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24/06/2013

IMPÕE-SE UMA REVOLUÇÃO RADICAL…!



Se juntarmos estes três princípios: aristocracia, ilusão e sucesso, quem sai mal é a democracia, não a Europa. A Europa está fragmentada, pulverizada de falsos profetas. Como chegámos a esta situação? O que falhou? Confrontados com esta emergência, não estarão os Estados da zona euro prestes a criar um “monstro” não democrático? Teremos de nos render ao Euroceticismo? Conseguirá, algum dia, uma federação de 27 países funcionar eficazmente, se persistir ou predominar um conjunto de líderes aleivosos e pérfidos, a enganar o Povo…para bem deles? O empenho na Europa da maioria dos dirigentes é lateral e secundário, sujeito a propósitos nacionais. Outros são flagrantemente incompetentes. O resultado é todo este embuste descarado. Mas…será que a Europa tem falta de humanidade por excesso de concorrência? Alguém no seu juízo pensa que se houvesse menos liberdade e mais distorção os europeus seriam mais humanos? Meus Senhores: tenhamos orgulho em ser europeus! Ser europeu, é o nosso apelido de família. A nacionalidade é aquilo que nos divide no seio da mesma família, a Europa, à qual todos pertencemos. Cada um de nós, os nossos pais, os nossos filhos, os nossos antepassados, numerosas gerações, contribuíram para a Europa de hoje. Numerosas línguas e culturas, estados e povos, reis e imperadores, monarquias e repúblicas, religiões e convicções, inventores e navegadores, cientistas e artistas. A Europa é plural! A Europa tem sido sempre multifacetada. Um mundo de sonhos e de heróis gregos, latinos e eslavos. Uma confluência de inspirações judaicas, cristãs, islâmicas e ateias. Por essa razão, é que “a Europa deve livrar-se de uma vez por todas do “umbiguismo” institucional dos seus Estados-nações. Impõe-se uma revolução radical e de grande amplitude que dê origem a uma União Europeia federal. Uma União que permita à Europa ser parte do mundo ”pós-nacional” de amanhã. Por cobardia e falta de visão, muitos chefes de Estado e de governo preferem não ver o que está em jogo. É imperativo acordá-los e confrontá-los com a sua impotência. Sem nunca lhes dar tréguas. Mostremos-lhes o caminho para a outra Europa, a Europa do futuro, a Europa dos Europeus”.
Cruz dos Santos

2013

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