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17/02/2013

GUIMARÃES


O Berço da Nacionalidade
Vestígios da ocupação romana que tanto se fez sentir na Península Ibérica. Antes de entrar na cidade de Guimarães faz-se uma visita a Caldas das Taipas na qual se destaca uma antiga estância termal. A utilização terapêutica das suas águas remonta ao Império Romano.

A comprová-lo, podemos encontrar, junto à Igreja Matriz da vila, um enorme bloco de granito - Pedra ou Ara de Trajano, com uma extensa inscrição em latim dedicada ao imperador romano Trajano Augusto, denunciando a procura e utilização, durante a época imperial, destas águas medicinais.

Citãnia de Briteiros
A poucos quilómetros do centro da vila estão localizadas as estações arqueológicas do Castro de Sabroso e da Citânia de Briteiros, constituindo-se, sobretudo esta última, como um dos mais significativos exemplos de "Cultura Castreja" do nosso país e prova exemplar da existência de povoados pré-romanos nesta região.

Guimarães.
Tendo já vivido e tendo família, amigos e conhecidos, nesta bela cidade, onde na muralha da cidade junto à Alameda, se encontra a inscrição «Aqui Nasceu Portugal» e foi onde nasceu o Bruno Miguel na freguesia de Azurém.

Muralha na Alameda
O Castelo de Guimarães, sofreu várias alterações desde o tempo do conde D. Henrique até ao de D. João I, mas o mesmo ergueu-se sobre uma fortificação anterior, do século X, mandada edificar pela condessa de Mumadona e que fora destruída por normandos ou mouros.

Segundo alguns historiadores ali nasceu D. Afonso Henriques, o nosso primeiro rei, em 1111, outros dão como local de nascimento Coimbra no ano de 1109, de uma forma ou de outra foi em Guimarães que nasce a Portucalidade, visitem a Igreja de S. Miguel do Castelo onde existe uma pia batismal que segundo a tradição foi lá batizado o nosso 1º Rei.

Falar de Guimarães é falar da nossa história mas faltam os elementos necessários para se fazer a história deste povoado. Sabemos sim que fazia parte do Condado - território administrado por um conde - Portucalense e é em Guimarães que o nobre francês, D. Henrique de Borgonha, se instala com armas e bagagens. Guimarães: Cidade de origem medieval, Guimarães tem as suas raízes no remoto século X. Foi nesta altura que a Condessa Mumadona Dias, viúva de Hermenegildo Mendes mandou construir um mosteiro, que se tornou num polo de atração e deu origem à fixação de um grupo populacional. Paralelamente e para defesa do aglomerado, Mumadona construiu um castelo a pouca distância, na colina, criando assim um segundo ponto de fixação. A ligar os dois núcleos formou-se a Rua de Santa Maria.

As Festas Nicolinas são as Festas dos Estudantes do Secundário de Guimarães. Mas são, também - e, provavelmente, ainda mais - as Festas de todos aqueles que um dia passaram pelo Ensino Secundário em Guimarães. Para as novas gerações são as Festas de toda a Cidade, porque todos já passaram um dia pelas Escolas Vimaranenses. No livro "Pregões de São Nicolau" pode ler-se que "marcadas pelos usos e costumes populares da região, pela influência do Classicismo e do Romantismo e pela intervenção crítica do fenómeno social", as Festas Nicolinas são motivo de celebração e diversão com os folguedos próprios da Juventude quase sempre acompanhados por um característico som de fundo: o troar dos bombos e caixas executando os característicos "Toques Nicolinos". São Festas, com uma riqueza etnográfica notável, que têm merecido investigações de antropologia social, que todos os anos na noite de 29 de Novembro enchem as ruas da Cidade de Guimarães com dezenas de milhares de participantes de todas as idades, a tocarem bombo ou caixa, com apenas placas de meia dúzia de piadas, algumas - poucas, cada vez menos - juntas de gado e uma árvore, um pinheiro, transportado por carro de bois que é levantado no centro da Cidade.

Percorrendo a zona antiga da cidade, pela Rua de Santa Maria, vê-se ainda características das casas antigas, como sejam as varandas de madeira com balaústres, as varandas e janelas de rótulas, as paredes caiadas em tons ocre, e algumas portas quinhentistas. O tempo, tudo isto fará desaparecer.

Largo da Oliveira

Como é natural, neste nosso Portugal, um dos pólos de maior interesse “turístico”, são as Igrejas. Em Guimarães entre o gótico e o barroco pode-se ver a bela fachada da Igreja da Oliveira (na imagem), a Igreja de S. Francisco, de S. Domingos, etc.

Vamos então visitar Guimarães, a cidade berço, e aproveitar as Festas Gualterianas que decorrem – revitalização das tradicionais e seculares “feiras de São Gualter” – de 5 a 8 de Agosto com Zés Pereiras, despique de Bandas, corridas de toiros, desfile de charretes antigas, a procissão de S. Gualter e o fogo de artifício que para o norte do país é sempre um ponto alto de qualquer festividade.

Ah, e não podemos esquecer de provar a gastronomia e os vinhos da região, mas bebamos com moderação, pois a vida é para ser vivida e não perdida numa curva ou reta qualquer.


Não esquecer também que o ano de 2012 Guimarães foi a Capital Europeia da Cultura
http://www.guimaraes2012.pt

http://www.cm-guimaraes.pt/PageGen.aspx

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