O desenvolvimento da civilização até ao século XX esteve intrincadamente ligado ao progresso das máquinas, desde os cinco dispositivos básicos da antiguidade – a alavanca, a roda, a roldana, o calço, o parafuso – até à tecnologia de hoje, tão complexa e sofisticada. Desde o telefone (1876), à máquina de escrever (1879) até ao primeiro serviço comercial de fornecimento de eletricidade, em 1882. No centro desta revolução tecnológica, estiveram as invenções e inovações associadas ao computador (“Internet”(Net).
E hoje, o que acontece com o computador que o torna tão diferente e poderoso? Tão versátil, que pode acompanhar o trabalho de cientistas, técnicos, economistas e muitos outros profissionais, contribuindo simultaneamente para as horas de lazer de crianças e adultos? Por que razão, o computador que ajudou a levar o homem à lua, é hoje considerado uma ameaça para milhões de empregos? E há quem acuse mesmo, que a “Internet”(Net), é a maior coleção de insultos, mexericos, boatos e disparates, alguma vez reunida na história da humanidade. Qual a razão do facto? Podia dizer-se que a Net atrai pessoas de “mau carácter”, mas todos os sinais são contrários. É evidente que quem frequenta as novas tecnologias da comunicação, ainda pertence a uma elite favorecida, com mais formação e conhecimentos que a média. E por outro lado, na“ Internet”, também existem coisas excelentes, belas e grandiosas, com uma qualidade única e inovadora. Mas não há dúvida, que numa grande parte dos blogs, mensagens, e-mails, comentários e sites de debate, domina o pedantismo e a grosseria, maldade e despeito, vacuidade e a mais pura e pristina (primitiva) estupidez.
Uma prova desse facto, é que muita gente põe em blogs e e-mails, coisas que teria vergonha de dizer ao telefone, escrever numa carta ou publicar em jornais ou livros. Aliás vê-se que, interpelado ou confrontado com o que escreveu, frequentemente o autor cai em si e admite ter-se deixado levar pelo meio. O que prova que existe algo nessa forma de comunicação que motiva o dislate. Ou seja, a “Internet” veio a revelar-se, em muitos casos, uma mistura entre carta anónima e jornal de parede, onde se podem proclamar – impunemente – as suspeitas mais implausíveis ou descarregar as irritações mais viscerais. Cada gestor de um blog / site, sente-se com autoridade de um diretor de jornal e capacidades de um estúdio de cinema, ambas reduzidas à estatura do seu ego. Isto cria “potencialidades” maravilhosas e muita gente faz coisas admiráveis. Mas também se pode expandir os preconceitos e ideias feitas, teorias mirabolantes ou “ódios de estimação”, tudo admissível porque aquele é o seu espaço, com regras por ele definidas. A enorme influência do meio só confirma essa atitude. Também todos os abusos são admissíveis, porque manifestam a suprema liberdade. Mas…a liberdade descontrolada e irresponsável, torna-se embriagante e destruidora. A liberdade só floresce, se apoiada no esteio dos valores e da cultura.
Serve-nos de aviso a afirmação de S. Bernardo: “Não há nada tão firmemente estabelecido na alma que a negligência e o tempo não enfraqueçam”. Pensem nisso!
Cruz dos Santos
2013
E hoje, o que acontece com o computador que o torna tão diferente e poderoso? Tão versátil, que pode acompanhar o trabalho de cientistas, técnicos, economistas e muitos outros profissionais, contribuindo simultaneamente para as horas de lazer de crianças e adultos? Por que razão, o computador que ajudou a levar o homem à lua, é hoje considerado uma ameaça para milhões de empregos? E há quem acuse mesmo, que a “Internet”(Net), é a maior coleção de insultos, mexericos, boatos e disparates, alguma vez reunida na história da humanidade. Qual a razão do facto? Podia dizer-se que a Net atrai pessoas de “mau carácter”, mas todos os sinais são contrários. É evidente que quem frequenta as novas tecnologias da comunicação, ainda pertence a uma elite favorecida, com mais formação e conhecimentos que a média. E por outro lado, na“ Internet”, também existem coisas excelentes, belas e grandiosas, com uma qualidade única e inovadora. Mas não há dúvida, que numa grande parte dos blogs, mensagens, e-mails, comentários e sites de debate, domina o pedantismo e a grosseria, maldade e despeito, vacuidade e a mais pura e pristina (primitiva) estupidez.
Uma prova desse facto, é que muita gente põe em blogs e e-mails, coisas que teria vergonha de dizer ao telefone, escrever numa carta ou publicar em jornais ou livros. Aliás vê-se que, interpelado ou confrontado com o que escreveu, frequentemente o autor cai em si e admite ter-se deixado levar pelo meio. O que prova que existe algo nessa forma de comunicação que motiva o dislate. Ou seja, a “Internet” veio a revelar-se, em muitos casos, uma mistura entre carta anónima e jornal de parede, onde se podem proclamar – impunemente – as suspeitas mais implausíveis ou descarregar as irritações mais viscerais. Cada gestor de um blog / site, sente-se com autoridade de um diretor de jornal e capacidades de um estúdio de cinema, ambas reduzidas à estatura do seu ego. Isto cria “potencialidades” maravilhosas e muita gente faz coisas admiráveis. Mas também se pode expandir os preconceitos e ideias feitas, teorias mirabolantes ou “ódios de estimação”, tudo admissível porque aquele é o seu espaço, com regras por ele definidas. A enorme influência do meio só confirma essa atitude. Também todos os abusos são admissíveis, porque manifestam a suprema liberdade. Mas…a liberdade descontrolada e irresponsável, torna-se embriagante e destruidora. A liberdade só floresce, se apoiada no esteio dos valores e da cultura.
Serve-nos de aviso a afirmação de S. Bernardo: “Não há nada tão firmemente estabelecido na alma que a negligência e o tempo não enfraqueçam”. Pensem nisso!
Cruz dos Santos
2013
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