Todos nós já perdemos um parente próximo, ou alguém que amamos muito. É uma experiência pessoal e única. Como é triste a perda! Como sofremos com ela! Não há explicação! E toda e qualquer argumentação é vazia e não nos convence.
Quando perdi o meu pai, Deus me permitiu suportar os limites da dor, me aproximando Dele. é inesplicável e foge a nossa capacidade racional, compreender tamanho mistério. Mas a longo ou a curto prazo, aprendemos a superar o sentimento de dor, de ausência. O tempo cura tudo, é um "santo remédio", dado por Deus, para cicatrizar as feridas. Mas a morte não pode ficar encerrada nela mesma. Tirei uma lição de todo o sofrimento...me levou a uma consciência de valorização das pessoas, amar mais, aceitar, compreender...Pois muitas vezes, não damos atenção, tempo, carinho e amor ao nosso próximo, então vem a morte e agente ver que é tarde demais. Por isso como diz o poeta: "É preciso amar as pessoas, como se não houvesse amanhã".
Decorria o dia 21 de Março do ano de 1978 e o meu pai tinha feito um negócio com o Sr. Jaime Morgado, proprietário da Ginginha Avenida, já lá estava a trabalhar desde 1976 e naquele dia teve que se ausentar até ao Poço do Bispo, Xabregas, pegou na sua “torraite” ele trouxe-a encaixotada de Luanda, era uma Honda SS 50 Z das novas. Meu pai sempre gostou de dar umas kicortas de mota. No regresso na passadeira de peões que até estava verde para os motociclistas e condutores, atropelou um velhote de 63 anos em frente á Pastelaria Suissa eram 15H00, o dito velhote não teve nem um arranhão, foi para casa no seu próprio pé.
Quanto ao meu pai perfurou o Baço e fracturou três costelas. Chegou a ambulância, que até chegou bem depressinha, foi para o Hospital São José onde esteve lá até 25 de Maio, tendo alta mas a ter que ficar em casa mais uns tempos para consolidação das fracturas, nesse entretanto ele enervava-se muito, pois muitas vezes queria sair e não podia, assim como ele querer ajudar a neta a “Sandrinha” que era bébe e ninguém lhe mudava a fralda, e por estar inactivo e com imensas dificuldades, enervava-se muito..
A recuperação das fracturas não se estavam a efectuar com deve ser, e agravando-se mesmo ele teve que ir para o Curry Cabral no dia 08 de Junho , Meu pai não comia nada que fosse confeccionado no hospital, ficando nós de todos os dias lhe levar a alimentação, no dia 29 de Junho, minha irmã Melita foi levar-lhe o pequeno almoço e pelas 09h00 da manhã vejo chegar a Mélita com uma cara triste e a chorar e disse-me “ Zé o nosso pai faleceu”.
Segundo relatos dos doentes que estavam no quarto, ele falou para um doente que estava ao lado da cama dele, que estava na hora dele partir para a outra vida e que quando o soro deixa-se de trabalhar para chamar uma das enfermeiras pois já tinha ido para outro mundo.
Faleceu com 47 anos. Causa da morte foi paragem cardíaca, que poderá ser de quando ele tinha 7 anos ter tido uma hiportermia, pois naquele tempo ele andava a guardar gado e perdeu-se durante três dias nas pastagens de Sonim e Aguieiras no Concelho de Mirandela em pleno inverno. O corpo veio para a igreja de São José e esteve em câmara ardente tendo sido sepultado no Cemitério do alto de São João, posteriormente as ossadas foram depositadas no túmulo dos Combatentes da Grande Guerra.
1978
Quando perdi o meu pai, Deus me permitiu suportar os limites da dor, me aproximando Dele. é inesplicável e foge a nossa capacidade racional, compreender tamanho mistério. Mas a longo ou a curto prazo, aprendemos a superar o sentimento de dor, de ausência. O tempo cura tudo, é um "santo remédio", dado por Deus, para cicatrizar as feridas. Mas a morte não pode ficar encerrada nela mesma. Tirei uma lição de todo o sofrimento...me levou a uma consciência de valorização das pessoas, amar mais, aceitar, compreender...Pois muitas vezes, não damos atenção, tempo, carinho e amor ao nosso próximo, então vem a morte e agente ver que é tarde demais. Por isso como diz o poeta: "É preciso amar as pessoas, como se não houvesse amanhã".
Decorria o dia 21 de Março do ano de 1978 e o meu pai tinha feito um negócio com o Sr. Jaime Morgado, proprietário da Ginginha Avenida, já lá estava a trabalhar desde 1976 e naquele dia teve que se ausentar até ao Poço do Bispo, Xabregas, pegou na sua “torraite” ele trouxe-a encaixotada de Luanda, era uma Honda SS 50 Z das novas. Meu pai sempre gostou de dar umas kicortas de mota. No regresso na passadeira de peões que até estava verde para os motociclistas e condutores, atropelou um velhote de 63 anos em frente á Pastelaria Suissa eram 15H00, o dito velhote não teve nem um arranhão, foi para casa no seu próprio pé.
Quanto ao meu pai perfurou o Baço e fracturou três costelas. Chegou a ambulância, que até chegou bem depressinha, foi para o Hospital São José onde esteve lá até 25 de Maio, tendo alta mas a ter que ficar em casa mais uns tempos para consolidação das fracturas, nesse entretanto ele enervava-se muito, pois muitas vezes queria sair e não podia, assim como ele querer ajudar a neta a “Sandrinha” que era bébe e ninguém lhe mudava a fralda, e por estar inactivo e com imensas dificuldades, enervava-se muito..
A recuperação das fracturas não se estavam a efectuar com deve ser, e agravando-se mesmo ele teve que ir para o Curry Cabral no dia 08 de Junho , Meu pai não comia nada que fosse confeccionado no hospital, ficando nós de todos os dias lhe levar a alimentação, no dia 29 de Junho, minha irmã Melita foi levar-lhe o pequeno almoço e pelas 09h00 da manhã vejo chegar a Mélita com uma cara triste e a chorar e disse-me “ Zé o nosso pai faleceu”.
Segundo relatos dos doentes que estavam no quarto, ele falou para um doente que estava ao lado da cama dele, que estava na hora dele partir para a outra vida e que quando o soro deixa-se de trabalhar para chamar uma das enfermeiras pois já tinha ido para outro mundo.
Faleceu com 47 anos. Causa da morte foi paragem cardíaca, que poderá ser de quando ele tinha 7 anos ter tido uma hiportermia, pois naquele tempo ele andava a guardar gado e perdeu-se durante três dias nas pastagens de Sonim e Aguieiras no Concelho de Mirandela em pleno inverno. O corpo veio para a igreja de São José e esteve em câmara ardente tendo sido sepultado no Cemitério do alto de São João, posteriormente as ossadas foram depositadas no túmulo dos Combatentes da Grande Guerra.
1978
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