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16/05/2012

INFÂNCIA...

Com um grande agradecimento ao Mário Lima


Todos nós, durante um período da nossa infância ou mesmo na nossa juventude, fizemos sempre uma pequena colecção; de selos, de soldadinhos, de cromos (não desses que se vêem muito hoje em dia na televisão), de moedas, de caixas de fósforos e outras que fizeram a delícia da nossa meninice. As trocas que fazíamos com o parceiro: - «Toma lá o 10 Eusébio e troca-me pelo 24 Humberto Coelho», apontando no quadriculado os nºs que tínhamos e aqueles que nos faltavam, e assim pouco a pouco mais uma colecção ficava pronta. E era isto durante anos. Hoje ainda continuo a fazer colecções,  de cromos,  de selos e moedas de todo o mundo. Mas há colecções que ficaram gravadas na nossa memória, as de Banda Desenhada.

Que saudades do Mandrake e o seu companheiro Lotário, do Mascarilha e do seu cavalo Silver, do Tarzan, do Batman, do Roy Rogers, do Zorro, do Kit Karson, do Buffalo Bill, Sir Lancelot, do Cisco Kid e do seu Corisco e tantos outros Heróis da BD. Eram o «Mundo de Aventuras», o «Falcão», o «Condor», as «Selecções», o «Príncipe Valente», o «Mosquito». Era o ir ao quiosque na 4ª Rua ( Porto Alexandre ), ao lado do Talho  (eu, os meus irmãos, o amigo Domingos, o Litó,  o amigo Zé Avelino  e outros ” éramos clientes assíduos) e, entre uma compra levava-se dois dentro da camisa. E “devorávamos” aquilo. No dia seguinte íamos lá trocar por outros e claro que pagávamos uma quantia (que não preciso agora) e era assim que esse mundo de fantasia que a BD nos dava, que fazia de nós os heróis de muitas aventuras, ora brincando de polícias, aí éramos o Dick Daring, ou lançávamos de cipós (cordas) como o Tarzan (tanto nas barrocas como no embondeiro que existia nos baldios quem ia para o Palanca).

Não sei se hoje a juventude ainda lê e vibra com as aventuras da BD. O que vejo são crianças sentadas em frente ao televisor, não exercitando o corpo todo numa luta contra os maus, mas  somente exercitando os dedos num jogo de playstation qualquer.


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