A crise já vem de há muito tempo e hoje chegou-me ao conhecimento que na Pascoa de 2011, empregados, desempregados e sem abrigos procuraram refeição gratuita, refeição gratuita que foi fornecida pela associação “Nouni”
Um empregado de uma Câmara Municipal aproveitou uma refeição grátis dada hoje em Lisboa no dia de Pascoa. “O que ganha não dá para sustentar a família e vem sempre a estes eventos”, relata o organizador.
Um empregado de uma Câmara Municipal aproveitou uma refeição grátis dada hoje em Lisboa no dia de Pascoa. “O que ganha não dá para sustentar a família e vem sempre a estes eventos”, relata o organizador.
Agostinho Rodrigues, presidedente da "Associação NOUNI ",
olha para as pessoas que se sentam numa esplanada coberta junto da Praça do Campo Pequeno e destaca a “expressão das pessoas”.
“Não são só pessoas que são da rua. São pessoas desempregadas que caíram nesta situação agora”, afirma o responsável, acrescentando que a procura por ajuda social desde a agudização da crise subiu “mais de 50 por cento”.Nas anteriores refeições, que se repetem em dias como o Natal, Santo António, São Martinho e Páscoa, a procura rondava as 200 pessoas.
“Hoje vamos estar perto das 300”, antecipa Agostinho Rodrigues, no restaurante que estará a funcionar em exclusivo para pessoas com carências até às 20:00. “Frango, batatas fritas, salada, chouriço e presunto”, relata Olga Antunes sobre o menu que já acabou de comer: “Esta foi uma Páscoa que caiu bem, graça a Deus e que agradeço. Obrigado”.
Todos os dias Olga Antunes pede esmola na Rua Augusta para pagar os 13 euros de uma pensão. Com um marido alcoólico, vai contando com a ajuda da irmã quando esta “pode”.
Da câmara de Lisboa espera ainda uma casa porque as duas que lhe foram destinadas não tinham elevador que a transportasse na sua cadeira de rodas. Carlos Miranda vem acompanhado de dois filhos e um neto: “Felizmente não sou sem-abrigo, mas isto está mau e eu não nego nada”.
Desempregado da câmara de Lisboa, de onde foi “corrido” por ter estado a recibos verdes “inventados pelo Mário Soares”, Carlos Miranda vai “vivendo de ganchos e biscates aqui e ali”.
“Não são só pessoas que são da rua. São pessoas desempregadas que caíram nesta situação agora”, afirma o responsável, acrescentando que a procura por ajuda social desde a agudização da crise subiu “mais de 50 por cento”.Nas anteriores refeições, que se repetem em dias como o Natal, Santo António, São Martinho e Páscoa, a procura rondava as 200 pessoas.
“Hoje vamos estar perto das 300”, antecipa Agostinho Rodrigues, no restaurante que estará a funcionar em exclusivo para pessoas com carências até às 20:00. “Frango, batatas fritas, salada, chouriço e presunto”, relata Olga Antunes sobre o menu que já acabou de comer: “Esta foi uma Páscoa que caiu bem, graça a Deus e que agradeço. Obrigado”.
Todos os dias Olga Antunes pede esmola na Rua Augusta para pagar os 13 euros de uma pensão. Com um marido alcoólico, vai contando com a ajuda da irmã quando esta “pode”.
Da câmara de Lisboa espera ainda uma casa porque as duas que lhe foram destinadas não tinham elevador que a transportasse na sua cadeira de rodas. Carlos Miranda vem acompanhado de dois filhos e um neto: “Felizmente não sou sem-abrigo, mas isto está mau e eu não nego nada”.
Desempregado da câmara de Lisboa, de onde foi “corrido” por ter estado a recibos verdes “inventados pelo Mário Soares”, Carlos Miranda vai “vivendo de ganchos e biscates aqui e ali”.
O filho Telmo Miranda estudou até à quarta classe e há muito que está inscrito no centro de desemprego, mas sem conseguir arranjar ocupação critica “primeiros-ministros e ministros por andaram a roubar o país”.
“Ando pelos caixotes (do lixo) para poder sobreviver”, conta. E hoje soube da “festa dos sem-abrigo” e veio até ao Campo Pequeno para passar um “dia mais ou menos”.
Os 100 frangos assados para as refeições saem da grelha que Mohamed toma conta e “sem picante porque há pessoas que não gostam”.
A queixar-se de dores nos braços está Patrícia, que há 20 minutos tira cervejas de pressão e não tem tempos de descanso.
Os 100 frangos assados para as refeições saem da grelha que Mohamed toma conta e “sem picante porque há pessoas que não gostam”.
A queixar-se de dores nos braços está Patrícia, que há 20 minutos tira cervejas de pressão e não tem tempos de descanso.
A tarefa é dividida por outros empregados, mas mesmo sendo “dura” não tira o sorriso a Patrícia.
“É um bocado duro. Mas hoje estamos a ajudar pessoas que não têm nada e um prato de comida já é suficiente e eles saem daqui contentes”, diz.
ZÉ ANTUNES
2011
“É um bocado duro. Mas hoje estamos a ajudar pessoas que não têm nada e um prato de comida já é suficiente e eles saem daqui contentes”, diz.
ZÉ ANTUNES
2011
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