jumento...
como sou asno...
como sou solípede...
como sou cavalgadura..
como sou asinino...
como sou jegue...
como sou azémola...
como sou alimária...
como sou tudo isso e muito mais...
e com a jeriquisse crónica de que sou feliz portador ou contemplado, pergunto :
O Zé do Tijolo e o Manel Fangio pediram algum dinheiro ao Estado ?
Viveram acima das suas possibilidades ou viveram com as suas possibilidades ?
Como podem ser criticados ou responsabilizados pelos médias ( apetecia-me dizer merdas...) pela crise que o país atravessa ?
O dinheiro não era deles ? e não podiam fazer com o seu dinheiro o que muito bem desejassem ?
Não pagaram, para além disso , uma imensidade de impostos ?
Em resumo: quando vejo os economistas residentes e afins ,a justificar a austeridade com o argumento de que o povo foi despesista ( para branquear a corrupção endémica dos políticos )
apetece-me mandá-los apanhar no subilatório...e só não mando porque não quero matar alguns com mimos...
Pensem nisto e deixem de me fecundar...porque f***** ando eu...
Por favor..., Não me fecundem; porque f***** ando eu!
Jerico assanhado
Recebido do Delmar Videira
2012
20/11/2012
O PORTUGAL DAS RETICÊNCIAS!
Vivemos no tempo dos adjetivos. Nunca houve tanta certeza e vastidão na catalogação humana do universo. Avaliamos atitudes, classificamos ideologias, julgamos a História, falamos, discutimos - todos ao mesmo tempo – porque sentimos essa necessidade de falar, e acabamos, quase todos, em simultâneo, a condenar a sociedade. Em tudo, pessoas, ideias, coisas, colocamos qualificações. No meio de tantas sentenças há, no entanto, dois termos que desapareceram do nosso vocabulário: “bom” e “mau”. Atribuímos os mais variados rótulos, mas nunca estes dois, os qualificativos éticos fundamentais. Depois, há esta ideia firme, que ninguém a contraria: todos os outros têm defeitos! Nós, somos sempre os melhores!
No que concerne ao futebol, somos os melhores “treinadores de bancada”. De facto, num país “Futebolizado”, tudo se torna futebol, incluindo a TV pública. Tudo vai desaguar às balizas desses grandes encontros: da 1ª Liga ou de Jogos Internacionais. Aliás, dez “monstruosos” estádios, que custaram mais de 800 milhões de euros ao País, vão perpetuar, dolorosamente, na nossa memória. “-A despesa, apesar de astronómica, até nem é cara para dez colossos daqueles”, alegam alguns “fanáticos” do futebol! Mas é isso! Estamos em Portugal, não é? Consequentemente, cada um tem as suas “Taras” (e não são poucas). Uns são pelo futebol, outros pela política; uns vão às meninas, outros gostam de espreitar, de coscuvilhar, de comprar revistas, filmes, de pesquisarem em seus computadores - para adultos (vistos por menores) pornografia para todos os gostos. E se neste país ninguém é capaz de controlar a prostituição nas ruas, em apartamentos, casas particulares, motéis, pensões residenciais (livres de impostos), insisto que Portugal é diferente dos Estados Unidos, um país onde um miúdo tem mesmo de comprovar se tem 18 anos para comprar vinho e álcool, ou de ter uma maioridade para “entrar” em determinados locais, bares, discotecas, sites, bares, “sex-shops”!
BOM! Mas….graças à seleção nacional, as quinas esvoaçam com orgulho em pescoços, prédios e automóveis. O facto é tanto mais surpreendente quanto os portugueses não são muito dados a este tipo de brios e manifestações patrióticas. Desde os fervores revolucionários dos idos de 70 que não se via por cá nada assim. Atualmente, o País tem caído num clima de cobiças pequeninas e reivindicações míopes. Cada um defende o seu cantinho, perdendo de vista o bem comum e o interesse público. No entanto, nós competimos – em células terminais – com os Japoneses, em horizonte, de igual para igual, portanto não somos mais pequenos, somos iguais, damos “cartas” ao mundo! E sabem uma coisa: nós, temos os melhores engenheiros e cientistas jovens, de craveira internacional. Portanto, nós precisamos é de entusiasmo! De força! De Energia! Precisamos de gente activa, que queira fazer e não de comer à custa dos outros. Termino com esta quadra de António Aleixo: “Tu que vives na grandeza, / Se calçasses e vestisses / Daquilo que produzisses, / Andavas nu, com certeza”!
BANGA
2012
NÓS E…. OS MEANDROS DA POLITICA!
“Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular…” (art.-1º); “A República Portuguesa é um estado de direito democrático, baseado na soberania popular…” (art.-2º); “A soberania reside no povo, que a exerce segundo as formas previstas na Constituição….” (art.-3º).
Só que vontade popular e soberania popular, como tantos outros “chavões” em que a nossa Constituição é fértil, tendem a não ser mais que meras figuras de retórica. Na pureza dos princípios, “democracia” baseia-se na igualdade essencial dos homens e no seu igual valor. Tal como na antiga Grécia se preconizava, a gestão da coisa pública deveria ser diretamente exercida pelo povo, organizado em conselhos ou assembleias populares, mas logo aí, por inexequível, “o ideal morreu no berço”
A cavalgada do tempo, a que os estados modernos se não podem eximir, impõe outro tipo de soluções, que nem sequer são novas. Por isso se distingue já (ou ainda só) entre democracia direta – aquela que os pensadores atenienses preconizaram para o seu povo – e democracia representativa – aquela em que o povo “governa” através de representantes seus, periodicamente eleitos. Em nome da segurança dos atos, a eleição produz efeitos que os eleitores, por si só, não podem reverter antes de findo o mandato, o que implica, no sistema e na mentalidade nacionais, que os detentores do poder governem ao sabor dos interesses de uns quantos, incluindo os seus, deixando, ou mesmo lançando na pobreza tantos mais concidadãos, alguns dos quais se escondem por vergonha.
Não tanto como a avidez dos corruptos, a desfaçatez dos desonestos e dos sem carácter, a inépcia e a mediocridade, quase epidémicas, dos quadros que integram os organismos do estado, o que mais preocupa é o silêncio dos bons, porque desencoraja, porque induz o fatalismo agonizante, aquele fatalismo que transparece da história de uma velhinha que, à passagem do seu rei, despótico e cruel, foi a única voz dissonante ao saudá-lo: “-Que Deus guarde vossa Majestade!” O rei, intrigado, interpelou a velhinha, no sentido de saber da razão de tal saudação. E a idosa respondeu: “-Eu conheci o avô de vossa Majestade, que foi um mau rei; conheci o seu pai, que foi um rei ainda pior; vossa Majestade, consegue ser muito pior do que qualquer dos seus dois antecessores…Para que não vamos de mal a pior...que Deus o guarde por muitos anos!”
BANGA
2012
O ESTADO E O “RACIONAMENTO “ NA SAÚDE!
O Ministério da Saúde e os SNS, é dos ministérios e sectores mais problemáticos do país, com um défice crónico, e que contribui grandemente para o estado a que chegaram as contas do Estado, porque engloba, enfim, um leque gigantesco de questões muito complexas, e que deveriam ser resolvidas por um processo científico, matemático, devido tratar-se de uma luta contra o desperdício e a ineficiência, que é realmente enorme. Sabermos, concretamente, quantos médicos temos; quantas horas trabalham, incluindo horas extraordinárias, e quanto custam aos cofres do Estado.
Adalberto Campos Fernandes, médico e professor na Escola Superior da Saúde Pública, sobre a polémica alusiva ao “racionamento de medicamentos”, defende que estes assuntos deveriam “acontecer no meio científico, técnico e académico e não na praça pública”. Alerta ainda para o facto, que é preciso “que os critérios de selecção de medicamentos sejam equitativos e baseados na ciência, na evidência clínica em parceria com os médicos e não contra os médicos e contra os doentes”. A “Troika” sobre a dívida dos Hospitais, diz: “…é necessário estabelecer um calendário vinculativo para limpar todas as contas a pagar aos fornecedores nacionais e, controlar os compromissos para evitar o ressurgimento de contas em atraso. Fornecer uma descrição detalhada das medidas destinadas a alcançar uma redução de 200 milhões de euros nos custos operacionais dos hospitais em 2012”. O distinto Jurisconsulto Dr. António Arnaut, o “pai” do serviço Nacional de Saúde, defende que o sistema é sustentável e deixa um aviso ao Governo: “Se tentarem destruir o SNS, vai haver um levantamento popular”. Acrescentou ainda, “que hoje, a pressão dos lóbis, dos grupos económicos que exploram a saúde como um negócio, é mil vezes superior à que existia em 78” (…) e que “a luta pelo SNS continua porque vários governos de direita tentaram sabotar a aplicação da lei”, e que “Tardaram a regulamentá-la”.
Quase dois salários mínimos, que cabe a cada português, todos os anos, para garantir o financiamento e normal funcionamento dos serviços de Saúde, que o Estado português suporta. Portugal é o quinto país da União Europeia, que mais despesa faz. Gastou, o ano passado, 9763,5 milhões de euros com a Saúde (5,66% do Produto Interno Bruto) o que equivale a dizer que, por cada cem euros de riqueza criados pelos trabalhadores e empresas em Portugal, 5,66 euros foram gastos com o Serviço Nacional de Saúde e restantes organismos públicos ligados à área da Saúde. Se estas despesas fossem repartidas por todos os residentes, cada cidadão teria de desembolsar 917 euros por ano, para sustentar este sector, o que significariam 23 dias de trabalho. “Podemos gastar menos? A resposta é sim, porque sabemos que há desorganização, desperdício, má utilização dos serviços”, quem afirma é o professor da Faculdade de Economia da Universidade Nova Lisboa, Pedro Pita Barros. Ontem, o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) emitiu um parecer em que defende que o Ministério da Saúde “pode e deve racionar” o acesso a tratamentos mais caros para pessoas com cancro, Sida e doenças reumáticas.
Sobre as medidas da “Troika”, o Dr. Arnaut, (um "Irmão-Maçon" que sempre defendeu os direitos humanos), disse que: “tais medidas não afectam o SNS no seu modelo actual. A Troika impõe uma redução das despesas, mas isso pode fazer-se sem que haja perda de qualidade”!
Adalberto Campos Fernandes, médico e professor na Escola Superior da Saúde Pública, sobre a polémica alusiva ao “racionamento de medicamentos”, defende que estes assuntos deveriam “acontecer no meio científico, técnico e académico e não na praça pública”. Alerta ainda para o facto, que é preciso “que os critérios de selecção de medicamentos sejam equitativos e baseados na ciência, na evidência clínica em parceria com os médicos e não contra os médicos e contra os doentes”. A “Troika” sobre a dívida dos Hospitais, diz: “…é necessário estabelecer um calendário vinculativo para limpar todas as contas a pagar aos fornecedores nacionais e, controlar os compromissos para evitar o ressurgimento de contas em atraso. Fornecer uma descrição detalhada das medidas destinadas a alcançar uma redução de 200 milhões de euros nos custos operacionais dos hospitais em 2012”. O distinto Jurisconsulto Dr. António Arnaut, o “pai” do serviço Nacional de Saúde, defende que o sistema é sustentável e deixa um aviso ao Governo: “Se tentarem destruir o SNS, vai haver um levantamento popular”. Acrescentou ainda, “que hoje, a pressão dos lóbis, dos grupos económicos que exploram a saúde como um negócio, é mil vezes superior à que existia em 78” (…) e que “a luta pelo SNS continua porque vários governos de direita tentaram sabotar a aplicação da lei”, e que “Tardaram a regulamentá-la”.
Quase dois salários mínimos, que cabe a cada português, todos os anos, para garantir o financiamento e normal funcionamento dos serviços de Saúde, que o Estado português suporta. Portugal é o quinto país da União Europeia, que mais despesa faz. Gastou, o ano passado, 9763,5 milhões de euros com a Saúde (5,66% do Produto Interno Bruto) o que equivale a dizer que, por cada cem euros de riqueza criados pelos trabalhadores e empresas em Portugal, 5,66 euros foram gastos com o Serviço Nacional de Saúde e restantes organismos públicos ligados à área da Saúde. Se estas despesas fossem repartidas por todos os residentes, cada cidadão teria de desembolsar 917 euros por ano, para sustentar este sector, o que significariam 23 dias de trabalho. “Podemos gastar menos? A resposta é sim, porque sabemos que há desorganização, desperdício, má utilização dos serviços”, quem afirma é o professor da Faculdade de Economia da Universidade Nova Lisboa, Pedro Pita Barros. Ontem, o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) emitiu um parecer em que defende que o Ministério da Saúde “pode e deve racionar” o acesso a tratamentos mais caros para pessoas com cancro, Sida e doenças reumáticas.
Sobre as medidas da “Troika”, o Dr. Arnaut, (um "Irmão-Maçon" que sempre defendeu os direitos humanos), disse que: “tais medidas não afectam o SNS no seu modelo actual. A Troika impõe uma redução das despesas, mas isso pode fazer-se sem que haja perda de qualidade”!
BANGA
13/11/2012
INDIGNADA
"Vão-se f.…"
by Ângela Crespo
Este é um texto longo, que recebi de um amigo, e à falta de melhor sítio para expressar o que lhe vai na alma, aqui fica:
Vão-se f….. Na adolescência usamos vernáculo porque é “fixe”. Depois deixamo-nos disso. Aos 32 sinto-me novamente no direito de usar vernáculo, quando realmente me apetece e neste momento apetece-me dizer: Vão-se f….!
Trabalho há 11 anos. ...Sempre por conta de outrem. Comecei numa micro empresa portuguesa e mudei-me para um gigante multinacional. Acreditei, desde sempre, que fruto do meu trabalho, esforço, dedicação e também, quando necessário, resistência à frustração alcançaria os meus objetivos. E, pasme-se, foi verdade. Aos 32 anos trabalho na minha área de formação, feliz com o que faço e com um ordenado superior à média do que será o das pessoas da minha idade. Por isso explico já, o que vou escrever tem pouco (mas tem alguma coisa) a ver comigo. Vivo bem, não sou rica. Os meus subsídios de férias e Natal servem exatamente para isso: para ir de férias e para comprar prendas de Natal. Janto fora, passo fins-de-semana com amigos, dou-me a pequenos luxos aqui e ali. Mas faço as minhas contas, controlo o meu orçamento, não faço tudo o que quero e sempre fui educada a poupar. Vivo, com a satisfação de poder aproveitar o lado bom da vida fruto do meu trabalho e de um ordenado que batalhei para ter. Sou uma pessoa de muitas convicções, às vezes até caio nalgumas antagónicas que nem eu sei resolver muito bem.
Convivo com simpatia por IDEIAS que vão da esquerda à direita. Posso “bater palmas” ao do CDS, como posso estar no dia seguinte a fazer uma vénia a comunistas num tema diferente, mas como sou pouco dado a extremismos sempre fui votando ao centro. Mas de IDEIAS senhores, estamos todos fartos. O que nós queríamos mesmo era ACÇÕES, e sobre as acções que tenho visto só tenho uma coisa a dizer: vão-se f….. Todos. De uma ponta à outra. Desde que este pequeno, mas maravilho país se descobriu de corda na garganta com dívidas para a vida nunca me insurgi. Ouvi, informei-me aqui e ali. Percebi. Nunca fui a uma manifestação. Levaram-me metade do subsídio de Natal e eu não me queixei. Perante amigos e família mais indignados fiz o papel de corno conformado: “tem que ser”, “todos temos que ajudar”, “vamos levar este país para a frente”.
Cheguei a considerar que certas greves eram uma verdadeira afronta a um país que precisava era de suor e esforço. Sim, eu era assim antes de 6ª feira. Agora, hoje, só tenho uma coisa para vos dizer: Vão-se f…... Matam-nos a esperança. Onde é que estão os cortes na despesa? Porque é que o 1º Ministro nunca perdeu 30 minutos da sua vida, antes de um jogo de futebol, para nos vir explicar como é que anda a cortar nas gorduras do estado? O que é que vai fazer sobre funcionários de certas empresas que recebem subsídios diários por aparecerem no trabalho (vulgo subsídios de assiduidade)?… É permitido rir nesta parte. Em quanto é que andou a cortar nos subsídios para fundações de carácter mais do que duvidoso, especialmente com a crise que atravessa o país? Quando é que param de mamar grandes empresas à conta de PPP’s que até ao mais distraído do cidadão não passam despercebidas?
Quando é que acaba com regalias insultuosas para uma cambada de deputados, eleitos pelo povo crédulo, que vão sentar os seus reais rabos (quando lá aparecem) para vomitar demagogias em que já ninguém acredita? Perdoem-me a chantagem emocional senhores ministros, assessores, secretários e demais personagem eleitos ou boys desta vida, mas os pneus dos vossos BMW’s davam para alimentar as crianças do nosso país (que ainda não é em África) que chegam hoje em dia à escola sem um pedaço de pão de bucho. Por isso, se o tempo é de crise, comecem a andar de opel corsa, porque eu que trabalho hé 11 anos e acho que crédito é coisa de ricos, ainda não passei dessa fasquia. E para terminar, um “par” de considerações sobre o vosso anúncio de 6ª feira. Estou na dúvida se o fizeram por real lata ou por um desconhecimento profundo do país que governam. Aumenta-me em mais de 60% a minha contribuição para a segurança social, não é? No meu caso isso equivale a subsídio e meio e não “a um subsídio”.
Esse dinheiro vai para onde que ninguém me explicou? Para a p… de uma reforma que eu nunca vou receber? Ou para pagar o salário dos administradores da CGD? Baixam a TSU das empresas. Clap, clap, clap… Uma vénia! Vocês, que sentam o já acima mencionado real rabo nesses gabinetes, sabem o que se passa no neste país? Mas acham que as empresas estão a crescer e desesperadas por dinheiro para criar postos de trabalho? A sério? Vão-se f…... As pequenas empresas vão poder respirar com essa medida. E não despedir mais um ou dois. As grandes, as dos milhões? Essas vão agarrar no relatório e contas pôr lá um proveito inesperado e distribuir mais dividendos aos acionistas. Ou no vosso mundo as empresas privadas são a Santa Casa da Misericórdia e vão já, já a correr criar postos de trabalho só porque o Estado considera a atual taxa de desemprego um flagelo? Que o é. A sério… Em que país vivem? Vão-se f…..
Mas querem o benefício da dúvida? Eu dou-vos: 1º Provem-me que os meus 7% vão para a minha reforma. Se quiserem até o guardo eu no meu PPR. 2º Criem quotas para novos postos de trabalho que as empresas vão criar com esta medida. E olhem, até vos dou esta ideia de graça: as empresas que não cumprirem tem que devolver os mais de 5% que vai poupar. Vai ser uma belo negócio para o Estado… Digo-vos eu que estou no mundo real de onde vocês parecem, infelizmente, tão longe. Termino dizendo que me sinto pela primeira vez profundamente triste. Por isso vos digo que até a mim, resistente, realista, lutadora, compreensiva… Até a mim me mataram a esperança. Talvez me vá embora. Talvez pondere com imensa pena e uma enorme dor no coração deixar para trás o país onde tanto gosto de viver, o trabalho que tanto gosto de fazer, a família que amo, os amigos que me acompanham, onde pensava brevemente ter filhos, mas olhem…
Contas feitas, aqui neste t2 onde vivemos, levaram-nos o dinheiro de um infantário. Talvez vá. E levo comigo os meus impostos e uma pena imensa por quem tem que cá ficar. Por isso, do alto dos meus 32 anos digo: “”Vão-se f…...""
2012
2012
05/11/2012
ESTAREMOS NUM MUNDO DE FICÇÃO?
A sociedade mediática em que vivemos, leva-nos a admirar ou odiar personalidades a quem, de facto nunca falámos. Ocupam-nos mais que os nossos vizinhos e amigos. Hoje amamos e desprezamos à distância. O mundo da política foi desde cedo palco privilegiado para o clamor das multidões, biografias de heróis e narrativas de grandeza que ecoam pelos séculos. Por outro lado, a propaganda política tenta impor uma determinada visão do mundo e da sociedade sobre as pessoas; é a persuasão. O marketing procura primeiro saber o que as pessoas querem e depois oferece-lhes; é a reciprocidade. E na política isso significa que os eleitores tornam-se consumidores; e a mensagem, assim como os líderes são produtos que são moldados segundo o gosto, os desejos, e os interesses do mercado.
O mais ridículo é que estamos realmente convencidos que compreendemos perfeitamente essas figuras públicas, que sabemos mesmo o que pensam ou querem e partilhamos algumas dessas suas opiniões e raciocínios. Se pensarmos um pouco veremos que a única coisa que sabemos sobre eles, são os apontamentos dos jornais, só vislumbramos o que nos diz a televisão, só conjeturamos com opiniões de comentadores. Mas a verdade é que a sociedade mediática nunca deixa tempo para pensar sequer um pouco. Diria mesmo, que a própria lógica da comunicação gera mais ódios que admirações. Nós temos de ser claros a esse respeito: a resposta deve ser dada à imagem, e não ao homem, não é aquilo que está lá que conta, é aquilo que é projetado. As pessoas são impulsionadas pela lenda, e não pelo homem em si. É a aura (a fama, a aragem, celebridade) que envolve a figura carismática, mais do que a figura em si, que atrai os seus seguidores. Todos sabemos que os políticos só querem votos, os empresários são máquinas de fazer dinheiro, os artistas buscam fama e proveito. No fundo, vemo-los como caricaturas, personagens de pantomima. Temos consciência da nossa enorme complexidade e subtileza pessoais, da profundidade dos nossos motivos, anseios, desejos. Mas as figuras públicas, são autómatos boçais, sem qualquer imaginação ou iniciativa, predeterminados por um jogo bem conhecido. No entanto, ninguém parece dar-se conta da linearidade tola da nossa interpretação dessas e outras figuras.
Em vez de nos ocuparmos com assuntos ligados ao nosso bem-estar, ao ambiente, ao número de pessoas desempregadas, ao nosso futuro e ao futuro dos nossos filhos e netos, vivemos projetados num mundo longínquo e fictício, preocupados com coisas que de facto nunca nos chegarão a afetar. Sobre elas, o que sabemos não passa de enredos de cordel mentecaptos e fabulosos, criados por especialistas de marketing político. Estamos, cada vez mais, subjugados a essas personagens do faz-de-conta e entregues ao nosso destino. “Somos cada vez mais aquilo que queremos ver no mundo”.
BANGA NINITO
2012
ESCREVER….!
Seguramente, já ocorreu a muitas pessoas ao longo do tempo o seguinte pensamento: e se houver vida depois da morte, mas se Deus não existir? E se existir Deus, mas não existir vida depois da morte? É que, faz cá uma confusão, essa coisa de morrermos e “ressuscitarmos” lá no Além…Em que sítio? Aonde? E como é que nos vamos reconhecer, se tanto o nosso cérebro como os nossos olhos, ficam aqui na Terra depositados, juntamente com o nosso corpo em decomposição? E…essa história disparatada de Adão (no paraíso), ter sido condenado à morte por pecar, ele que foi criado livre na companhia da Eva. Mas, pecar com quem? E que espécie de transgressões cometeu, para vir a sofrer essa sentença hedionda? Só que me parece, que a sua morte deveria ter sido adiada, uma vez que ele conseguiu criar uma grande prole (descendência, filhos) antes de morrer realmente.
Proibir Adão de comer de uma árvore sob pena de morrer, e de outra sob pena de viver eternamente, é completamente absurdo e contraditório. É que somos forçados a imaginar, que existem escrituras alternativas, castigos alternativos e até eternidades alternativas. Em minha opinião, isso leva-me a pensar, que as pessoas podem não obedecer à Lei dos homens, se tiverem mais medo da vingança divina do que da morte horrível nesta vida. Bom!, de qualquer modo, as pessoas são sempre livres de criarem uma religião que lhes convêm, gratifique ou lisonjeie. E é desta forma, que se vão criando mitos, santos de pedra, de madeira, enfim, todo este arsenal de mentiras e falsidades, escondidos por trás de milagres inventados. Samuel Butler viria a adaptar esta ideia no seu “Erewhon Revisited”. No “Erewhon” original, o Senhor Higgs faz uma visita a um país remoto de onde acaba por fugir num balão. Ao regressar, duas décadas mais tarde, percebe que durante a sua ausência se transformou num deus chamado “Filho do Sol” e que é adorado no dia em que ascendeu ao céu. Dois sumos-sacerdotes estão preparados para celebrar a ascensão e quando Higgs ameaça denunciá-los e revelar-se como um mero mortal, é-lhe dito: “Não pode fazer isso, porque a moral deste país está ligada a este mito e se souberem que não ascendeu ao céu, tornar-se-ão todos uns incrédulos, uns grandes pecadores e maus”.
É disso que tenho medo…Que depois da morte, não exista mais nada!
BANGA NINITO
2012
HISTÓRIAS DE LUANDA
Hotel Trópico
Depois das minhas férias no Bailundo ( Vila Teixeira da Silva – Monte Belo ) no mês de Maio de 1975, em Luanda já tudo acontecia devido a chegada dos movimentos de Libertação ( M.P.L.A, F,N.L.A E UNITA ) acontecimentos que eram noticiados nos jornais e nas conversas que tínhamos com os amigos e colegas de trabalho. Nessas férias em Nova Lisboa conheci o Carlos Madeira que trabalhava numa Mercearia numa das Ruas paralelas ao RUACANÁ.
Eu a viver no Bairro Popular, ia muitas vezes ao Bairro do Café ( Sagrada Família) visitar a Avó do Zé-Tó que mais tarde casou com a Celina, minha amiga de infância, ia visitá-la, pois foi ai que fui viver quando sai de casa de meus pais. Perto do Bouling encontro o Carlos Madeira, logo ali fizemos uma festa e fomos ao Tutty Frutty, ali na Rua Sá da Bandeira, jantamos e fomos dar uma volta noturna pela cidade.
O Carlos Madeira veio de Nova Lisboa e foi ter com uma tia ( a tia Lourdes ) que vivia ali nas Ingombotas, foi lá para pedir guarida por uns tempos, a tia não o podia acolher, devido a ter a casa já com muitos familiares que viviam na periferia e com os acontecimentos, recolher obrigatório, que Luanda vivia tiveram que fugir mais para o centro da cidade.
Tia não tem problema, disse ele, guarde-me só as malas com a minha roupa, que vou resolver a minha estadia, pois tenho aqui alguns amigos.
Passados uns dias, numa bela tarde, e estando eu na esplanada da Portugália vejo o Carlos Madeira e um amigo o José Nogueira, ambos a vender e a comprar Ouro, Cautelas premiadas da Lotaria Nacional e também umas roupas ( calças Loís ) que tinham sido roubadas numa grande Loja / Armazém bem conhecida ali na Rua Luis de Camões.
Entabulamos conversa e perguntei:
Então Carlos o que tens feito?, estou a ver ai o teu negócio!!! Onde estás a viver? Como é meu avilo a tua vida??
Resposta dele que eu não estava à espera..
Olha o Zé Antunes, como é meu avilo, fix, Eh pá, eu e aqui o meu avilo que te apresento o José Nogueira estamos no Hotel Trópico.
Como é que é? Sem trabalho, só a vender esses mambos, como pagas a estadia.
Não pagamos, só vamos lá dormir e comer uns morfes e beber umas bebidas. No dia que pedirem para pagarmos, bazamos, pois não temos lá nada, só a roupa do corpo, é só sair e está feito.
Eu aqui no Hotel fiz a ficha e disse que meu pai era um grande Fazendeiro de Café em Carmona e aqui o José Nogueira era meu amigo.
Fiquei um pouco boamado ( incrédulo) e disse: Olha lá, vê lá onde te metes, isto está mau, andam ai a prender pessoas a torto e a direito, fico preocupado.....mais a mais também não vos posso ajudar em questões monetárias!!!
Do Carlos Madeira podia-se esperar tudo do José Nogueira não o conhecia, foi-me apresentado nessa altura.
Pois é, a realidade é que eles estavam hospedados no melhor Hotel de Luanda o “ Hotel Trópico”, já faltava a Cerveja e comida, eles estavam na maior, fui convidado a lá ir pois todas as noites faziam umas farras com outros amigos e amigas, e dois dias depois fui e verifiquei que sim que não lhes faltava nada, eram tratados como VIPS.
Nesse final de mês de Maio de 1975, o Gerente foi falar com eles para o pagamento das dormidas e do consumo no bar, que já apresentava valores altíssimos.
Com o seu muito à vontade, o Carlos disse:
Ok vou ali ao Banco levantar cheques que já pedi e logo à noite acertamos as contas deste mês.
Saíram nas calmas e claro está nessa noite houve mais um quarto livre pois os dois foram a casa da Tia Lourdes, pegaram nas malas e foram para Nova Lisboa, numa carrinha que tinham pedido emprestada a um amigo que morava em São Paulo.
O Carlos Madeira foi para a Africa do Sul ( cidade do Cabo ) em 2005 estava na cidade de Setúbal e presentemente está no Canadá
O José Nogueira voltou a Luanda e no dia 21 de Junho de 1975 embarcou comigo para Lisboa onde nos encontramos, e vamos recordando estas e outras histórias.
ZÉ ANTUNES
1975
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O SUCESSO OU NÃO DA LIBERDADE E DEMOCRACIA
A nossa grande mensagem, o grande legado do 25 de Abril resume-se a duas palavras: “Democracia” e “Liberdade”. Portanto, quem pode hoje afirmar que os ideais da liberdade não foram cumpridos? Quem diz que a democracia portuguesa não funciona? Quem pode argumentar, honestamente, que não há democracia ou liberdade? Como é natural, há sempre gente que não concorda e que não está satisfeita. Claro que há muita gente revoltada e desiludida. Claro que tem havido injustiças. Mas isso não é surpreendente. Por mais que se faça, é impossível agradar a todos. Deus que é Deus, não tem uma taxa de aprovação de 100%. No entanto, e salvo melhor opinião, é inquestionável que temos uma democracia solidificada e que a liberdade não só continua a passar por aqui, mas está crescentemente embrenhada nos nossos sentimentos. Embora o mundo atual, ande todo agitado, alvoraçado em conflitos, nomeadamente no que concerne em oposições de interesse, disputas, concorrência, “abusos de poder” e de liberdade, acompanhado de desentendimentos, de conflitos armados, de jurisdição e guerras em regimes governados por ditadores…Nós, felizmente, temos liberdade de falar, de protestar e, simultaneamente, de saudar com aplausos, com aclamações, ou de gritarmos bem alto o nosso grito de revolta; de elegermos quem julgamos ser o próximo líder governativo e isso, meus Senhores, é um tesouro sem explicações. As novas gerações, com o devido respeito, não sabem o que é viver em ditadura, sem liberdade! Para elas, a liberdade é tão ou mais natural do que viajar, navegar na Internet, ou até estudar no estrangeiro. Manifestar em grupo as nossas revoltas, os nossos descontentamentos, compor, escrever contra o regime, criar, inventar, ou conceber um projeto pedindo justiça em liberdade, sem ela, acompanhada desta preciosa democracia, era, ainda há bem pouco tempo, ir parar à cadeia, com direito à tortura e à humilhação, em vez de se usufruir do direito à defesa. Era, regressarmos ao tempo da “Aldeia da Roupa Branca”, tão distante como ouvir um ditador proclamar que “estamos orgulhosamente sós”, que seria tão remoto como os “mares-nunca-dantes-navegados”.
É claro que a nossa democracia não está isenta de problemas. Bem longe disso. Está a ser minada por grupos de interesse, pela falta de qualidade dos nossos políticos, pela corrupção, pelo desemprego, ou até mesmo pelo crescente desinteresse do eleitorado. Assim sendo, quem melhor do que nós para as contrariar? Quem mais qualificado para as combater? As democracias não são utopias. As democracias constroem-se dia-a-dia. A liberdade conquista-se dia-a-dia. Nenhuma democracia é perfeita. Todos erramos! Cabe-nos a nós, corrigi-la. Agora, denegrir, imputar a alguém facto ofensivo de sua honra ou de sua reputação, caluniar, vituperar, injuriando, sem culpa formada, ou mesmo após julgamento, em praça pública, é crime punido por Lei. Por tudo isto e ainda mais, não devemos ter a mínima dúvida de que o 25 de Abril foi um extraordinário e inequívoco sucesso. Quanto à Independência às nossas “ex-Províncias Ultramarinas” (Angola, Moçambique e outros), este foi, o mais desastroso e trágico acontecimento cometido após o 25 de Abril!
Cruz dos Santos
2012
PORTUGAL, QUE FUTURO?
PORTUGAL, UM PAÍS À DERIVA E GOVERNADO POR INCOMPETENTES.
Sócrates atirou em Abril de 2011, a toalha ao chão. Disse a todos os portugueses, usando as suas palavras de mentiroso esquisito e tentando atirar as culpas para a crise internacional (basicamente para os outros), que todas as medidas que o seu governo que (des)governa Portugal deste 2005 levaram Portugal à situação em que hoje se encontra, à bancarrota. Não, Portugal não está na bancarrota e infelizmente na miséria por culpa da crise internacional. Não, Portugal não está entre os países mais pobres da Europa por culpa do PSD. Portugal está no estado que está 99% por culpa do Partido Socialista e por culpa de José Sócrates.
Desde que tomou posse em 2005 o pais mergulhou rapidamente numa profunda crise económica e social, não confundir com crise internacional que é outra crise que pouco nos atingiu comparativamente a outros paises da europa. A moral da pessoas baixou drasticamente, o desemprego atingiu milhares de jovens. Este governo PS de Sócrates maltratou os professores e os agricultores, quis acabar com vários serviços de urgência sem oferecer alternativas. Tendo como expoente máximo além do mentiroso José Sócrates (que de Engenheiro nada tem) Manuel Pinho (o tal que fez corninhos na assembleia da república), Mário Lino (aquele que disse que o aeroporto "Jamais" seria construído em Alcochete, local onde vai mesmo ser construído), Maria de Lurdes Rodrigues (sendo ministra da educação conseguiu ter 90% dos professores contra ela) e Teixeira dos Santos (o tal que disse que a crise era um cenário improvável e que todos os bancos estavam seguros... nota-se... bpn...bpp!!!). Não esquecer as centenas de agricultores que estão perto de atingir o colapso, a insegurança que se agravou brutalmente em 6 anos e meio, os processos nos tribunais que se acumulam cada vez mais (processo casa pia durou quantos anos?), etc, etc.
Este governo e o sr. Sócrates são aqueles que em 2005 diziam que nunca iriam aumentar impostos. Quantas vezes é que já aumentaram? 3? 4? O iva, o irc... todos os impostos? Pois é, é fácil prometer e mentir descaradamente. Também dizia este senhor que ia criar 150 mil postos de trabalho, até existiam slogans com este anúncio.. Pois claro, Portugal inteiro já viu do que é capaz o PS em termos de criação de empregos ou seja um desemprego record! Nunca Portugal teve tantos desempregados na sua história como agora.
O único mérito que dou a Sócrates e à máquina socialista é o de ter excelentes trabalhadores na área do marketing. Através das suas palavras e imagem conseguem, infelizmente, enganar muitos portugueses. Veja-se aquando do anúncio das medidas que o FMI impôs a Portugal, Sócrates disse todas as medidas que não vai tomar menos o que era relevante, o que vai ser duro. Falou de tudo menos do acordo que foi concretizado com o fundo monetário internacional.
Disse aos portugueses que não vamos ficar sem o 13º e 14º mês para que ficassem mais contentes antes de saberem a desgraça. Basicamente foi izer aos portugueses que vamos ficar vivos... esqueceu-se foi de dizer que vamos ficar sem pernas nem braços!
Os números do desastre socialista
1. O PS governou o país 14 anos nos últimos 16 anos. E deixou o país assim:
2. 24% dos jovens dos 20 aos 30 anos no desemprego.
3. 70 mil licenciados sem emprego.
4. 300 mil a receberem RSI (rendimento social inserção); muitos há mais de dez anos.
5. Justiça parada, lenta e partidarizada. Veja-se o caso do juíz Rui Teixeira.
6. Imprensa controlada e domesticada com saneamentos de jornalistas incómodos. Veja-se os casos da TVI e do Público com o primeiro-ministro a fazer sucessivos ataques públicos aos jornalistas Manuela Moura Guedes e José Manuel Fernandes (casos completamente abafados mas não esquecidos).
7. Um primeiro-ministro que acumula suspeitas atrás de suspeitas e casos no mínimo estranhos (caso freeport, apartamento onde Sócrates vive comprado a um preço 60% inferior ao do mercado, licenciatura tirada a um Domingo, caso da cova da beira, compra de Figo ilicitamente, negociatas por baixo da mesa com a PT, etc, etc).
8. O PIB a cair mais de 2% em média desde 2005. A economia do país estagnada nos últimos dez anos. Portugal a divergir da média da UE estando entre os últimos cinco lugares.
9. O endividamento recorde das famílias e empresas.
10. Défice público a ultrapassar os 9% (!!!!!!!). Há economistas que dizem que já vai nos 10%.
11. Taxa de desemprego oficial de 11%. Na realidade, são mais de 600 mil desempregados.
12. Leis penais que impedem os juízes de prender os criminosos. As penas mais leves da União Europeia para homicídios.
13. Uma carga fiscal desadequada que está a empobrecer a classe média.
14. Uma escola pública obrigada a fabricar sucesso educativo estatístico sem preocupação pela qualidade das aprendizagens.
15 Humilhação e ataques continuados ao maior grupo profissional do país, os professores, obrigando-os a passar o tempo mergulhados em papéis.
UM PAÍS NESTAS CONDIÇÕES, NÃO AVANÇA.
Uma das mensagens que Sócrates e todo o governo têm procurado fazer passar, é que o País estava a recuperar, mas que a crise financeira internacional, de que ele não tem culpa, veio estragar tudo. Isso não é verdade pois o agravamento da situação é também anterior à crise.
No período de 2005-2008 com Sócrates, o crescimento económico em Portugal foi, em média, igual a menos de metade da média da União Europeia, pois em quatro anos Portugal cresceu apenas 4,8% enquanto a UE27 aumentou 9,8%. Como consequência o PIB por habitante SPA, ou seja, anulado da diferença de preços, cresceu em Portugal apenas 2.500 euros, enquanto subiu em média na UE27 mais de 3.300 euros. Portugal durante este período afastou-se em todos os anos, em termos económicos, ainda mais da União Europeia.
Mas mesmo crescendo pouco, uma parcela cada vez maior da riqueza criada foi transferida para o estrangeiro, ficando no País para investimento e para melhorar as condições de vida dos portugueses cada vez menos. Em 2004, foram transferidos para o estrangeiro, sob a forma fundamentalmente de juros e de dividendos, 25.943 milhões de euros, ou seja, 18% da riqueza criada nesse ano em Portugal (PIB). Depois de três anos de governo de Sócrates, ou seja, em 2007, e antes da crise se declarar com força, foram já transferidos 33.398 milhões de euros, isto é, 20,5% do PIB. Dividindo este último valor pela população empregada nesse ano obtém-se 6.460 euros por empregado, o que representa mais 27,5% do que em 2004.
Entre 2005 e 2008, o saldo negativo da Balança Corrente, ou seja, das nossas contas com o exterior, aumentou 33%. No conjunto dos quatro anos, o saldo negativo acumulado atingiu 64.081 milhões de euros. Em 2008, ele corresponderá a 11% do PIB, quando em 2005 era 9,5% do PIB. Esta variação negativa do saldo da Balança Corrente é também um indicador importante da crescente falta de competitividade da economia portuguesa. E apesar do défice das contas externas do País ser superior em cerca de 5 vezes ao défice orçamental, este governo apenas se preocupa e fala do défice orçamental ignorando o défice das contas externas do País cujas consequências no desenvolvimento futuro do País serão certamente muito graves.
Em 2005 a divida líquida do País ao estrangeiro atingia 93.510 milhões de euros e, em 2007, já era de 146.592 milhões de euros, ou seja, mais 56,8%. No mesmo período, o PIB cresceu apenas 12,9%. Como consequência a divida externa aumentou, entre 2004 e 2007, de 64,8% do PIB para 90% do PIB. Em todos os anos de governo de Sócrates a divida externa cresceu de uma forma rápida, e não apenas depois de se ter declarado a crise financeira internacional.
Entre 2004 e 2007, a divida das famílias aumentou 30,5%, pois passou de 112.198 milhões de euros para 146.393 milhões de euros, enquanto as remunerações dos trabalhadores, sem incluir contribuições para a Segurança Social, subiram apenas 10,9%, ou seja, praticamente um terço da subida verificada no endividamento das famílias. Em 2007, a divida média por família era já de 40.665 euros quando em 2004 era de 31.100 euros por família.
Em relação às empresas o endividamento foi também rápido e crescente nos anos de governo de Sócrates. Entre 2004 e 2007, passou de 139.804 milhões de euros para 185.728 milhões de euros, ou seja, aumentou 32,8%, com o consequente disparar dos encargos financeiros.
E agora como ficamos, cada vez mais endividados , mais pobres.
Recebi do Passarinho
Zé Antunes2012
LISBOA EM 1970
Da minha estadia em Portugal no ano de 1970, passei quase todo o verão entre a praia de Carcavelos e a Praia do Navio em Santa Cruz-Póvoa de Penafirme, e nesse Verão fiquei alojado na casa da minha avó ti Quitas Pedro na Póvoa de Penafirme, ou seja na casa onde nasci, e ia sempre com as minhas primas e primos para a praia ou para os passeios, pois só nessa altura é que comecei a conhecer a família, ia quase sempre para a praia do Navio ou então mesmo para a praia Formosa em Santa Cruz.
Em Carcavelos, meu tio Joaquim nesse verão alugava as barracas e as cadeirinhas de praia que era um serviço sazonal que ele tinha, Eu tinha sempre uma barraca para depois do almoço ferrar uma soneca até as 16h00.
Entretanto começaram as aulas e fui estudar para Torres Vedras. Começo das aulas em Setembro na Escola Industrial e Comercial de Torres Vedras, levantava-me às 06h00 da manhã para apanhar um maximbombo dos Claras e ia da Póvoa de Penafirme a Torres Vedras ( 10 km ) para ter aulas às 07h30, muito frio, muita chuva, numa altura disse a meu pai que queria ir para Luanda pois não me adaptava ao clima e meus amigos estavam todos em Luanda.
Nesse entretanto vinha a Lisboa muitas vezes, principalmente aos fins de semana, e como sempre, vinha para casa da minha tia Lourdes, ali perto da Praça da Alegria.
De frequentar os Bombeiros da Praça da Alegria que todos os sábados faziam os bailes de Fim de Semana, conheci o Zé Carlos que morava na Travessa da Glória, ía até casa dele fumar e ler os famosos livros aos quadradinhos, e alguns livros que eram proibidos, aproveitávamos que os pais saiam para trabalhar e ficávamos sozinhos durante o dia.
Ou então, íamos para a porta de uma loja de discos que existia ali na Rua de São José, quando o Led Zeppelin se formaram para se tornarem poucos anos mais tarde "a maior banda do mundo", ouvir o "Whole lotta lovin" dos Led Zeppelin em altos berros.
O empregado da loja o Alberto Aguiar estava apanhadinho pelos Led Zeppelin. Nessa década começou a sair boa música e os Led Zeppelin, com o Jimmy Page a mandar pedradas na guitarra e o Robert Plant soltar aqueles gritos selvagens, nessa altura curtia os Roling Stones, os Pink Floid e os Beatles, os Beatles em "Sgt. Pepper's lonely hearts club band", Jimi Hendrix e seu ambicioso "Electric ladyland”, ai já vi muita juventude a fumar o seu charro para curtir a música, conheci muitos a começar pela marijuana e liamba, e mais tarde, no ano de 1975, ja estavam agarrados nas drogas pesadas. O Jardim do Borel naquele tempo era um chamariz para a juventude, ia-se para lá namorar, e fumar.
Frequentava muitos os “Pro-fi-rios” loja que estava na berra com umas farrapeiras ( roupas ) todas prá frentex, todas modernas e que a juventude já se começava a libertar de certos preconceitos que a sociedade lhes impunha, eu ia lá mais era para ver as meninas que lá trabalhavam.
Eu e o meu amigo Zé Carlos, mais tarde com a companhia do Luis que morava na Rua das Taipas e do Mário mais a namorada a Mena que moravam na Rua do Salitre, percorríamos a cidade de lés a lés, o Mário, mais velho tinha 18 anos, não tinha Carta de Condução mas tinha um Carocha 1200 preto, do Pai que rústia pela cidade e arredores sem problemas de ser intercetado pelas autoridades, já tinha sido mandado parar numa operação stop, mas não fazia a mínima e continuava a fazer Banga com o chiante ( automóvel ). Para mim era novidade ir ás tascas mais frequentadas pela juventude, Uma Pastelaria que frequentava muito era a Pastelaria Roma na Av. de Roma, outra e que me agradava mais era a Mexicana, na praça de Londres onde na altura paravam os motards todos, e ai se discutia tudo sobre as duas rodas, eu como gostava já de motos era muito bom estar ali com pessoas mais velhas a falar de motas.
Também e apesar de só ter 15 anos frequentava muito o Ritz ( o porteiro era nosso amigo ) perto da Praça da Alegria e o Bolero na calçada de São Lázaro onde se comia cozido à Portuguesa ás 07 h 00 da manhã, e se ouvia uns fados cantados por fadistas amadores. Perto do Parque Mayer existia o Café Lisboa mesmo na Avenida da Liberdade, íamos lá beber um cafezinho e aproveitar para ver as coristas e bailarinas, bem como os artistas de nomeada que trabalhavam nas Revistas dos Teatros do Parque Mayer. Nesse tempo também íamos aos cinemas e lembro-me do Arco Iris e do Politíama, com sessões continuas, com dois filmes um de Cow boys e outro de Capa Espada e ou de Espadachim, no Condes era só a sessão da noite, ou de ir-mos à Marisqueira Solmar enquanto esperava-mos pela hora de entrada no cinema Condes íamos comer o já e bem afamado Bife no Prato.
Mas nesse ano de 1970 também trouxe o fim dos Beatles, numa altura em que eu começava a conhecê-los melhor. Pouco depois, comprei o "Abbey Road" e só no ano de 1973, acabei por comprar todos os discos dos Beatles, já em Luanda, na famosa discoteca “ Bonzão “. A sua música exercia sobre mim um fascínio, que ainda hoje se mantém, e não me perguntem porquê. Nesse ano, fui ver o filme "Let it Be" ao cinema São Jorge e comecei a perceber a palavra nostalgia. Quis ir para Luanda o mais rapidamente possível e assim foi, embarquei a 30 de Novembro de 1970.
ZÉ ANTUNES
1970
“ O SOL NASCE PARA TODOS”
No ano de 1994 como sócio do Centro Cultural e Desportivo “ O Sol Nasce Para Todos” integro uma lista que ganha as eleições, para os Corpos Diretivos para o triénio de 1994/1997 desta coletividade de Bairro de Mira Sintra, onde a principal fonte de receitas é a exploração do Bar e de donativos diversos.
Para poder continuara com a equipa sénior que nesse ano foi campeã da 2ª Divisão Distrital de Futebol de 5 ( Mais tarde o futebol de cinco deu lugar ao futsal que se joga hoje) e que por imperativos da regulamentação aprovada pelos clubes, o Clube subindo de Divisão teria que ter uma equipa dos escalões jovens. O que aconteceu, inscrevemos uma equipa de Juvenis.
O Clube teve que pedir apoios e foi apoiado pelas verbas da Camara Municipal de Sintra que todas as coletividades tem direito depois de apresentar o relatório das suas atividades e também foi patrocinada por várias empresas que ajudaram muito nos pagamentos das inscrições e seguros dos jogadores, também os exames médicos que foram oferecidos pelo médico já falecido que era nosso amigo e vibrava com o futebol de 5.
A direção do Clube convidou o Moura que era jogador sénior do Clube da equipa principal para treinador e convidou o Zé Antunes que era da Direção para seu adjunto.
Nessa época futebolística de 1994/1995 inscrevemos vários jogadores que era a primeira vez que iriam competir como atletas federados, Jogadores que nessa época integraram “ O Sol Nasce Para Sempre” Kengue e Jordão guarda redes, Ruizinho, Bruno Gonça, Bruno Xavier defesas, Tiago, Joel e Djaló médios e Xipocas, Paulinho e Nelo avançados.
Os jogos eram realizados normalmente ao Domingo de manhã ás 11h00 no Pavilhão da Escola Secundária de Mira Sintra, também lá jogavam os Seniores.
Para deslocações a casa do adversário utilizava-mos os nossos próprioa veículos, chegava a fazer duas viagens para transporte dos jogadores, mais tarde o Clube com um crédito Bancário comprou uma Carrinha Toyota Hiace de 9 lugares, carrinha essa em segunda mão e que ainda trouxe várias despesas ao Clube.
Enquanto treinavam e jogavam os jovens portavam-se bem e estavam ocupados. Não andando em más companhias, Claro que nos jogos que realizavam era importante ganhar, a sua auto estima valorizava-se e quando ganhavam tinham como prémio um lanche ( a sandes e o sumo ). De vez em quando lá se fazia uma almoçarada ou uma petiscada e eram convidados para com a equipa seniores e elementos da Direção conviverem enquanto se dava a degustação do pitéu.
Nos anos que estive na Direção, nas duas épocas que integrei a equipa de Juvenis de futebol de 5 do Centro Cultural e Desportivo “ O Sol Nasce Para Todos “ muitos foram os jogos emocionantes.
Lembro-me da equipa ir ganhar ao São Brás na Amadora por 4-3 , ao Damaiense na Damaia por 1-0 e em Mira Sintra goleamos os Académicos de Alfragide por 8-0, tivemos várias derrotas como por exemplo na Damaia contra o Moinhos e Juventude que perdemos por 7-2 e falo nesta derrota porque o Moinho e Juventude era a equipa superior a todas as outras, tinha jogadores que para a idade eram mesmo craques e bons de bola.
Os jogos mais problemáticos que a equipa teve foi um em Mira Sintra no nosso terreno contra o Alto da Eira em Sapadores em que ganhamos por 5-2 mas durante todo o jogo o árbitro não teve coragem de expulsar o capitão da equipa do Alto da Eira que fazia faltas mesmo com a intenção de magoar os nossos jogadores, no final do jogo quando se dirigia para o balneário partiu uma porta a pontapé. No joga da segunda volta em Sapadores todos os jogadores nervosos, com provocações, perdemos por 4-3, também o árbitro se deixou intimidar pelas atitudes em campo dos jogadores do Alto da Eira prejudicando o nosso Clube em dois lances capitais dois penaltys que não existiram, errar é humano mas……
Jogo emocionante foi em Carcavelos no Clube Desportivo “Quinta dos Lombos” em que o resultado foi de 5-5, a equipa adversária era superior mas o Sol Nasce Pata Todos bateu-se bem.
Ao escrever este texto, é mais para falar da juventude dessa época que muitos deles já não tinha objetivos de vida e com a chamadas más companhias iam cair no mundo da droga que era o flagelo das nossas comunidades, sinto orgulho e passados estes anos todos e apesar de alguns já fumarem o seu cigarrito, todos enquanto representaram o Clube, foram sempre disciplinados e cumpridores dos objetivos delineados e até aos dias de hoje penso que nenhum deles se perdeu por caminhos sinuosos que só iam dar à toxicodependência.
Num jogo de seniores, O SOL NASCE PARA TODOS contra OS ECONÓMICOS não tendo comparecido a equipa de arbitragem, reuniram-se os delegados ao jogo e foi decidido que o Zé Antunes arbitraria o jogo, ganhou o “Sol Nasce Para Todos” por 7-3. A equipa adversária contestou a minha arbitragem, reconheço que terei errado em dois lances que foram mal julgados por mim mas até foram a favor do adversário, penso que não tira o mérito da minha exibição e do meu empenho, nem está em causa a vitória do “Sol Nasce Para Todos”.
Na altura dos Juvenis eu e a Direção tínhamos a preocupação com os estudos dos jovens e ia-mos falar com os pais para saber-mos da vida estudantil e ouvir as suas opiniões.
O clube “ O Sol Nasce Para Todos” por decisão unanime da Direção deliberou que o Futebol de 5, acabaria tanto nas categorias de Juvenis como nos Seniores, pois as despesas eram mais que muitas e o clube não comportava tamanha despesa as receitas eram poucas.
ZÉ ANTUNES
1994
Para poder continuara com a equipa sénior que nesse ano foi campeã da 2ª Divisão Distrital de Futebol de 5 ( Mais tarde o futebol de cinco deu lugar ao futsal que se joga hoje) e que por imperativos da regulamentação aprovada pelos clubes, o Clube subindo de Divisão teria que ter uma equipa dos escalões jovens. O que aconteceu, inscrevemos uma equipa de Juvenis.
O Clube teve que pedir apoios e foi apoiado pelas verbas da Camara Municipal de Sintra que todas as coletividades tem direito depois de apresentar o relatório das suas atividades e também foi patrocinada por várias empresas que ajudaram muito nos pagamentos das inscrições e seguros dos jogadores, também os exames médicos que foram oferecidos pelo médico já falecido que era nosso amigo e vibrava com o futebol de 5.
A direção do Clube convidou o Moura que era jogador sénior do Clube da equipa principal para treinador e convidou o Zé Antunes que era da Direção para seu adjunto.
Nessa época futebolística de 1994/1995 inscrevemos vários jogadores que era a primeira vez que iriam competir como atletas federados, Jogadores que nessa época integraram “ O Sol Nasce Para Sempre” Kengue e Jordão guarda redes, Ruizinho, Bruno Gonça, Bruno Xavier defesas, Tiago, Joel e Djaló médios e Xipocas, Paulinho e Nelo avançados.
Os jogos eram realizados normalmente ao Domingo de manhã ás 11h00 no Pavilhão da Escola Secundária de Mira Sintra, também lá jogavam os Seniores.
Para deslocações a casa do adversário utilizava-mos os nossos próprioa veículos, chegava a fazer duas viagens para transporte dos jogadores, mais tarde o Clube com um crédito Bancário comprou uma Carrinha Toyota Hiace de 9 lugares, carrinha essa em segunda mão e que ainda trouxe várias despesas ao Clube.
Enquanto treinavam e jogavam os jovens portavam-se bem e estavam ocupados. Não andando em más companhias, Claro que nos jogos que realizavam era importante ganhar, a sua auto estima valorizava-se e quando ganhavam tinham como prémio um lanche ( a sandes e o sumo ). De vez em quando lá se fazia uma almoçarada ou uma petiscada e eram convidados para com a equipa seniores e elementos da Direção conviverem enquanto se dava a degustação do pitéu.
Nos anos que estive na Direção, nas duas épocas que integrei a equipa de Juvenis de futebol de 5 do Centro Cultural e Desportivo “ O Sol Nasce Para Todos “ muitos foram os jogos emocionantes.
Lembro-me da equipa ir ganhar ao São Brás na Amadora por 4-3 , ao Damaiense na Damaia por 1-0 e em Mira Sintra goleamos os Académicos de Alfragide por 8-0, tivemos várias derrotas como por exemplo na Damaia contra o Moinhos e Juventude que perdemos por 7-2 e falo nesta derrota porque o Moinho e Juventude era a equipa superior a todas as outras, tinha jogadores que para a idade eram mesmo craques e bons de bola.
Os jogos mais problemáticos que a equipa teve foi um em Mira Sintra no nosso terreno contra o Alto da Eira em Sapadores em que ganhamos por 5-2 mas durante todo o jogo o árbitro não teve coragem de expulsar o capitão da equipa do Alto da Eira que fazia faltas mesmo com a intenção de magoar os nossos jogadores, no final do jogo quando se dirigia para o balneário partiu uma porta a pontapé. No joga da segunda volta em Sapadores todos os jogadores nervosos, com provocações, perdemos por 4-3, também o árbitro se deixou intimidar pelas atitudes em campo dos jogadores do Alto da Eira prejudicando o nosso Clube em dois lances capitais dois penaltys que não existiram, errar é humano mas……
Jogo emocionante foi em Carcavelos no Clube Desportivo “Quinta dos Lombos” em que o resultado foi de 5-5, a equipa adversária era superior mas o Sol Nasce Pata Todos bateu-se bem.
Ao escrever este texto, é mais para falar da juventude dessa época que muitos deles já não tinha objetivos de vida e com a chamadas más companhias iam cair no mundo da droga que era o flagelo das nossas comunidades, sinto orgulho e passados estes anos todos e apesar de alguns já fumarem o seu cigarrito, todos enquanto representaram o Clube, foram sempre disciplinados e cumpridores dos objetivos delineados e até aos dias de hoje penso que nenhum deles se perdeu por caminhos sinuosos que só iam dar à toxicodependência.
Num jogo de seniores, O SOL NASCE PARA TODOS contra OS ECONÓMICOS não tendo comparecido a equipa de arbitragem, reuniram-se os delegados ao jogo e foi decidido que o Zé Antunes arbitraria o jogo, ganhou o “Sol Nasce Para Todos” por 7-3. A equipa adversária contestou a minha arbitragem, reconheço que terei errado em dois lances que foram mal julgados por mim mas até foram a favor do adversário, penso que não tira o mérito da minha exibição e do meu empenho, nem está em causa a vitória do “Sol Nasce Para Todos”.
Na altura dos Juvenis eu e a Direção tínhamos a preocupação com os estudos dos jovens e ia-mos falar com os pais para saber-mos da vida estudantil e ouvir as suas opiniões.
O clube “ O Sol Nasce Para Todos” por decisão unanime da Direção deliberou que o Futebol de 5, acabaria tanto nas categorias de Juvenis como nos Seniores, pois as despesas eram mais que muitas e o clube não comportava tamanha despesa as receitas eram poucas.
ZÉ ANTUNES
1994
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