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24/06/2013

ELES PRECISAM DE MAIS POBRES!



Toda a gente sabe, que na ausência de leis, domina a “lei da selva”! E que na eliminação das regras impõe sempre a vontade do mais forte. Pois é! Vivemos numa sociedade, que sabe bem que a liberdade precisa do amparo da legalidade e do civismo para se defender. Cuidado com a linguagem política, que foi concebida para fazer mentiras parecerem verdades, e o assassínio, respeitável, e para dar uma aparência de solidez ao inefável. As “dificuldades aguçam o engenho”, alegam os políticos. “É preciso trabalhar mais, inovar mais, ousar mais para conseguir crescer mais”, vociferam ao ouvido os “soberanos capitalistas” aos políticos! “Precisamos de mais economia…com salários mais baixos e de “reduzir o número de funcionários”; “promover o desemprego e assustar o Povo”. “Precisamos de mais Assessores, Adjuntos, e Secretários de Estado”, alegam os políticos-governantes. São como os Apóstolos, que falam da graça, mas não distinguem a graça dada gratuitamente da graça gratificante. Exortam-nos a praticar as boas ações, mas não discernem entre a obra operante e a obra operada. Pregam a caridade, sem saber separar a caridade infundida da adquirida; sem explicar se é acidente ou substância, coisa errada ou incriada. Detestam o pecado, mas não souberam nunca dar uma definição científica de tal vício! Consideram-se os censores do mundo e exigem que se desdigam todos os que não estejam de acordo com as suas conclusões implícitas e explícitas…! Haverá comediante ou charlatão mais hábil na imitação dos preceitos da retórica do que estes pregadores e oradores ridículos? E…como gesticulam, cheios de jactâncias, esses deuses imortais! Como sabem adaptar a voz, nas suas promessas, “cantarolar”, agitar-se, mudar sucessivamente a expressão do rosto!

“Palavras, palavras, palavras e não só / Palavras para si e palavras para dó / Depois a criadagem lava o pé e limpa o pó / A produtividade, ora nem mais, celulazinhas cinzentas / Sempre atentas / E levas pela tromba se não te pões a pau / Num encontrão imediato do 3º grau”!

“A este ritmo, e em circunstâncias normais, em poucos anos desceremos até ao fim da escala europeia. Basta, para tanto, que continuaremos a “festejar” um otimismo bacoco, ruidoso, anestesiante e inconsistente, dissimulador da nossa verdadeira situação de atraso no panorama europeu.”

Cruz dos Santos

2013

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