A Língua Portuguesa tem-se amoldado sempre às glórias e às desgraças do nosso Portugal. Ela foi brilhante em Aljubarrota, canção dolente e de saudade no alto mar, e elegia cortante em Alcácer-Quibir.
Foi corneta de fama e de patriotismo de Camões, grito de paixão e de súplica em “mares nunca dantes navegados”! Mas Hino, Literatura, Poema lírico, canção de lamento ou canto triste, ela nunca perdeu a sua beleza, a sua graça, o seu brilho. “Se foi lágrima, nunca deixou de ser sorriso; se foi cobardia - alguma vez - nunca deixou de ser força”! A literatura é uma profissão em que se torna indispensável dar provas constantes de que se tem talento para convencer pessoas que não têm nenhum. Hoje, a Literatura, está em vias de desaparecer.
O público, hoje, não tem tempo para analisar e muito menos para apreciar a “Arte de Redigir”. Só correm atrás da tragédia, da política, da busca da violência, passando por cima dos pontos sérios. A paixão do futebol, toldou-lhes o cérebro e fez com que eles dessem um “pontapé” nos livros e em jornais. Por outro lado, a doença da velocidade, bem como notícias “abimbalhadas” dos casamentos, divórcios e infidelidades, de todos estes “craques”, principalmente da bola”, exibidas constantemente pela TV, e denunciadas (catalogadas), por estas revistas “côr-de-rosa”, de “famosos” ou “célebres”, são, não só a a “gonorreia”do “lixo”, como o da loucura do interesse e da febre do utilitarismo. A televisão e os seus canais portugueses, são, na realidade, o “ópio do Povo”!
É um vento pestilento que ajuda a murchar a flor do bom gosto literário. Os leitores extraem dos livros, consoante o seu carácter, a exemplo da abelha ou da aranha que, do suco das flores retiram, uma o mel, a outra o veneno.
Ao contrário do que existe noutros países, em Portugal, as televisões não conseguem fazer coexistir as duas tradições: a Culta” e a “Popular”. As televisões (com uma ligeiríssima ressalva para certos programas da estação pública), optaram definitivamente pelo afastamento de qualquer expressão de cultura. Mais do que a vulgaridade, deste batalhão de “Bimbos”, e a violência, o que realmente choca e enfurece é a destruição da Cultura, o desprezo pela informação séria, o escárnio pela Ciência e o ataque à inteligência perpetrados todos os dias.
Com meios diferentes e com objetivos novos, as televisões estão a provocar tantos danos à inteligência e à cultura quantos, no passado, produziram os inquisidores, as polícias e os censores.
Cruz dos Santos
2013
Foi corneta de fama e de patriotismo de Camões, grito de paixão e de súplica em “mares nunca dantes navegados”! Mas Hino, Literatura, Poema lírico, canção de lamento ou canto triste, ela nunca perdeu a sua beleza, a sua graça, o seu brilho. “Se foi lágrima, nunca deixou de ser sorriso; se foi cobardia - alguma vez - nunca deixou de ser força”! A literatura é uma profissão em que se torna indispensável dar provas constantes de que se tem talento para convencer pessoas que não têm nenhum. Hoje, a Literatura, está em vias de desaparecer.
O público, hoje, não tem tempo para analisar e muito menos para apreciar a “Arte de Redigir”. Só correm atrás da tragédia, da política, da busca da violência, passando por cima dos pontos sérios. A paixão do futebol, toldou-lhes o cérebro e fez com que eles dessem um “pontapé” nos livros e em jornais. Por outro lado, a doença da velocidade, bem como notícias “abimbalhadas” dos casamentos, divórcios e infidelidades, de todos estes “craques”, principalmente da bola”, exibidas constantemente pela TV, e denunciadas (catalogadas), por estas revistas “côr-de-rosa”, de “famosos” ou “célebres”, são, não só a a “gonorreia”do “lixo”, como o da loucura do interesse e da febre do utilitarismo. A televisão e os seus canais portugueses, são, na realidade, o “ópio do Povo”!
É um vento pestilento que ajuda a murchar a flor do bom gosto literário. Os leitores extraem dos livros, consoante o seu carácter, a exemplo da abelha ou da aranha que, do suco das flores retiram, uma o mel, a outra o veneno.
Ao contrário do que existe noutros países, em Portugal, as televisões não conseguem fazer coexistir as duas tradições: a Culta” e a “Popular”. As televisões (com uma ligeiríssima ressalva para certos programas da estação pública), optaram definitivamente pelo afastamento de qualquer expressão de cultura. Mais do que a vulgaridade, deste batalhão de “Bimbos”, e a violência, o que realmente choca e enfurece é a destruição da Cultura, o desprezo pela informação séria, o escárnio pela Ciência e o ataque à inteligência perpetrados todos os dias.
Com meios diferentes e com objetivos novos, as televisões estão a provocar tantos danos à inteligência e à cultura quantos, no passado, produziram os inquisidores, as polícias e os censores.
Cruz dos Santos
2013
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