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31/12/2013

O ESTADO PORTUGUÊS, ENDIVIDOU-NOS A TODOS!

Em Portugal é urgente, salvo melhor opinião, tomar consciência da realidade, o que significa apender as novas circunstâncias em que vivemos. Logo no plano político e partidário, há distorções de “fachadas” que dificultam o entendimento das mudanças. Muitas promessas, acompanhadas duma economia debilitada e “esmagada” por uma repugnante austeridade, que apenas enriquece os ricos, não traz prosperidade, “contraria o princípio da igualdade de oportunidades e só leva à pobreza, a desigualdade social” à maioria dos Portugueses.

De uma ponta à outra do “leque parlamentar”, todos são “social-democratas” no sentido de que ambicionam, acima de tudo, uma maior igualdade, uma economia próspera, pleno emprego, a redistribuição equilibrada da riqueza e o Estado social digno para todos. Ali estão eles a “pregar no deserto”, distinguindo-se, basicamente, pelos lugares que ocupam na sala, pelos protagonistas que promovem, pelo tom dos discursos que fazem, pelo grau do “liberalismo moral” que defendem ou pela expressão dos receios que o “aquecimento global” lhes provoca. Dos 230 deputados à Assembleia da República, 117 estão em regime de “part-time”, acumulando as funções parlamentares com outras atividades profissionais no sector privado. Prestam serviço remunerados a empresas que operam em sectores de atividade fiscalizados por comissões parlamentares que os mesmos deputados integram. Noutros casos exercem cargos de administração ou fornecem serviços de consultoria a empresas que beneficiam, direta ou indiretamente, de iniciativas legislativas, subsídios públicos ou contratos adjudicados por entidades públicas.

Deste modo, enquanto o país empobrece, a classe média se extingue e o desemprego alastra, a corrupção continua a aumentar, os mecanismos das despesas do Estado agravam-se e cresce a promiscuidade entre a política e os negócios.

Cruz dos Santos
2013

27/12/2013

ZÉ FERROVIÁRIO




Aqui há dias, na televisão, a senhora secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares e mais qualquer coisinha teve a supina lata de fazer apelo às empresas para que invistam mais no apoio às famílias, designadamente em matéria de infantários.

Confesso que, na minha recorrente ingenuidade cheguei a acreditar na sinceridade com a senhora secretária fez o referido apelo às empresas, mas não é que, ao chegar a casa dei com a minha Teresa, que continua esperta como sempre, escandalizada com o referido apelo da senhora governante, que a mim até me caíra bem.

- Ouve lá Teresa, então tu estás contra o governo quando decide contra os trabalhadores, como é habitual, mas continuas a estar contra o governo quando defende precisamente o contrário, ou seja, quando defende qualquer coisa boa para os trabalhadores, como é o caso da governante que defende abertura de infantários nas empresas... -Se calhar é por ouvires tanta mentira nas televisões. É que tu, Zé, parece que já não consegues distinguir uma coisa boa, de outra que não passa duma mistificação, que se destina enganar os mais ingénuos como tu...-Desculpa lá, Teresa, mas neste caso não estou a ver como é que tu consegues ver o mal num apelo que, a ser seguido,

criaria melhores condições sociais para milhares de trabalhadores que não têm dinheiro para pagar os Infantários onde deixar os filhos...

- E tu achas, Zé, que a senhora secretária, seja lá do que for, acredita uma única sílaba daquilo que disse a propósito dos infantários?... - Olha Zé, eu não estou dentro da cabeça dela, mas basta ver o que o PS e os partidos do atual governo PSD/CDS acabam de fazer e fizeram aqui na CP, para se ver que o apelo da senhora secretária às empresas privadas tresanda a falsidade…

-De facto, Teresa, não tinha visto o problema sob esse prisma, mas ainda assim até pode ser que o governo se disponha agora a corrigir o tiro e, correspondendo ao apelo da senhora secretária, dê instruções claras aos comissários político/partidários da administração, no sentido de e construírem tudo o que, raivosamente destruíram, no capítulo das Atividades Sociais...

-Ora assim já nos entendemos, Zé. É que os trabalhadores também têm obrigação de não se deixarem comer por parvos.

-Tens razão. A música deles é tão bem engendrada que, que depois de muitas vezes repetida, pelos próprios ou pelos seus ‘’especialistas” de serviço, que muitos até os mais atentos podem “engolir” as patranhas que os exploradores nos querem impingir.

- Mas, chegados aqui, talvez fosse conveniente que ficássemos a saber, com algum grau de garantia, qual o objetivo que esta gente pretende atingir com a destruição das Atividades Sociais da CP. Como é sabido o custo das Atividades Sociais mal chegava a meio por cento, repito: meio por cento, do défice operacional da CP, cuja grande responsabilidade cabe, sem margem para dúvidas, aos juros e outras alcavalas pagos à banca, para encher o cu aos banqueiros, que custam à CP mais do que duas somas dos salários anuais pagos ao conjunto dos ferroviários.

Ficamos, afinal, sem perceber porque razão decidiu o governo mandatar os seus comissários político-partidários para acabarem de vez com as nossas Atividades Sociais, mas tudo nos leva a pensar que isto está a ser feito para que a entrega aos privados se faça pelo menor custo possível para os mesmos, ou seja, que se lixem os trabalhadores e os apelos descontextualizados, para não lhes chamar outras coisas muita mais pesadas, da senhora secretária de Estado de qualquer coisinha.

Ficamos então com esta certeza; Tudo o que está a ser feito ao nível da gestão da CP tem hoje um claro e indesmentível objetivo, fazer uma caminha bem fofinha para o grupo que se prepara para abocanhar a CP.

Tudo o resto é palavreado para enganar o pagode. Já pregoava Frei Tomás…

Mas faz o que diz e, não o que ele faz.

Zé Ferroviário
2013

DEIXEI DE FUMAR

Faz 10 anos que deixei de fumar! Dia 26 de Dezembro de 2003. Fumei durante 30 anos e agora, custa-me a perceber como fui capaz de fumar durante tantos anos!

Hoje o único sentimento que tenho pelo cigarro é o arrependimento de ter entregue a minha saúde a esse veneno por mais de trinta anos de minha vida.

Para quem ainda fuma, aqui fica a prova provada de que é possível, desejável, vantajoso e formidável, estupendo, fantástico e abracadabrante deixar de fumar! Custa deixar de fumar, mas psicológicamente somos capazes.

Confesso que no início foi uma tortura, então aquele cigarro depois do cafézinho depois do almoço. Eu fumava dois maços de cigarro por dia. Isso claro que dependia do meu stress. Ao quinto dia esqueci o cigarro definitivamente, até hoje, dia em que faz 10 anos. Foi muito, mas muito difícil mesmo. Mas eu estou aqui firme e forte. Eu me sinto um jovem de 25 anos agora. Consigo até subir escadas a correr. 


Parar de fumar requer mudar hábitos alimentares, incluir exercícios, beber muito líquido. Dez anos sem fumar são suficientes para que o ex-fumador ativo volte a ter os órgãos como se nunca tivesse fumado. Nós temos uma segunda chance. 

Já tinha tentado em 1998, mas foi em vão, mas em 2003 foi de vez.


Tudo melhora: o olfato, o paladar, a resistência física, a libido, a respiração, a saúde em geral, o apetite, as finanças, a limpeza da casa e do carro, diminui a possibilidade estatística de teres um acidente cardiovascular e/ou um cancro, os beijos têm mais sabor, as viagens de avião são mais fáceis de suportar, não precisas de fazer figuras tristes nos aeroportos, a correr lá para fora, para poderes fumar um cigarrinho, terminas a refeição calmamente e saboreias o café nas calmas, sem a preocupação de ter que acender o cigarro, diminui a possibilidade de incêndio na habitação, podes brincar com os teus netos, sem medo de os queimares com o cigarro ou de os intoxicares com o fumo, deixas de fazer figuras idiotas a tentar acender cigarros quando está vento e, sobretudo, deixas de fazer aquelas boquinhas parvas a tentar fazer argolas com o fumo, acabam-se os dedos amarelos, acabam os cinzeiros pirosos a servir de bibelots em tudo o que é mesa de apoio, armário ou prateleira, já não precisas de fumar um cigarro depois do orgasmo e podes ocupar as mãos e a boca com coisas mais interessantes, as caminhadas são mais fáceis, já não entras em pânico se o elevador estiver avariado e tiveres que subir 6 andares a pé, deixas de ter o teclado do computador cheio de cinza e vais sentir-te bem, muito bem – e, sobretudo, sentir-te-ás livre!

Eu sinto-me livre estes dez anos sem fumar só me trouxeram vantagem, nos hábitos alimentares e na saúde.

Já me considero um ex-fumador. Poucas coisas nesta vida são definitivas, por isto tenho tido cuidado com os raros momentos que ainda aparece um pouquinho da vontade de fumar. Viver sem fumar é melhor não só para a saúde e para o bolso, mas também para a nossa autoestima. Não tem cheiro ruim, não tem que se preocupar em ter uma carteira de cigarro sempre a mão, não tem que ficar pensando como vai fumar em determinado local, e assim vai. É bom não ter o vício tomando conta do nosso dia.

Não estou contando vitória sobre o cigarro, apenas preciso deixar público o meu depoimento, no meu blog, para os meus amigos e pessoas de quem gosto, para que eu não volte a fumar. Para que todos saibam que eu parei e que, se ficar tentado, eu tenha tanta vergonha que me impeça de colocar essa droga mais uma vez em minha boca; e para que, se algum de vocês me virem a fumar novamente, me tratem sim como drogado, mas que tenham amor no coração para me ajudar nessa luta contra o tabagismo.



ZÉ ANTUNES

2013

CEIA DE NATAL EM FAMÍLIA


Todos os anos, nesta época festiva as famílias reúnem-se, são mais solidárias, são mais felizes. Para mim deveria ser ao longo do ano estas manifestações de solidariedade, pois independentemente da fé das pessoas. O Natal acaba por ser um negócio, que tem o seu lado positivo na economia.

Há quem não ligue muito á Noite de Natal, mas mesmo assim há sempre se lembram da família.

A Noite de Natal, é para mim, uma festa de família e de confraternização, um momento de reencontrarmos pessoas que somos próximas e gostamos muito, mas nem sempre temos a oportunidade de estarmos juntas tanto quanto gostaríamos.

Eu tenho o privilégio de poder participar das Ceias de Natal bem tradicionais, alegres e animadas ou em minha casa ou em casa de familiares onde nos reunimos com tudo o que acredito ser fundamental nesse momento a família, comida boa e gostosa, alguém se veste de Pai Natal e vem distribuir os presentes para a criançada, o "convívio" entre os adultos para animar a noite de Natal e a alegria de poder estarmos quase todos juntos mais uma vez !

Mas com esta austeridade e o baixo poder de compra estas festas natalícias foram comemoradas por poucas famílias, pois as imposições da Troika e F.M.I. assim impuseram

Quem sofre um pouco com esta crise são as crianças, pois muitas famílias não poderão oferecer uma prendinha a que elas estavam habituadas a receber e não terão as guloseimas que as deliciam.

Na minha opinião este ano o Natal será mais pobre.

Feliz Natal a todos, que Deus vos abençoe.

ZÉ ANTUNES

2013

20/12/2013

BRITISH COUNCIL

   
Nesta quadra Natalícia tenho sido convidado a participar em diversos jantares e ao qual faço a honra de participar e conviver com colegas e amigos.


No dia 17 de Dezembro reuniram-se os colaboradores do British Council que aproveitaram para realizar o seu jantar de Natal no Restaurante Ógílín`s ( Irish pub )



Restaurante


Em todas as mesas como é tradicional no Reino Unido estavam pequenos tubinhos, com lembranças, adivinhas e provérbios, também estava uma fita de papel com o que cada conviva iria degustar, que previamente tinha sido escolhido.

Estas foram as Ementas da mesa onde eu estava integrado

Name: Pamela

Starter: Grilled Scallops and Bacon skewers brushed

With Basil and Olive oil infusion

Main course: Sesame crusted Tuna steak with spinach and

Tomato mash

Dessert: Irish Whiskev perfumed homemade Tiramisu

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Name: Idália

Starter: Sesame crusted Prawns with homemade

Mango Chutney

Main course: Fresh Vegetable Moussaka with Watercress

And Soybean sprout salad

Dessert: Irish Whiskev perfumed homemade Tiramisu

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Name: Gonçalves ( Zé Antunes )

Starter: Grilled Scallops and Bacon skewers brushed

With Basil and Olive oil infusion

Main course: Roastd Lamb Leg With Potato and Rosemary

“gratin”

Dessert: Irish Whiskev perfumed homemade Tiramisu

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Foi servido champanhe, vinho, águas, sumos e muita cerveja.

Depois de se saborear tão gostoso jantar houve música e cantoria, para os que mais afinados voz tinham, cantou-se cantos alusivos ao Natal onde todos serão um lá, mi, ré, pois as músicas eram bastante conhecida.


Foto da Mesa


Mais tarde por altura do café e dos digestivos a Nick ao microfone foi fazendo perguntas para serem respondidas num questionário que previamente havia sido entregue a todos, brincadeira séria para ver quem mais cultura e sabedoria tinham.

Claro que houve um vencedor, mas para o caso todos estavam felizes.

Na despedida desejou-se um Santo e feliz Natal e um próspero ano Novo





ZÉ ANTUNES

2013













18/12/2013

E AGORA? VAMOS SAIR DO EURO?


Para resolver todos esses problemas financeiros, que temos, penosamente, vindo a defrontar (austeridade), através de cortes nos salários e reformas, o aumento do desemprego, aumentos nos transportes públicos, na água e na eletricidade, enfim, a todo esse amontoado de divergências, que vieram a criar essa gigantesca crise sem precedentes e a nível internacional, seguida desta recessão económica, que…a saída do Euro seria solução ideal, para pôr fim a toda esta miséria! Será, que se sairmos do Euro e fazermos as desvalorizações competitivas da nova moeda nacional, era a única solução? Ou, colocados perante a crueza da realidade que é o conjunto de exigências de disciplina e rigor decorrentes da integração na moeda única, seria pagarmos as dívidas monstruosas entretanto contraídas? Como? 

Alterando radicalmente o estilo de vida que levamos, baseado num consumo moderado, cortando nas despesas, queimando as “gorduras” escondidas. Pergunto com mais atualidade: aceitar que a Troika nos continue a enfiar o “colete-de-forças” da disciplina do trabalho, do rigor e da poupança? Ou fazermos como certa esquerda propõe, que é o de dizermos, claramente, aos financiadores externos que não vamos pagar o que devemos? E lançar de novo, como pede essa mesma esquerda, uma política de estímulo à economia, acabando com a austeridade e reprogramando um ambicioso plano de investimentos do Estado, saindo do Euro.

Meus Senhores: Se saíssemos do Euro, o dinheiro depositado nos bancos em Portugal, “voava” para o estrangeiro num ápice e, o sistema bancário ia à falência em pouco tempo. Reparem: se disséssemos aos nossos credores internacionais, que íamos escolher uma moeda própria, para a poder desvalorizar logo a seguir e que, por isso, já não podíamos nem sequer queríamos pagar as nossas dívidas, não estaríamos a condenar o País a viver em pobreza humilhante, durante os próximos 40, 50 anos? É claro que muita gente, principalmente os “rendeiros” deste regime, preferiam voltar ao escudo a perder privilégios.

Mas, uma coisa é certa, a maioria seria facilmente enganada com a saída do Euro e, com moeda própria, então, sim, os pobres ficariam muito mais pobres e os ricos mais facilmente se protegeriam. Portanto, e em resumo, o que não se deve fazer: sair do Euro! Devemos pagar as dívidas em euros, para reconquistarmos a confiança dos investidores e fazer tudo, não só para garantir o crescimento económico, mas…como “cortar” nas despesas do Estado, aliviando, deste modo, aqueles que mais sofrem e que mais necessidades têm de sobreviver, a toda esta “criminosa” austeridade.

Cruz dos Santos
2013


 

14/12/2013

O BORRABOTAS !


Por natureza, o homem é gregário e isto implica em estar integrado na sociedade e ter à sua volta outros indivíduos. 

Pois, o mais certo, quase de certeza, entre estes, está o Borrabotas a que me refiro. Talvez ainda não te apercebesses, mas certamente até já tivesses tomado junto umas cervejas e quem sabe, já não sentiste nas costas, as palmadinhas da praxe, em aparente boa harmonia. Digo aparente, porque tu que és bom, que és são, nem te passa pela cabeça que as tuas frases, ou simples palavras, estariam a ser dissecadas no intuito cínico de nelas ser descoberto algo que o Borrabotas possa apelidar de ofensivo ou depreciativo para alguém, principalmente para indivíduos de quem estais na dependência. Quantas alusões cínicas o Borrabotas te teria já feito para provocar em ti alguma reacção na qual ele pudesse imaginar, porque o veneno das tuas reacções é pura imaginação do Borrabotas, uma vez que tu és bom, sério e honesto nas tuas acções e até reacções.

Por isso é que nem fazes ideia, o trabalho de sapa, que se desenrola à tua volta, e de que poderás ser vítima, como quase sempre acontece aos que por não serem cínicos só tarde dão conta do cinismo que os rodeia. Repara ainda que tanta vez até os influenciáveis, acabam por cair nas malhas da teia que subtilmente e a coberto das patifarias que te foram feitas, e outros, lhes estará sendo urdida, e que mais cedo ou mais tarde também os imobilizará, porque o Borrabotas, não denegride só num sentido. Para estes, a teia demora mais tempo e, tem de ser feita com melhores fibras e com maior subtileza, para mais facilmente os imobilizar e neutralizar à custa do veneno que hábil e lentamente estará sendo destilado para esse efeito. E quem sabe, se neste momento até, aqueles influenciáveis já estarão sentido os efeitos do Borrabotas! Não é nenhuma novidade a presença do Borrabotas na sociedade. Já Viriato e Sertório foram vítimas do Borrabotas, que por sua vez também fez rolar no cadafalso a cabeça de Robespierre, que se considerava seguro na sua quase omnipotente posição. Até Jesus Cristo foi empurrado para o calvário por intriga tecida à sua volta.

Continua o teu trabalho sério e honesto, mas cuidado....descobre o Borrabotas para te defenderes dele, com prudência, pois só assim, poderás evitar as suas nefastas artimanhas. Contra a gripe, há a vacina! Mas contra o Borrabotas, ainda nada se inventou .


CRUZ DOS SANTOS
2013

JANTAR DE NATAL

Nesta época Natalícia, os jantares de Natal onde as Empresas ou  um grupo de amigos organizam estes convívios gastronómicos.
Todos juntos divertem-se e saboreia-se os bons petiscos que nos são oferecidos, claro que regados com bons vinhos, ou outras bebidas para os que têm a rsponsabilidade da condução de quaisquer veiculo .
Tradicionalmente este ano não fugiu á regra e o convivio gastronómico e báquico , que há uns anos a esta parte  se chamava de jantar dos “A.R.D. s “ foi no belo  acolhedor Restaurante em Queluz , foi no “Poço “ no dia 07 de Dezembro, onde foram servidos como pratos principais um delicioso  Bacalhau á moda  da casa e uma Picanha fatiada com frutos tropicais, ambos os pitéus estavam devinais, foi comer e chorar por mais 
Foram servidas sobremesas variadas que estavam deliciosas.
Tiram-se fotos para mais tarde recordar.
Contaram-se algumas histórias que animaram a noite de tão salutar convívio.
Findo o repasto cada um foi para suas casas,  outros foram acabar a noite num bar de música Africana, onde se bebeu mais uns xiripitis.
Ficou a promessa de que para o ano estejamos todos reunidos de novo.


Zé Antunes
2013

WORKSHOPS


Neste mês de Novembro, Domingo de Primavera. Ou seja o chamado verão de São Martinho. Este encontro há bastante tempo que estava programado.

Era um encontro ( um Workshops) sobre novas tecnologias de Desenho Assistido por Computador ( ACAD), apresentação de uma nova versão.

As pessoas iam chegando e logo se integravam nos vários grupos de amigos e conhecidos, e lá se iam relembrando e relatando acontecimentos mais recentes de suas vidas, bem como relatos dos seus passados, histórias de cada um.
Já na apresentação do ano de 2012, ao falarmos de África, mais propriamente de Angola, conheci duas pessoas O Ricardo e a Manuela, nesse ano de 2012 tinham acabado de chegar de Angola, depois de um mês de férias, junto do filho, que lá se encontra a trabalhar claro que o tema da nossa conversa foi invariavelmente as últimas noticias de Luanda.
Este ano não fugimos ao tema e lá vieram as recordações da nossa querida e amada Luanda.

Contaram-me que o filho se encontra-se em Luanda a trabalhar no novo projecto de Remodelação dos Bairros periféricos a Luanda.

Este casal antes da sua vinda para Lisboa viviam em Dalatando, onde conheci alguns elememtos da tropa Portuguesa, e outros amigos que jogavam futebol na Equipa de os “ Dinizes”, no ano de 1973 fui com amigos partecipar no grande Prémio de Motocrosse de Salazar na altura a cidade tinha este nome.

Acabada a apresentação do Workshops ficou a promessa de se organizar um convivio, para recordar aqueles tempos da nossa juventude.

ZÉ ANTUNES
2013

BODAS DE CORAL

 

35º ANO DE CASAMENTO
Pois é, no dia 02 de Dezembro, eu e a Princesa do Uíje, celebramos mais um aniversário de casamento, o 35ª aniversário, que segundo dizem são bodas de Coral. Não sei para onde foram todos esses anos, mas conto festejar muitos mais.

O coral é formado pelo acúmulo de sedimentos, ganhando forma e intensa durabilidade com o passar do tempo, assim como deve acontecer em um casamento. A cada dia, a relação vai sendo moldada, ganhando forma,
força e durabilidade. Com isso, pequenos obstáculos vão sendo deixados para trás.

Alianças

 
 
Bodas de casamento é uma comemoração que celebra o aniversário de casamento, onde se renova as promessas trocadas entre o casal.

Boda é uma palavra que tem origem no latim "vota", que significa "promessa". O nome é mais usado no plural: bodas, que se refere aos votos matrimoniais feitos no dia do casamento.

As bodas de casamento são comemoradas na data em que foi celebrada a cerimônia de casamento. Para cada ano de bodas foi estabelecido um material representativo para nomear o período. No ocidente as bodas mais festejadas são a de prata, que comemora 25 anos de casamento e a de ouro que comemora 50 anos.

Os católicos comemoram os aniversários de casamento em eventos na Igreja, onde renovam os votos da união.

     Casamento em 02-12-1978

As festas das bodas surgiu na Alemanha, onde era costume de pequenos povoados, oferecer uma coroa de prata aos casais que completassem 25 anos de casados, e outra de ouro aos que chegassem aos 50. Então, com o passar dos séculos, foram criadas outras simbologias para os anos que ficam entre os 25 e os 50, e quanto mais tempo de casado, maior é a importância do material, que vai do mais frágil ao mais valorizado.

Este dia foi comemorado só entre nós os dois com um saboroso jantar.

Decidimos que ofereceremos um almoço á familia e a alguns amigos, alguns destes amigos que estiveram no dia 02 de Dezembro de 1978 na Cerimónia na Igreja de Fermentões e no copo de água em Guimarães.

No almoço para as nossas boda de Coral, em data a designar serão servidos todos os sabores de tão apetitosas iguarias, confeccionados pela Marinha ( São ). O almoço será uma Moamba de Galinha regada com bom vinho Alentejano.

Lá para o fim da tarde será saboreado um bolo comemorativo com a respectiva decoração alusiva ás Bodas de Coral.

Far-se-á o brinde tradicional a todos os presentes, e também nos lembraremos dos ausentes.


     Zé Antunes e Marinha em 02-12-2013


Assim será a comemoração da nossa Boda de Coral.

Todos os anos de casados têm a sua boda, o seu aniversário e as suas comemorações.

Esperamos no futuro comemorarmoa algo mais, sinal que ainda estamos junto daqueles que amamos.

Eis a lista de todas as Bodas

Nome das bodas:

01º - Bodas de Papel
02º - Bodas de Algodão
03º - Bodas de Couro ou Trigo
04º - Bodas de Flores, Frutas ou Cera
05º - Bodas de Madeira ou Ferro
06º - Bodas de Açúcar ou Perfume
07º - Bodas de Latão ou Lã
08º - Bodas de Barro ou Papoula
09º - Bodas de Cerâmica ou Vime
10º - Bodas de Estanho ou Zinco
11º - Bodas de Aço
12º - Bodas de Seda ou Ônix
13º - Bodas de Linho ou Renda
14º - Bodas de Marfim
15º - Bodas de Cristal
20º - Bodas de Porcelana
25º - Bodas de Prata
30º - Bodas de Pérola
35º - Bodas de Coral
40º - Bodas de Esmeralda
45º - Bodas de Rubi
50º - Bodas de Ouro
55º - Bodas de Ametista
60º - Bodas de Diamante
65º - Bodas de Platina
70º - Bodas de Vinho
75º - Bodas de Brilhante ou Alabastro
80º - Bodas de Nogueira ou Carvalho
85º - Bodas de Girassol
90º - Bodas de Álamo
100º - Bodas de Jequitibá




ZÉ ANTUNES
2013

03/12/2013

SENHORES GOVERNANTES: HÁ MUITA GENTE NA MISÉRIA!

CARO E BOM AMIGO "DU PÊTO"

ZÉ ANTUNES

Para o blogue

LUANDA TROPICAL

Junto envio-te um trabalho, que me deu a maior felicidade de redigir, por ter conseguido transpor para o papel, toda a inspiração sentida, em defesa dos mais necessitados.

Portanto, com um forte ABRAÇO, dos que são maiores que os braços - longos e leais - como a verdadeira Amizade que sempre nos tem unido, remeto-te a crónica, que é uma espécie de chamada de atenção aos senhores governantes deste parco país, à beira-mar soterrado.

 
Enquanto se confrontam todas essas excelências, com argumentos repetitivos e embelezados de uma filosofia já gasta, discussões parlamentares e debates televisivos (que não aquecem, nem arrefecem), e se diverte o “pagode” com as telenovelas e o “lixo” da “casa dos segredos”…Do outro lado da rua, milhares de pessoas vivem na miséria, dormindo em caixotes de cartão que lhes servem de casa e as calçadas de cama. Mora ali a miséria coberta pelas esquinas, habita entre nós, envergonhada pela fome. Rostos de gente esfomeada, de deportados, massacres chegam aos nossos sofás, aos nossos maples, às vezes em tempo real, quanto mais não seja por intermédio de ecrãs televisivos, entre duas doses de publicidade. Marchas, manifestações contra a Austeridade, contra a corrupção, contra as injustiças, contra os despedimentos e impostos…O desastre está em marcha, perfeitamente específico. A sua principal arma é a rapidez com que se insere, a capacidade de não inquietar, de surgir com naturalidade e como algo de inerente. Obedeceremos à interdição que nos afasta de angústias estagnantes, simultâneas às nossas vidas. Esqueceremos como é longo, lento, supliciante, o tempo que a infelicidade destila nas veias. Não detetaremos o sofrimento vergonhoso de estar a mais, de incomodar. O terror de ser inadequado. Do “mau aspeto” e do “mal vestido”. A lassidão de ser tratado como um estorvo, mesmo por si próprio, representado por um “batalhão” de Desempregados. Onde o mais nefasto (mais grave) não é o desemprego em si, mas o sofrimento que engendra e que provém, para muitos, da sua inadequação com o que o define. Angústia desses “excluídos”, dos que estão em vias de o ser e acerca dos quais nos esquece, nos esquecerá depressa que estão desesperadamente inscritos, cada um deles, com um nome, com uma consciência, ainda que nem sempre com um “domicílio fixo”. Cada um preso desse corpo que necessita de alimento, abrigo, cuidados, sobrevivência e que dolorosamente os subjuga. Lá estão eles, com as respetivas idades, os punhos, os cabelos, as veias, o estômago. Com o seu tempo deteriorado. O seu nascimento, que ocorreu e que foi, para cada um deles, o começo do mundo, o limiar do tempo vivido que os conduziu à atual situação. Olhares de adultos pobres e de velhos pobres – mas ainda se pode saber que idade têm? Olhares sem esperanças. Muitas vezes, não há pior angústia, pior tremor que a esperança. Portanto, instaura-se o esquecimento. Impõe-se, cada vez mais, a distância em relação aos outros e sobretudo a dos outros, que deste modo se furtam à angústia de talvez terem, um dia, de fazer parte do mesmo lote. Ninguém quer identificar-se com sombras que perderam a identidade. 

E cá estamos num mundo novo mas, esfarrapado, defraudado e amordaçado, dirigido por essas potências segundo sistemas inéditos, e no seio do qual, agindo e reagindo como se nada se tratasse, onde continuamos a sonhar, em função de uma organização e de uma economia que deixaram de funcionar. A nossa passividade deixa-nos nas malhas de uma rede política que cobre por inteiro a paisagem planetária.

Deste teu Amigo, e sempre ao dispor

CRUZ DOS SANTOS 

2013

27/11/2013

PORQUE VIVER NESTA EUROPA, POLUIDA E AGITADA?


Hoje é difícil saborear a vida. A sociedade mergulha-nos numa torrente tão avassaladora de interpelações, seduções e tentações que perdemos de vista a simples vida comum. Habitar nas nossas cidades significa ser permanentemente solicitado, agarrado e percutido por ruídos de sirenes, de “buzinadelas”, pelos gritos de notícias, cartazes publicitários, discursos, mendicidade, manchetes, anúncios, concursos, ofertas, oportunidades, etc., etc.. Uma tal “enxurrada” de estímulos acaba por nos toldar a sensibilidade. Vivemos, como na era do “fast-food” intelectual, em que tudo é rápido e pronto como um hambúrguer. Não estamos, ou melhor, não temos tempo de elaborar as informações, nem a promover o raciocínio esquemático, a arte da pergunta ou o idealismo. Dão-nos agora uma informação, passados alguns segundos, já está ultrapassada essa mesma notícia. A intensidade de informações e intimações, que ultimamente, têm “bombardeado” os nossos Jornalistas e a todos nós, deixam-nos surpreendidos, boquiabertos, estupefactos. O frenesim, que ultimamente, tem vindo a “inundar” a redação da comunicação social, o entusiasmo da notícia, o alvoroço da publicidade, os folclores da política, a omnipresença do divertimento, até a extravagância da moda, constituem exigências permanentes sobre a atenção dos nossos distintos Jornalistas e repórteres, que não têm mãos a medir, para denunciar (a tempo e hora), diariamente, todos os seus leitores. É o cumprimento da sua missão: Informar!

Porque não criamos as bases de uma nova sociedade, uma nova maneira de ser e agir? Por que não saímos deste marasmo? Desta vetusta Europa, poluída, agitada e habitada pelos seus inimigos, e partimos para uma cidade distante, pequena, tranquila? Porquê, pertencermos a essa flagelada, retalhada e “vendida” União Europeia? A esta aberração da miséria, onde só se fala em falências, em desemprego, em dívidas, em corrupção e corruptos? Porquê vivermos como europeus, se nada nos traz de agradável e útil? Onde o poder compra bajuladores, mas não verdadeiros amigos; compra uma cama confortável, mas não o descanso; compra alimentos, mas não o prazer de comer.

Já pensaram em sair desta fábrica de ansiedade e de medo, serem amigos da paciência, andarem mais devagar? Fazerem as coisas passo a passo? Sentirem o perfume dos alimentos? Já imaginaram não sofrer pelo futuro, nem serem uma máquina de preocupação? Já pensaram em viver sem se preocuparem com os olhares sociais? Poderíamos contemplar a natureza, andar descalços na terra, ter tempo para conhecer as alegrias e as lágrimas uns dos outros. Vocês sabiam, que tanto ricos como pobres, são paupérrimos (miseráveis) no banco do tempo?

Banga Ninito 

2013

UM MUNDO DE DISSIMULAÇÕES E FINGIMENTOS!


A sociedade mediática em que vivemos leva-nos a admirar ou odiar personalidades a quem, de facto, nunca falámos. O mais ridículo, é que estamos realmente convencidos que compreendemos perfeitamente essas figuras públicas, que sabemos mesmo o que pensam ou querem, avaliando as suas opiniões e raciocínios. Se pensarmos um pouco, veremos que a única coisa que sabemos sobre eles, são os apontamentos dos jornais e o que nos diz a televisão. Mas a verdade é que esta sociedade mediática, nunca nos deixa tempo para analisar, pormenorizadamente, nem pensar sequer um pouco. Daí, despontar rivalidades, inveja, cinismo e ódio político. 

Comecemos pela rivalidade. Existe uma rivalidade má, que vemos não apenas entre concorrentes, mas também entre colegas. Pessoas que se tratam por tu, que parecem amigas, mas que, na realidade, lutam pela supremacia, pelo sucesso, pelo poder. Assim, quando uma destas pessoas adoece ou morre, outras há que, bem no fundo do seu íntimo, ficam satisfeitas por aquela ter saído de cena. A inveja, pelo contrário, nasce quando alguém as supera, quando alguém obtém mais reconhecimento que elas. Então, esforçam-se por convencer os outros, que aquela pessoa não tem valor e que não merece o mérito. Falam mal dela pelas costas, procurando dificultá-la nos seus afazeres e ficam extremamente felizes, quando ela falha, quando faz má figura, ou mesmo quando adoece. Há muita hipocrisia por detrás das celebrações e homenagens ditas oficiais.

Existe em seguida o cinismo, que se forma com o exercício do poder, com o hábito de tratar as pessoas como objetos, como meios para alguma coisa. E o hábito de decidir sobre o destino deles gera, muitas vezes, naquele que a dirige, uma espécie de indiferença face às alegrias, às dores, às esperanças dos outros. E, por fim, o ódio político. Bom, a política é luta, é “guerra”. Ninguém é imparcial (justo). Nos “nossos”, descobrimos virtudes maravilhosas. Nos adversários, defeitos e baixezas. O militante político, está pronto a vilipendiar, a insultar, a difamar, a liquidar (se for preciso) a pessoa mais nobre, o maior cientista, o poeta mais sublime, só porque não pertence às mesmas ideologias políticas. A piedade dos militantes políticos é unilateral. Choram os seus mortos, mas exultam (regozijam-se) quando o infortúnio e a morte se abatem sobre os seus adversários. Todos sabemos que os políticos só querem votos; os empresários são máquinas de fazer dinheiro e que os artistas buscam fama e proveito. No fundo, vemo-los como caricaturas, personagens de pantomina (mímica). Vivemos projetados… “Num mundo de dissimulações e fingimentos”, preocupados com coisas mesquinhas e sem interesse. Sobre elas, o que sabemos não passa de enredos de cordel gerados por mentecaptos “fabulosos”, produzidos por outros alienados, caducos e néscios. “Somos cada vez mais aquilo que queremos ver no mundo!”

Cruz dos Santos

2013


MALDITA CRISE !!!!


Todo o ser humano tem sonhos e desejam vê-los realizados, por isso estudam, trabalham, fazem sacrifícios para terem essa benesse esse seu sonho realizado.

Só que o resultado na vida de muitos tem sido a frustração ao ponto de irem ao desespero, pensando que não existe mais saídas para a falta de realização e também pelas dificuldades porque todos estamos a passar neste conturbado momento de nossas vidas. Muitos procuram apoio, mas não encontram ninguém, para os poder ajudar. Outros socorrem-se da família, dos pais e muitas vezes dos avós, quem ainda os tenha e os outros??????

Não são poucos os que assim estão, e diz-se que o pior ainda está para vir, é o vazio que trazem no seu intimo, que mesmo com tantas tentativas não encontram soluções para saírem do fundo do poço.

Sem trabalho, sem nenhuma perspetiva de vida é caso para amaldiçoar tudo e todos............ Maldita Troika, Maldito Governo, etc, etc,

Tenho um amigo o Artur Gomes que no ano de 2008, reformou-se, recebeu uma compensação generosa e ficou com uma razoável aposentadoria, e um dia em conversa sobre a vida e a sua saída da empresa disse-me:

Amigo Zé Antunes, tenho a minha reforma, o filho está a trabalhar, comprou uma casa com um empréstimo bancário, está casado e a minha nora também trabalha, deram-me uma neta que é a menina dos meus olhos, eu e a minha Celeste agora pudemos usufruir um pouco do bom que a vida nos dá.

Naquela época eu fui lhe dizendo:

Amigo Gomes, olhe que a crise já começou, ainda não se nota, mas ela está aí e vai piorar a nossa vida!!

Veja o seu caso! Não é por acaso que estão a mandar muitos trabalhadores para a Pré- Reforma e mesmo para a Reforma.

Neste ano de 2013, por casualidade encontrei o nosso amigo Gomes, já não nos via-mos a bastante tempo, depois de nos cumprimentar, ele foi logo dizendo:

Sabes amigo Zé Antunes, estava relativamente bem, e de repente, foi tudo por água abaixo, desabou tudo, caiu tudo como um baralho de cartas.

Respondi:

Então amigo Gomes o que de tão grave aconteceu?

E lá foi-me dizendo, com uma amargura na voz que fiquei deveras preocupado com a situação.

O filho ficou sem emprego, a nora “idem” “idem” “ aspas” “ aspas” orgulhoso não disse nada aos pais e a situação financeira deles degradou-se, ao ponto do Banco acionar a hipoteca da casa e vendê-la em leilão, a neta teve que sair do Infantário e são os avós que tomam conta dela.

Era eu e a minha Celeste, mais o filho, saiu o filho quando casou, ficamos os dois, com esta maldita crise na época eramos três, agora somos cinco e sou eu e a minha Celeste que governamos esta situação.

Maldita Crise!!!!!!

Pensei cá para com os meus botões, na situação deste meu amigo, devem haver muitos mais e com situações piores de frustrações e impotências, para solucionarem a CRISE.


ZÉ ANTUNES

 2013

 

19/11/2013

TORNEIO CUCA


Foi o Dr. Manuel Vinhas, grande industrial, e fundador da Companhia de Cervejas União de Angola, CUCA. Esse homem tinha uma grande visão no relacionamento das suas importantes empresas, com as populações. A Cuca e o Dr. Manuel Vinhas patrocinavam a realização do Torneio Popular de Futebol CUCA, com equipas dos vários Bairros da Cidade, que acorriam com muito entusiasmo. No final do Torneio, a CUCA oferecia um almoço a todos os atletas e Dirigentes das equipas participantes, onde havia muita confraternização. A cidade de Luanda tem uma dádiva de gratidão para com o Dr. Manuel Vinhas, pelo seu grande contributo pelo desenvolvimento industrial e social do país. Para além de fábricas de Cerveja em Luanda e no Huambo, tinha outras empresas, como a fábrica de Chapas de Zinco para cobertura de habitações e armazéns, Aviários para abastecimento de pintos aos outros aviários, etc., etc. Este benemérito merecia que o seu nome fosse dado a uma bela avenida na zona da Cuca.

Desde o ano de 1966 que estava no auge o Torneio organizado pela Companhia de Cervejas União de Angola ( CUCA ) Entre as várias equipas está o Perdidos da Bola Futebol Clube, que tinha sede no Bairro Popular e é nela que jogou o famoso Jacinto João que viria a notabilizar-se no Vitória de Setúbal.


Nos campos de distintos bairros de Luanda, a Académica Social Escola do Zangado, vencedora em 1968 do Torneio Popular Cuca, a mais importante competição extra - oficial do futebol angolano de então. Historia da Academica Social Escola do Zangado

Os 11 Perdidos da Bola, o seu maior adversário foi sempre o Escola do Zangado, de Joaquim Dinis, vulgo Man Dinas, Antoninho Parte os Cornos, Artur da Cunha, Lourenço Bento, Júlio Araújo, Firmino Dias, entre outras feras do futebol suburbano. Em 1966, durante a primeira edição do referido Torneio Cuca, em pleno campo da SIGA (Nocal), os 11 Perdidos da Bola Futebol Clube, com a sua principal estrela, Jacinto João, sucumbiu diante do Escola do Zangado, de Man Dinas, jogador que também se notabilizou no ASA e Sporting de Portugal. Porém, na época de 1972/1973, os 11 Perdidos da Bola Futebol Clube, com treinador principal Mestre Paixão da Escola Indústrial de Luanda, tal como um clarão de um relâmpago, iluminaram, se súbito, o cenário do futebol suburbano de Luanda e lançaram sobre os seus adeptos uma onda de incontornável euforia. Presença assídua no popular Torneio Cuca, o clube tinha sede no Bairro Popular e efetuava os seus jogos no campo da Fefa. 

Ao princípio, ninguém reparou na equipa dos 11 Perdidos da Bola. As melhores formações eram as do Juba, Cazenga, Escola do Zangado e Benfica de Kalumbunzi. Com o decorrer do torneio, os 11 Perdidos da Bola, desmentindo o seu próprio nome, impôs o seu futebol, demolindo tudo o que lhe apareceu pela frente. A equipa cilindrou o seu eterno rival Escola do Zangado por 3-0, não havendo reticências na vitória. Pai II, mais tarde Tozé da TAAG, com o seu fabuloso pé esquerdo, “brincou” com os defesas do Escola, marcando dois soberbos golos. André Costa, uma pérola do futebol luandense e que também despontou no Atlético e Ferroviário, ambos de Luanda, confirmando as suas qualidades de goleador, marcou o outro tento da equipa, falhando, de seguida, um lance que poderia ter aumentado o score. Eu na altura torcia pelo Benfica de Kalumbunzi, mas depois que o mestre Paixão foi para Treinador, fiquei adepto dos 11 Perdidos da Bola, e a sede era ali no Bairro Popular. Bairro onde residia.

Em 1972 o “ Andorinhas” de Benguela, ganhou o torneio CUCA a nível de Benguela e foi disputar a final do célebre torneio Cuca, em Luanda, no campo do São Paulo contra as equipas do Benfica do Kalumbunzi, Escola do Zangado e Sporting do Calomanda do Huambo. 

Recorda-se as goleadas sofridas nessa final, de 1972. O Andorinhas ganhou à Escola do Zangado por 5 - 4 através da marcação de penaltys pois o resultado final foi de 0 – 0, e na final, o Andorinhas levou uma surra do Kalumbunzi. O Andorinhas perdeu por 5-0. 

Na altura existiam equipas de vários bairros de Luanda, com destaque para os 11 Perdidos da Bola , Benfica do Kalumbunze, Benfica do Kinzau, Juba, Académica do Ambrizete, os Palmas, Bravos do Prenda, Barreirense da Barra do Dande, Cazenga, Escola do Zangado, Bangú, eram das equipas mais fortes que disputavam entre si os lugares cimeiros do torneio Cuca na altura, o grande papão era o Cazenga.

O Cazenga apresentava bons jogadores que eram quase todos oriundos das tropas Portuguesas que prestavam serviço militar em Luanda.

Nessa época a revista de cultura e espetáculos "Noite e Dia", o jornal que noticiava todas as noticias sobre o Torneio Cuca, mas mais tarde o “Província de Angola” e o “Diário de Luanda” já divulgavam também noticias sobre o evento.


ZÉ ANTUNES

1972

OPVDCA

(Organização Provincial dos Voluntários da Defesa Civil de Angola) 

Corpo de voluntários de ambos os sexos. que prestavam auxílio às Forças Armadas e garantiam a defesa civil das populações. 
A OPVDCA constituía uma organização do tipo milícia, subordinada diretamente ao governador-geral ou governador da província. 
Em 1975, na noite de 2ª para 3ª feira de Carnaval, mais precisamente no dia 10 de Fevereiro. Tinham começado as lutas sangrentas entre o MPLA e a FNLA, o recolher obrigatório, a falta de alimentos e de bens essenciais...já se faziam sentir em toda a Luanda.


Este é o recorte, de um anúncio, que foi publicada num jornal de Luanda
em 8 de maio de 1974. ( net )


Começara entretanto uma verdadeira caça às armas e instalações da OPVDCA (Organização Provincial dos Voluntários da Defesa Civil de Angola) uma espécie de guarda rural criada no início dos anos 60, já durante a guerra, e que iria ser desativada. Diariamente chegavam informações de mais uma ocupação de qualquer um aquartelamento desta organização e o apresamento do respetivo armamento. 

No Bairro Popular passou-se o mesmo e a OPVDCA, a única organização que poderia lutar, foi sumariamente desarmada pela tropa às ordens de Rosa Coutinho. O que se seguiu foi a fuga aterrorizada da população branca. 

Tratava-se duma corrida desenfreada entre os três movimentos que foi impossível travar. A Defesa Civil instalada no Bairro Popular não fugiu á regra, e foi entregue pelo seu Comandante à F.N.L.A..

Um dos dias marcantes da minha vida foi, depois da sua ocupação pelas tropas da F.N.L.A, estava um dia solarengo, fui trabalhar nessa manhã e como era habitual nos últimos tempos, vinha a casa almoçar, e depois ia beber o tradicional cafezinho ao Bar São João ( Bar do Matias ) estava a tarde toda programada, primeiro iria passar na Estrada de Catete, onde meu pai estava encarregue do Projeto da futura imprensa de Angola, na altura Boletim Oficial de Angola que tinha as suas instalações na Cidade Alta.

Preparava-me para me por a caminho, quando de repente, depois da trégua da hora do almoço como já era habitual, começaram os tiroteios intensos com morteiradas e bazucadas, o M.P.L.A. estavam a tentar desalojar a F.N.L.A. o que conseguiram, ocupando a Defesa Civil. umas das fações do M.P.L.A. instalou-se e confiscou tudo que lá estava.

Ficamos por ali no Bar do Matias enquanto o tiroteio decorria ora espaçadamente ora continuo, e sendo assim, demora-se sempre com esta indecisão se deveríamos ir embora ou não, fomos ficando e só já ao anoitecer o tiroteio acabou.

Ninguém sabe ou nunca ninguém quis divulgar quantas pessoas faleceram dentro do quartel da OPVDCA do Bairro Popular, mas dizia-se que muitas.


ZÉ ANTUNES

1975

A INTERNET E SEUS EFEITOS SECUNDÁRIOS!

O desenvolvimento da civilização até ao século XX esteve intrincadamente ligado ao progresso das máquinas, desde os cinco dispositivos básicos da antiguidade – a alavanca, a roda, a roldana, o calço, o parafuso – até à tecnologia de hoje, tão complexa e sofisticada. Desde o telefone (1876), à máquina de escrever (1879) até ao primeiro serviço comercial de fornecimento de eletricidade, em 1882. No centro desta revolução tecnológica, estiveram as invenções e inovações associadas ao computador (“Internet”(Net).

E hoje, o que acontece com o computador que o torna tão diferente e poderoso? Tão versátil, que pode acompanhar o trabalho de cientistas, técnicos, economistas e muitos outros profissionais, contribuindo simultaneamente para as horas de lazer de crianças e adultos? Por que razão, o computador que ajudou a levar o homem à lua, é hoje considerado uma ameaça para milhões de empregos? E há quem acuse mesmo, que a “Internet”(Net), é a maior coleção de insultos, mexericos, boatos e disparates, alguma vez reunida na história da humanidade. Qual a razão do facto? Podia dizer-se que a Net atrai pessoas de “mau carácter”, mas todos os sinais são contrários. É evidente que quem frequenta as novas tecnologias da comunicação, ainda pertence a uma elite favorecida, com mais formação e conhecimentos que a média. E por outro lado, na“ Internet”, também existem coisas excelentes, belas e grandiosas, com uma qualidade única e inovadora. Mas não há dúvida, que numa grande parte dos blogs, mensagens, e-mails, comentários e sites de debate, domina o pedantismo e a grosseria, maldade e despeito, vacuidade e a mais pura e pristina (primitiva) estupidez.

Uma prova desse facto, é que muita gente põe em blogs e e-mails, coisas que teria vergonha de dizer ao telefone, escrever numa carta ou publicar em jornais ou livros. Aliás vê-se que, interpelado ou confrontado com o que escreveu, frequentemente o autor cai em si e admite ter-se deixado levar pelo meio. O que prova que existe algo nessa forma de comunicação que motiva o dislate. Ou seja, a “Internet” veio a revelar-se, em muitos casos, uma mistura entre carta anónima e jornal de parede, onde se podem proclamar – impunemente – as suspeitas mais implausíveis ou descarregar as irritações mais viscerais. Cada gestor de um blog / site, sente-se com autoridade de um diretor de jornal e capacidades de um estúdio de cinema, ambas reduzidas à estatura do seu ego. Isto cria “potencialidades” maravilhosas e muita gente faz coisas admiráveis. Mas também se pode expandir os preconceitos e ideias feitas, teorias mirabolantes ou “ódios de estimação”, tudo admissível porque aquele é o seu espaço, com regras por ele definidas. A enorme influência do meio só confirma essa atitude. Também todos os abusos são admissíveis, porque manifestam a suprema liberdade. Mas…a liberdade descontrolada e irresponsável, torna-se embriagante e destruidora. A liberdade só floresce, se apoiada no esteio dos valores e da cultura.

Serve-nos de aviso a afirmação de S. Bernardo: “Não há nada tão firmemente estabelecido na alma que a negligência e o tempo não enfraqueçam”. Pensem nisso!

 
Cruz dos Santos

2013

PARA QUÊ AS ORIGENS DOS JOGADORES? INTERESSA SÃO OS GOLOS!


Terminaram as eleições autárquicas, com nomeações e promoções, com vencidos e derrotados, como é óbvio. Foi uma “campanha alegre”, recheada de recados: centenas de SMS (mensagens) distribuídos pelos telemóveis, assim como E-mails; telefonemas, convites, cartazes gigantes, taipais coloridos, ostentado rostos embelezados dos nossos “famosos” (a maioria conhecidos), bem como panfletos e postais abastados de gente de todas as idades, distribuídos pelas caixas de correio, acompanhadas de muitas promessas programadas e outras ofertas ideológicas. Nunca em parte nenhuns como ali, a hipocrisia, a lisonja, a adulação e o afago, foram recebidos com tão curvada paciência e civismo, assim como o desmentido acolhido com tão sentida resignação. Bem hajam! 

Estivemos uns dias recheados de delírio da vida pública, sem sabermos ao certo se se tratavam de eleições Autárquicas ou se eram Legislativas, com novos pináculos de ridículo, mas…de muita alegria. “Pobretos, mas…Alegretos”, lá diz o Povo. No meio de todo esse “regabofe”, porém, ainda houve dúvidas sublimes, acompanhadas de discussões relevantes. Por exemplo, essa de se saber se o treinador do Benfica: Jorge de Jesus, vai ser castigado ou não, ou se vai ser multado e qual o valor da coima. 

Tem sido uma enorme preocupação para os Benfiquistas. Jesus, não era merecedor de tal injustiça! Quanto às Autárquicas, o prof. Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou na TVI, que: “Passos Coelho, tem sido um dos piores líderes do PSD e que se cumpriu a profecia da sua famosa frase: “Que se lixem as eleições”, pois, na leitura do comentador social-democrata as “eleições estão lixadas”. No entanto, o antigo líder do partido apela: “Ao menos salve-se o País”, senão “lixa-se tudo!” Entretanto Carlos Moreno, Juiz Jubilado do Tribunal de Contas disse que “Tem de se tornar obrigatória, antes de se gastar um tostão dos contribuintes, além do cumprimento das formalidades legais, uma justificação destas despesas”. Ou seja, na opinião desse Sr. Dr. Juiz Carlos Moreno, tem de se pôr o controlo interno a funcionar, porque não há, neste momento, um controlo interno e exaustivo digno desse nome a funcionar em Portugal. Acrescentando: “Os gastos têm de ser feitos de forma racional e explicados de forma compreensível para todos os cidadãos” 

É disto que é feito o País. O poder esvai-se…Voam os desmentidos. Fervilham as injúrias. Nos momentos mais serenos é a “graçola” e a troça. E das bancadas, o público assiste, ora indignado ora divertido, ao espetáculo sem igual. Não interessa a origem dos jogadores, mas a sua capacidade de marcar golos!




BANGA NINITO

2013

15/11/2013

BENFICA


JOSÉ ANTUNES GONÇALVES

Estimado Sócio nº 18530

Hoje assinalamos o 10.º aniversário da inauguração do Estádio da Luz, mas assinalamos 12 sobre o processo, difícil, muito difícil, que nos conduziu até lá. O dia 25 de Outubro de 2003 assinalou um final feliz numa caminhada cheia de obstáculos que poucos acreditaram ser possível de ultrapassar. Conto-me entre aqueles que sempre viram na construção do novo Estádio da Luz o ponto de viragem na recuperação do Clube, uma injeção de confiança e auto-estima absolutamente necessária para salvar um paciente em estado terminal.

Num tempo em que faltava tudo, havia muitas vozes que diziam ser uma loucura avançar para a construção de um novo estádio. Pois bem, eu era um desses “loucos” e orgulho-me de ter acompanhado um homem fundamental na história do novo Estádio da Luz e do Clube, Mário Dias. Teve a grande virtude de resistir e de acreditar sempre que era possível, e essa capacidade foi absolutamente notável. 

O Estádio da Luz foi uma batalha gigantesca travada em várias frentes. Sempre soube que o projeto era a única via de ressuscitar um clube que vivia amargurado e triste. Em tempos difíceis e de alguma descrença, espero que o 10.º aniversário do nosso estádio nos faça pensar um pouco de onde viemos e onde estamos, a forma estruturada como toda a recuperação do Clube tem sido feita. Ceder aos apelos populistas e demagógicos em tempos de dificuldades é comprometer todo o caminho percorrido.

Correndo o risco de esquecer alguém, não posso – por dever – deixar de agradecer o trabalho, a dedicação e a confiança de algumas pessoas sem as quais não teríamos razões para festejar esta data.

A Pedro Neto, Luís Seara Cardoso, Fonseca Santos, Tinoco Faria e Diogo Vaz Guedes, o meu obrigado por sempre terem acreditado que seria possível. Ao Mário Dias, o meu obrigado por nunca ter desistido! Ao Presidente Manuel Vilarinho, o meu obrigado pela confiança e apoio que sempre me deu as minhas decisões. A todos os benfiquistas e sócios fundadores um agradecimento especial pelo contributo que deram num momento tão decisivo na vida do Clube.

E, claro, à minha família, que também foi envolvida e autorizou o meu compromisso com a nova Catedral.



Luís Filipe Vieira

 25 de Outubro de 2013

Á QUEIMA ROUPA

Victor Silva, grande avilo dos tempos da Escola Industrial de Luanda, acaba o Curso de Aperfeiçoamento de Serralheiro no ano de 1969, vai estagiar, como serralheiro Mecânico na Manutenção das máquinas de manufatura do tabaco, integrando mais tarde o quadro de pessoal da Fábrica Tabacos Ultramarina ( F.T.U.).

Em Maio de 1973, com 20 anos casa-se com Maria João de 21 anos de idade, na igreja de Santa Ana no Bairro Popular nº 2, Maria João vivia na Rua de Loulé.
Costuma-se dizer quem casa quer casa, mas os nossos amigos vão viver para casa dos pais do Victor na Vila Alice, Rua Feliciano de Castilho.

Maria João trabalha na baixa de Luanda na Rua Pereira Forjaz num solicitador exercendo as funções de datilógrafa.

Maria João engravida e em Abril de 1974 nasce o Ruizinho.

Victor tem uma mota Honda 350 CB, e todos os dias vai de sua casa na Vila Alice, para o Bairro da Terra Nova para a F.T.U. 

Maria João desloca-se de machimbombo para a Mutamba.

Vivem felizes, os dois a trabalhar, o pimpolho enquanto vão trabalhar fica com a mãe do Victor, dona Esmeralda.
Já no ano de 1975, naqueles dias conturbados, com recolher obrigatório decretado, dos saques, e também de pessoas mortas sem se saber o porquê, Recordar o massacre do Pica-Pau em que no dia 4 de Junho, mais de trezentos militantes da UNITA, foram friamente assassinados e os seus corpos mutilados pelo poder popular do MPLA no Comité de Paz da UNITA em Luanda.

Nesse dia fatídico 4 de Junho, está uma manhã nublosa com algum cacimbo, Victor sai de casa direito ao trabalho, mas com a preocupação de seu filho estar doente, e que está internado no Hospital de São Paulo no Bairro do Marçal, perto das 15 h 00 com a devida autorização sai do emprego, dirige-se para o Hospital para ir visitar o seu filho.

Na estrada de Catete junto ao Cemitério Novo (Cemitério de Santa Ana) atropela uma mulher de raça negra, junta-se logo ali uma imensa multidão, que começam a gritar:

Matem o colono! Matem o colono!!

Sem se saber como, ouve-se um disparo e Victor fica ali a agonizar.

Chega a tropa portuguesa a multidão dispersa, desaparecendo, só ficou um kandengue de nome João Pequeno.

A tropa Portuguesa ainda tentou reanimar o Victor, mas ele já estava morto, sucumbiu á bala disparada à queima roupa, bala essa que se alojou no peito, junto ao coração

João Pequeno é interrogado e contou esta versão, que o Victor atropelou uma cota, se juntou pessoas e que se ouviu um tiro, que não sabia de mais nada.

Maria João estranhou a demora do Victor tanto no Hospital, onde o Ruizinho estava internado, como em casa, já era noite, e nada do Victor. 

Resolveu ir á 7ª Esquadra, saber informações sobre o paradeiro do marido, visto ela ter telefonado para a F.T.U. e lá lhe terem dito que ele saíra mais cedo para visitar o filho no Hospital.

Já com o coração apertado esperando o pior, na 7ª Esquadra dão-lhe a triste informação que o Victor Silva estava morto e era preciso que ela fosse á morgue e que reconheça o corpo.

Faz o funeral onde apareceram muitos amigos que a ajudaram naquela hora muito triste, seu filho melhora e em Junho de 1975 embarca para Portugal com o filho e com os sogros, seus pais ainda ficaram em Luanda.
Chega a Lisboa e vai viver para Viana do Castelo, onde tem familiares.
No ano de 1980 emigra para a Austrália onde tem família e amigos de infância que a acolhem e lhe dão emprego.

Casou novamente em 1983 com um Australiano e hoje já reformada vive com o marido, filho, nora e com o seu netinho.

Em 2012 Maria João esteve em Lisboa de férias e encontramo-nos e fomos jantar com alguns avilos amigos dela que não nos víamos á trinta e sete anos, foi uma festa, e um grande jantar, não nos esquecemos de guardar um minuto de silêncio pelo Victor.


ZÉ ANTUNES

1975

13/11/2013

SOCIEDADE, PROGRESSO E OBEDIÊNCIA!


Todos nós fomos ensinados a encarar a educação com seriedade. Disseram-nos que a educação molda e governa as nossas vidas. Disseram-nos que, se trabalharmos arduamente na escola e na universidade, havemos de colher os benefícios mais tarde.

O que nos disseram é verdade!

Mas não nos disseram, o preço que teríamos de pagar pelos nossos anos de educação. Nunca nos disseram o preço que a sociedade espera cobrar por termos as nossas vidas moldadas e formadas. Dividiram-nos! Estamos divididos em classes, regiões, gerações e grupos. Por essa razão, é que o ministro da Educação Nuno Crato, pretende ou já está a substituir o Ensino Público, por colégios particulares, “enchendo”, não só os cofres desses mesmos estabelecimentos, como de outros empresários. Não lhes serviu o exemplo das universidades privadas, que passavam diplomas a troco de chorudas benesses. Por outro lado, os Hospitais públicos estão – desavergonhadamente – a ser cambiados (trocados) por hospitais privados e casas de saúde, luxuosamente equipadas. É assim. Hoje, os ministros, em vez de governarem, estão a dividir os portugueses para, desta forma, poderem ser os “donos” deste falido País. É por essa razão, que no meio da maior crise de que há memória, o número de milionários (mais de 85) aumentou, sendo que a fortuna conjunta dos 870 que detêm esse estatuto ter crescido, este ano, cerca de 11% que vale 75 mil milhões de euros, quase metade do PIB anual do país. É coisa para nos deixar a todos abismados e preocupados. O Jornalista e Diretor da TSF Paulo Baldaia, pergunta: “Como é possível que menos de 0,01% da população tenha ficado cerca de oito mil milhões de euros mais rica, enquanto a maioria da população ficou bastante mais pobre? Onde estava o Estado? Onde estavam os senhores e as senhoras que elegemos para governar o País?” É verdade! Nós criámos um mundo e uma sociedade que agora nos controla a nós. Não temos poder sobre o nosso destino. O nosso presente e o nosso futuro, são controlados pela estrutura social que nós inventámos. Uma coisa é certa: a sociedade não está interessada na verdade nem em qualquer compromisso.
 
A sociedade precisa de progresso desenfreado para poder crescer. As instituições da nossa sociedade, têm um apetite insaciável pelo progresso. A política é como a publicidade. Tanto uma como outra, alicerçam-se em promessas que raramente são cumpridas. São concebidas para substituir liberdade por constrangimento. Elas obtêm sucesso, tornando as pessoas infelizes. A publicidade é o símbolo da sociedade moderna. Ambas alimentam tentações falsas, esperanças vãs, infelicidade e desencanto, e inspiram muitas vezes valores baseados no medo, na ganância e na avareza.
Cruz dos Santos 

2013

 

11/11/2013

TOURADA DE LUANDA

A praça de touros de Luanda recebeu touradas durante o Estado Novo. Após a independência passou a receber apenas espetáculos musicais. Agora, a praça de touros, obra que nunca foi terminada, vai ser requalificada e transformada num Palácio da Cultura. Um bom exemplo vindo de Angola onde os portugueses tentaram sem êxito impor a 'tradição' tauromáquica.

Em 1975 o "poder popular" inaugurou a era dos grandes assaltos, dos raptos, das buscas domiciliárias sob nenhum motivo, das violações de mulheres e raparigas, até de crianças, em plena via pública, e diante dos maridos e pais, das torturas, das mutilações, dos assassínios a sangue frio e só pelo prazer de matar, das casas incendiadas por desfastio, e das prisões. O MPLA possuía diferentes tipos de cadeias e felizes eram aqueles que escapavam às sevícias mais abjetas ou à detenção nos curros da praça de touros de Luanda, além de forte dispositivo bélico na Praça de Touros (onde a FNLA dizia que o MPLA prendia, matava e enterrava pessoas), torná-las alvo de violações sexuais ou outras, de maus tratos físicos e morais, obrigando-as a ingerir dejetos humanos tal como a alguns prisioneiros que foram retidos durante semanas na praça de touros, aparecerem mortas em qualquer lugar como sucedeu no quintal duma vivenda na Vila Alice onde foram encontrados quatro corpos esquartejados e enfiados numa fossa séptica ou darem-lhes sumiço nas densas matas onde os obrigariam a percorrer distâncias inimagináveis expostos a perigos de toda a ordem e por fim sumirem-nos sem deixar rasto.

 

Interior ( foto de 1985)

Esta história passou-se no Largo da Tourada, em Abril de 1975. 
Liliana Teixeira, estudava no Colégio “Moisés Alves de Pinho “, á data tinha 16 anos e era repetente do 5º ano ( hoje é o 9º ano). Muitas vezes fazia o trajeto do Colégio para o Bairro Sarmento Rodrigues, perto da Vala, na companhia do namorado o João Luiz, outras vezes na companhia de uma amiga a Maria Pacavira, por essa altura já tinha sido decretado o recolher obrigatório e existiam os conflitos entre os movimentos. 
O irmão da Pacavira, foi logo avisando a irmã que começava a ser perigoso virem por aquele trajeto, pois na tourada estava o M.P.L.A. e estavam a prender discriminadamente pessoas, que desapareciam sem se saber porquê. 

Liliana aceitou o aviso, e começou a vir pela estrada de Catete no machimbombo 22 para o Bairro Popular, ou esperava pelo pai que trabalhava no Porto de Luanda. 

Uma certa tarde, como estava tudo calmo sem tiroteio, entendeu ir a pé para casa, estava sozinha, e foi andando, ao chegar ao Largo da Tourada, foi logo ali interpelada por um soldado do M.P.L.A. : 

- Como é garina, sozinha a esta hora, o que andas a fazer, para onde vais? 

Liliana com os seus 16 aninhos, cheia de medo disse: 

- Venho do Colégio “ Moisés Alves de Pinho” e vou para casa, moro já ai no Sarmento Rodrigues, ai depois da Vala. 

O militar das F.A.P.L.A.s esclareceu: 

- Não estás a ver o quanto perigoso é? Tão novinha e andas por aqui sozinha? E a mais está já a escurecer! 

- Liliana disse que costumava passar por ali, muitas vezes no fim das aulas, com os amigos, mas hoje a minha amiga não quis vir. 

O Militar com a sua arma empunhada, e aquele ar de superioridade falou: 

- Vai-te lá embora e toma cuidado. 

Liliana ao chegar a casa e ainda com medo estampado na sua cara, contou ao pai o que se tinha passado. O pai disse que o militar até foi gentil para com a Liliana, mas o certo é que acabada as aulas desse ano letivo, os pais da Liliana, o Sr. Teixeira, a esposa e a Liliana em Junho de 1975 embarcaram para Lisboa na Ponte Aérea.

Panoramica ( foto de 1985)

 
Vista exterior ( foto de 2005 )


ZÉ ANTUNES
1975