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23/07/2013

“ DOS FRACOS , NÃO REZA A HISTÓRIA ”!


Portugal suporta uma crise grave e duradoura. A economia portuguesa regista uma década tão medíocre que só encontra um paralelo próximo no fim da Monarquia e no princípio da República. É inacreditável, todos estes anos de democracia e de liberdades, de mudança social e de integração europeia, terem sido insuficientes para combater a desigualdade e o desemprego. Desprezar os fracos faz os medíocres julgarem-se fortes. E lá diz o povo: “dos fracos não reza a história”! O país não está bem. Anda desorientado e, receia ser o país pobre da Europa rica. Preocupa-se com a educação, mas julgam que a ignorância é mais democrática que o conhecimento. 

O país está a perder a inteligência e a consciência moral; está amassado em dívidas, corrupção e vinga-se na arte do escárnio e maldizer. Olhe-se em volta com olhos de ver e vejam que as alegrias são efémeras. A melancolia expande-se. A política é desinteressante e, no que é visível, fútil. Todos sabemos que os alicerces do nosso regime, como compete numa democracia, são os partidos políticos. Nada é possível sem eles, fora deles ou contra eles. Essenciais é que sirvam o país. Se não o fizerem, um sistema democrático pode destruir o futuro de uma sociedade, porque os partidos foram incapazes de agir com eficácia, rigor, seriedade, transparência e respeito pelo interesse geral. 

Meus Senhores, salvo melhor opinião, a primeiríssima prioridade política de Portugal, é a da criação de condições de atratividade de investimentos, destinados à produção de bens transacionáveis, de modo a permitir um crescimento sustentável, baseado nas exportações. Se não conseguirmos, teremos ainda mais desemprego, mais pobreza, maiores desigualdades e impossibilidade de manutenção de um modelo social parecido com o que existe. 

Os Responsáveis deste país, têm o dever moral, de baixar os impostos, de combater a burocracia, de baixar o preço das portagens, dos combustíveis, de pagar ambos os subsídios (férias e décimo terceiro mês), avaliar e incentivar os nossos Professores, criar postos de trabalho, apostar, de imediato, na nossa agricultura e restruturar a nossa frota pesqueira. Vendam os submarinos e invistam na aquisição de barcos de pesca. 

A nossa opção, nos tempos que correm, não é só “acudir-se” à democracia, nem estar sempre preocupados com a “liberdade” (estas, estão garantidas), mas sim, preocuparmo-nos – todos - com a nossa economia produtiva e competitiva, ou, acabamos todos, acreditem, por cair na…miséria! É que acontece que a urgência absoluta trazida pelas ameaças financeiras, não comporta mais delongas. Pensem nisso!

Cruz dos Santos 

2013

 

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