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13/09/2013

É URGENTE REFORMAR O ESTADO!




Falar de corrupção, de desvios de fundos, fuga aos impostos, falsificação, fraude, e de outras “artimanhas criminosas”, inseridas no plano económico deste pobre país, era o mesmo que “mexermos” num “covil” de serpentes, guardado por uma “alcateia” de hienas e de lobos famintos. Era o mesmo que tentar entrar nos “labirintos” dos grandes Bancos e também nas parecerias do Estado com capital privado em célebres empresas, geridas por regras alfandegárias, que garantiram mercados exclusivos. E para isso, teríamos que atravessar caminhos sinuosos, rampas e obstáculos difíceis de transpor, guarnecidas, quase sempre, por famílias burguesas (portuguesas e angolanas), mascaradas de bons e sérios samaritanos. “Excelências”, que continuam a ter no Estado um protetor e um organizador comprometido na distribuição da riqueza.
 
A desigualdade, é acentuada por políticas fiscais destorcidas. Entre outras razões, este deficit fiscal, é explicado pelo recurso a “paraísos fiscais”. A começar por aquele, que o próprio Estado português disponibiliza. Só na Madeira, entre 2005/2010, o Estado perdeu mais de nove mil milhões de euros de receita fiscal. Dados oficiais. A desigualdade, é paga pelo trabalho. Não é só através dos lucros do capital, nem das transferências por via de impostos. É também pelo consumo quotidiano: portagens, eletricidade, combustíveis, comunicações.
 
Estas prestações, são hoje, o negócio de empresas privadas monopolísticas. Por outro lado, o papel dos Bancos foi também central noutros negócios com muito poder, ligados à construção civil e o imobiliário. Enquanto as cidades se degradavam, pelo aumento das casas vazias e abandonadas, a Banca concedia, massivamente, créditos à habitação. Para isso, endividava-se junto dos Bancos Alemães e Franceses. E daí resultou a maior parte da dívida externa portuguesa, que não é do Estado, mas sim dos Bancos. O sistema financeiro abandonou assim, definitivamente, o crédito aos sectores produtivos da economia. Portugal, torna-se assim, cada vez mais, dependente.
 
Produz cada vez menos daquilo que precisa; e o que consome, é cada vez mais importado. Com a crise financeira internacional, este “castelo de dívidas”, desmorona-se! O desemprego gera despesa social e diminui a cobrança fiscal.
 
Os impostos sobre o consumo, geram pobreza e contraem a produção. Sobre o regime da dívida, a própria democracia política é…ameaçada! Este é um país que era remediado e que agora arrisca cair novamente na miséria, mas em que os clientes dos Bancos pagam comissões bancárias e “spreads” de empréstimos que estão entre os mais caros dos países ricos da Europa. Conclusão: é urgente, reformar o Estado!

Cruz dos Santos 

2013


 

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