O tempo voa, a vida corre e os dias são vividos quase sempre num aturdimento. Numa “loucura” momentânea de incertezas, misturadas com possibilidades, com ilusões destruídas, consentidas, recicladas! Tudo tão vago, tudo tão esmiuçado e tão impreciso, devoluto, enfeitado de promessas vagas….O tempo e a usura comerão as nossas caras, como a água que transborda do rio depois de uma inundação. O tempo, tudo pode, e um dia chegará a nossa vez.
Somos, como todos os humanos, uma imitação de espécimes superiores…Desumanos! As pessoas, com esta “epidemia” da “Troika” e com esta “praga” do FMI, andam sorumbáticas, subterradas em dívidas e totalmente absortas nas suas próprias circunstâncias materiais.
Tornaram-se mais egoístas, mais absorvidos em si mesmas. Gananciosas. Viver a vida pela metade mais segura é extraordinariamente seguro, mas não deixa de ser apenas meia coisa. Aceitar correr riscos passa por aceitar o desafio de ir mais longe, de poder errar ou falhar muito, mas também, de poder ganhar tudo. “Muitas vezes, tememos o sofrimento e evitamos os problemas a qualquer custo, mas, na realidade, o mal não é que existam problemas. Viver mal os problemas é que é o mal”!
E para quê tudo isso? Se o Mundo é tão maravilhoso, que é incrível como já não nos damos conta disso. Reparem só nisso: todas as manhãs, o “certeiro pontual” Sol, nasce no horizonte, inundando-nos as vidas com luz e o calor que impelem o grande ciclo orgânica da vida – uma energia natural – trinta milhões de vezes superior, num só segundo, à gerada pelas centrais elétricas feitas pelo homem, num só ano. Pontualmente, quando se põe, no crepúsculo, o Sol encerra o dia com uma triunfante explosão de faixas roxas, vermelhas e laranja espalhadas pelo céu.
A cor é o que torna o mundo mais belo – tal como escreveu o artista vitoriano John Ruskin: “…de todas as coisas que nos foram dadas, a cor é a mais sagrada, a mais divina e a mais solene”. Para além disso, essas tonalidades ilimitadas de cor e luz que enchem a nossa vida no dia-a-dia, marcam a procissão das estações do ano, lembrando-nos constantemente do profundo mistério da auto renovação da vida! Tudo tão belo!...
Perante todos estes enigmas coloridos, e tão atraentes paisagens; perante todos estes vistosos quadros e desenhos que a Mãe Natureza nos oferece, é caso para dizer: não há nada mais cheio de maravilha do que a própria vida! Que se lixe a Troika e o FMI!
CRUZ DOS SANTOS
2013
CRUZ DOS SANTOS
2013
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