Quem viveu em Angola conhece ou ouviu falar no Parque Nacional da Kissama. A 75 km a sul de Luanda, o Parque Nacional da Kissama tem uma área total de 9600 km². Os seus limites são, a norte o rio Kwanza, desde a sua foz até à Muxima; a sul o rio Longa, entre a foz e a estrada de Mumbondo a Capolo; a oeste a linha da costa entre a foz dos rios Kwanza e Longa; e a leste a estrada que vai da Muxima, Demba Chio, Mumbondo e Capolo até ao rio Longa.
A estrada que leva ao parque é a mesma de que vai para a Barra do Kuanza, para a praia do Cabo Ledo. Logo depois de atravessar a ponte que cruza o rio Kwanza entramos numa estrada de terra, são 40 km. A primeira metade é terra batida, uma boa estrada, mas na segunda metade andamos por uma picada estreita que nos leva até o portão de entrada da reserva.
Picada de terra batida (Foto tirada da net )
Atualmente o Parque conta com um estabelecimento para visitantes, uma pousada e vários bungalows, Que saudades!!!
Entrada do Parque (Foto tirada da net )
Após o portão já é possível ver uns veadinhos pelo caminho. À chegada reuniam-se as pessoas e iniciava-se o passeio.
Logo se lia nas tabuletas que existiam em certos lugares
Vista do Parque (Foto tirada da net )
Subia-se para os Land Rovers e começava-se o passeio pelo parque. Vegetação alta, imbondeiros por todo lado, de todos os tamanhos e formas diferentes. Logo de início avistava-se uns golungos (veados), que estavam em abundância no parque. Eles ficavam a olhar para nós como se estivessem a fazer posse para serem fotografados.
Golungos ( veados )
Golungos ( veados )
O ponto alto dos passeios eram as girafas, encontravam-se normalmente em grupos, comendo a folhagem das árvores. Os machos sempre a olhar para nós como que a proteger a sua família. Éra realmente muito diferente ver um bicho destes livre na natureza, muito melhor que os ver no zoológico.
Girafas
Girafa
Vai-se vendo os elefantes, alguns deles protegendo-se do forte sol que se faz por aqueles territórios, Também existiam zebras no parque que pachorrentamente iam aparecendo.
Elefante
O parque possuía uma grande variedade de aves. Na estação chuvosa de Angola (Novembro a Abril) as margens dos rios Kwanza e Longa ficavam repletas de aves aquáticas como flamingos, garças, patos e pelicanos. Via-se a passarada de toda a especie desde rabos de junco, viúvinhas e aos catetes.
Ave exótica
A verdade é a seguinte, era uma boa aventura fazer um safari fotográfico durante 2 a 3 horas e se tivesse-mos num dia de sorte poderíamos ver elefantes, girafas, zebras, avestruzes, vários antílopes (Gunga / Olongo entre outras), gnus e muitas espécies de aves. Na Kissama, poderiamos admirar a beleza do que a nossa vista alcançava.
Rio Kwanza e Kawa
Contam que durante a guerra as populações que fugiam das províncias, e no seu caminho para Luanda, começaram a caçar os animais e entre eles os elefantes para vender o marfim. Uma judiação com os bichinhos, mas como repreender refugiados de guerra?
Baobá ( Imbondeiro )
Em 2001 a “Operação Arca de Noé” entra na segunda fase – Cinquenta espécies de animais, entre elandes, elefantes, girafas, zebras, gnus e avestruzes, já se encontram no Parque Nacional da Kissama, provenientes do Botsuana, no quadro da segunda fase do programa de repovoamento animal, denominado “Operação Arca de Noé”. Segundo o diretor do parque, Dr. Omar Karim da Silva, a continuidade de reabilitar e repovoar o parque assenta fundamentalmente no intuito de preservar a fauna selvagem, por um lado, e a defesa do ecossistema, por outro. O responsável da Fundação Kissama adiantou ainda que as espécies animais que nesta fase estão a constituir o repovoamento são oriundas da África do Sul e do Botsuana, pelo fato destes países terem excedentes de fauna que oferecem condições de rápida adaptabilidade ao solo angolano. O Parque Nacional da Kissama foi reaberto oficialmente no mês de setembro de 2000, e conta neste momento com aproximadamente cem espécies de animais estando prevista a chegada nos próximos tempos de mais uma vintena de animais, entre eles répteis. (EBONet)
2005
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