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06/09/2012

GANGUES JUVENIS, EM LUANDA


"Squad", é o nome dado à maior parte dos gangues juvenis da cidade de Luanda, que nem sequer sabem o que aquilo quer dizer. Muitos desses gangues, de juvenis não têm nada, apesar de apresentarem B.I. de componentes com 16 e 17 anos, a verdade é que a maior parte deles até já têm 30, bigode e barba cerrada. São jovens que já "cheiraram" de tudo, mesmo gasolina e outros materiais corrosivos. Kabiri (Cão), era um garoto que frequentava um desses gangues, chamado assim porque tinha arrancado um naco de carne do braço de um companheiro, quando este lhe quis roubar um pacote de liamba, enquanto dormia nas arcadas do prédio Treme - Treme, na baixa da capital. Já não regulava muito bem da cabeça, mas era um perigoso, já levava muitos assaltos e até mortes e violações no seu cadastro. Drogava-se com dibanga, cocaína misturada com outras drogas pesadas, droga que começou a aparecer em todos os sítios da Luanda nocturna e ultimamente nos mercados do Kazenga. Dizia ele, que tinha ficado assim, porque incarnou o espírito do seu avô, feiticeiro e fundador de uma seita misteriosa que actuava de noite, as sessões eram à porta fechada, onde os crentes se despiam ao som dos ngomas (tambores), dançando e gritando até ao chegar do Sol, incluindo mulheres e crianças. O espirito do tal avô tinha entrado na sua cabeça e lhe ordenava coisas estranhas para fazer. Para afastar os espíritos maus tinha que boiar. Andou muito tempo a bater a zona das bombas de gasolina da Avenida Comandante Jika, vendendo de dia, cigarros e discos, e à noite, droga, Viagra e filmes pornográficos. Numa noite, apareceu baleado, ninguém sabe como foi, se foi gangue rival ou a polícia. Morreu um bandido, mas apareceram muitos mais para o substituir.

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2010

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