Minhas memórias
Recordar factos ocorridos na nossa adolescência - infãncia é o lembrar de situações vividas por nós e que vão sendo lembradas com a nostalgia da nossa vivência passada, com mais ou menos saudade, histórias da nossa vida..
Nasci na Póvoa de Penafirme no dia 12 de Maio de 1955 . Consta na minha Certidão de Nascimento que fui baptizado pelo Padre Abílio da Costa Reis Lima no dia 23 de Junho de 1955, nasci às 23 horas e 20 minutos, filho legítimo de Júlio Inácio Gonçalves, Encarregado de Obras, natural da Freguesia de Aguieiras, Concelho de Mirandela, Distrito e arquidiocese de Bragança e de sua esposa Dona Maria do Carmo Antunes Gonçalves, doméstica, natural de Povoa de Penafirme, Freguesia de À-Dos-Cunhados, Concelho de Torres Vedras, Distrito e arquidiocese de Lisboa, etc, etc..
Fiz questão de transcrever parte da minha Certidão de Nascimento porque as minhas origens refletiram-se ao longo da trajetória das fases da minha vida.
Vi a luz do dia em que a parteira chamada e contratada pelo meu avô Vital, ajudou o parto da minha mãe, em casa. Comum na época esse tipo de procedimento.
Meus pais criaram-nos com muitas dificuldades pois éramos 4 filhos e para melhorarem um pouco o orçamento familiar tinham sempre nalgum canto do quintal quando morávamos no Bairro da Cuca uma área onde cultivavam vários tipos de verduras e legumes que com o produto da venda no mercado de kinaxixe, davam um pouco mais de desafogo no pagamento das despesas.
Enquanto as meninas brincavam de cabra cega, jogavam pedrinhas, pular a corda, etc., os rapazes jogavam futebol, ao berlinde , pião, etc.. As makas entre alunos eram resolvidas fora do recinto da escola e automáticamente formava-se um ajuntamento em volta dos contendores.
A fim de ficarmos protegidos do paludismo, todos os dias antes do matabicho tínhamos que tomar 1 comprimido de quinino e durante alguns anos assim fizemos.
Eu já um jovem com 20 anos em 1975 de regresso de Luanda para Portugal.
vivi no Bairro Popular ao pé da igreja de Santa Ana.
Estudei na escola primaria ali bem perto e mais tarde fui frequentar a escola João Crisóstomo o 1º ciclo. Frequentando depois a Escola Indústrial de Luanda
Com alguma frequência eu, meus pais e meus irmãos, apanhava-mos o maxibombo 22 rumo ao centro da cidade, nessas deslocações também se impunha uma visita à Portugália e ao Baleizão.
As idas á praia do mussulo no Kitoco ou no Kapossoca enfim tantos e tantos locais que me ficaram gravados na memoria e recordo por vezes com uma lágrima no canto do olho enfim recordações que se não apagam, e que as guardo na minha memória. Que saudades eu tenho de Luanda desses tempos.
1966
Sem comentários:
Enviar um comentário