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02/12/2012

AVENIDA DA LIBERDADE



A Avenida da Liberdade, liga a Praça dos Restauradores à Praça Marquês de Pombal e é considerada um dos lugares mais elegantes da cidade de Lisboa, ponto de eleição de escritórios, árvores centenárias, lojas de moda de renome internacional, centro de cortejos, festividades, manifestações e local de passagem de milhares e milhares de trabalhadores diariamente.
Após o grande terramoto de 1755, foi este o local eleito pelo Marquês de Pombal (Ministro do Rei D. José I na altura do terramoto, que estabeleceu todo o plano urbano, reconstrutivo e reorganizativo da cidade) para favorecer a classe que muito cooperou para o seu plano urbanístico, criando neste espaço, mais propriamente na área ocupada pela parte inferior da Avenida da Liberdade e Praça dos Restauradores, o então chamado “Passeio Público”, rodeado por muros e portões por onde só passavam os membros da alta sociedade. Lugar de eleição da elite nobre e burguesa, teve os seus muros derrubados em 1821 aquando a subida ao poder dos Liberais, que assim fizeram jus ao “Público” deste Passeio, tornando-o aberto a todos.

A Avenida que hoje se pode ver foi construída entre 1879 e 1882 no estilo dos Campos Elísios, em Paris, compreendendo cerca de 90 metros de largura e pavimentos decorados com padrões abstratos, sendo hoje em dia a 35ª avenida mais cara do mundo, conservando alguns dos seus edifícios e mansões originais, e repleta de hotéis, cafés, teatros, universidades e lojas de luxo.

Muitos dos edifícios originais da avenida foram sendo substituídos nas últimas décadas por edifícios de escritórios e hotéis. Hoje a avenida ainda contém edifícios muito interessantes do ponto de vista artístico e arquitetónico, sobretudo do século XIX tardio e século XX inicial. Há ainda estátuas de escritores como
Almeida Garrett, Alexandre Herculano, António Feliciano de Castilho e outros, e um Monumento aos Mortos da Grande Guerra (Primeira Guerra Mundial) que foi inaugurado em 1931, obra de Rebelo de Andrade e Maximiano Alves, e que se situa perto do Parque Mayer.

Concedendo agradáveis passeios por entre árvores centenárias, fontes e esplanadas magníficas, encontram-se ainda alguns monumentos, como o de homenagem aos que morreram na Primeira Guerra Mundial.

A avenida da Liberdade é ainda o palco principal dos desfiles tradicionais das festas da cidade que se executam na noite de véspera da festividade de
Santo António de Lisboa (noite de 12 para 13 de junho), em que os bairros de Lisboa competem entre si pela "melhor marcha". Texto retirado da net.

E foi nesta avenida que vivi no nº. 141, hoje 131 da Avenida da Liberdade, pois na época o 131 era a entrada da Loja de eletrodomésticos Dardo, 139 a entrada da tabacaria, o 141 a entrada para o Prédio Ala Sul e Ala Norte, o 143 era A Ginjinha da Avenida, 145 e 147 era da Loja de eletrodomésticos Dardo, antes ainda de eu residir neste prédio e no ano de 1970 a quando de umas férias em Lisboa o que é hoje o Hermenegildo Zegna era o Café Lisboa onde se reuniam as várias tertúlias dos teatros do Parque Mayer e mesmo das touradas, frequentei muito esse famoso café.

Quando do Retorno a Lisboa devido à descolonização das colónias, por intermédio da comissão de moradores de São José e Madalena, fez-se um contrato de Arrendamento, com a minha mãe para vivermos no 5º andar lado Norte do dito Prédio, ficou acordado em contrato próprio da Junta de Freguesia, que a renda seria de 60 Escudos, e fez-se esse contrato para se puder requisitar os contadores da Água e da Eletricidade, mesmo assim teríamos que ter um fiador que foi o meu tio Martins que na altura tinha uma mercearia na rua de Santo António da Glória, andamos a pagar a renda durante dois anos á ordem do Juiz do Tribunal Civil de Lisboa, na Caixa Geral de Depósitos no Largo do Calhariz, pois os proprietários eram os Condes de Lafões e tinham o Edifício hipotecado, as lojas, a pensão e os moradores assim como o Porteiro não sabiam no que iria ser o futuro do Prédio. Como o prédio precisava de obras e não havia proprietário tinha que ser os inquilinos a fazer as obras, lá fomos arranjando os vidros das janelas as portas e o telhado, a quando do verão quente de 1975 depois de ter colocado alguns vidros nas janelas, eis que rebentam duas bombas em frente ao Hotel Vitória onde estava sediado o Partido Comunista Português, tendo os vidros que eu tinha colocados e mais alguns se estilhaçado, lá se gastou mais um pouco de dinheiro que era pouco na altura, para se repor novamente os vidros nas janelas. Vivi no Prédio até 1986. Nesse ano recebi uma missiva do Tribunal a dar a noticia que a Caixa Geral de Depósitos ia por o prédio a leilão, o que veio a acontecer, tendo o Espanhol dono do Restaurante a “ MÓ “ na rua da Madalena ganho com a melhor proposta, dizem que foi de 400 mil contos na altura, hoje seriam 2 milhões de euros. Como nesse ano já tinha comprado casa no Cacém e ficou lá a viver o meu amigo Zé Banqueiro, ele teve que sair e recebeu uma casa com uma renda de 20 mil escudos e foi viver para a Rua da Glória.

Passados seis meses, o prédio foi vendido a uma empresa espanhola atual proprietária do Edifício a “REVILHA” pelo dobro do preço, que elaborou logo um projeto de remodelação do Edifício, e no ano de 1988 começaram as obras tendo sido concluídas em 1991, onde se instalaram vários escritórios, e entre eles o famoso ABN AMRO BANK Banco da Holanda, ocupando o 4º 5º e 6º Pisos, curioso em Outubro de 1998 fui trabalhar para esse Banco no 5º Andar e claro estava diferente pois era um open espace e eu dizia aos colegas “ pois é amigos vivi aqui neste andar todo, meu filho andava aqui de bicicleta”, eles riam-se.

De lembrar que sempre que alguns dos meus amigos se deslocavam a Lisboa pernoitavam em minha casa pois a dita tinha 11 assoalhadas e era uma festa receber as amizades.

                                    Vivi  no 5º andar  Avª da Liberdade 141 Norte
                                                          de 1975 a 1986 )

1986

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