Há anos que vozes minoritárias, julgadas céticas e antieuropeias, reclamam atenção e cuidado com as verbas do erário público. Vozes que advertiram nesse sentido e que pediram e pedem uma retificação de estratégias e fiscalização rigorosa às Câmaras Municipais. Há anos, que se ouvem esses alertas para a existência da corrupção. Há tanto tempo! Quanto o da surdez dos dirigentes nacionais e europeus. O Estado é demasiado pesado, burocrático e não existe qualquer tentativa de melhorar a eficiência dos organismos públicos. João Duque, economista e presidente do ISEG, disse que “a maior parte dos organismos não produz riqueza, representa apenas despesa para o Estado, e isso atrasa a economia”. Por outro lado, a Troika queria reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores), bem como os carros “top-gama” distribuídos aos ex-Presidentes da República e reduzir o número de deputados da Assembleia da República (AR), de 230 para 80 (Oitenta), profissionalizando-os como nos países a sério. Até porque a maioria desses deputados, 117 estão em regime de part-time, acumulando as funções parlamentares com outras atividades profissionais no sector privado. Advogados, juristas, médicos, engenheiros, consultores, empresários, etc. Em diversos casos, prestam serviços remunerados a empresas que operam em sectores de atividade fiscalizados por comissões parlamentares que os mesmos deputados integram. “Noutros casos exercem cargos de administração ou fornecem serviços de consultoria a empresas que beneficiam, direta ou indiretamente, de iniciativas legislativas, subsídios públicos ou contratos adjudicados por entidades públicas”. Uma vergonha!
Aqui está Sr. Primeiro-Ministro, a “receita” para conseguir atingir a meta dos 4,5%, estabelecido como meta para o défice orçamental em percentagem do PIB de 2014.“Medidas” essas, que deveriam fazer parte do “Programa de Assistência Económica Financeira”. A Europa comunitária ignorou agricultores e pescadores. “Esmagou” aldeias e paróquias. Deixou as cidades transformarem-se em inóspitas semelhanças. Passou por cima das diferenças de cultura. Habituou-se à corrupção e à promiscuidade. Acumulou dezenas de milhões de desempregados, humilhando-os na sua Honra e Dignidade. Dos eleitos locais, fez administradores dependentes e, dos governantes, mordomos de luxo. Quanto à maioria do Povo.…lá continua ajoelhado e agarrado à fé, subserviente, escondido nos cacifos da intriga política, a postos para votar, bajulando os seus líderes partidários, esses “pimpões” do infantilismo revolucionário.
Cruz dos Santos
2013
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