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14/03/2013

JOSÉ MACHADO



Conheci o José Machado, quando ele era funcionário da Fidelis – Companhia de Segurança, agregada na altura à Associação de Comandos de Lisboa

José Machado levava uma vida pacata, amigo do seu amigo, de quando em vez, reunia.se com os amigos da Confraria do Penico dourado

No primeiro jantar convivio da Confraria do Penico dourado, foi ele o mestre de cerimónias e da cozinha, mais o Gomerzindo, jantar feito na Associação de Comandos de Lisboa na Duque de Ávila, foi servida uma Moamba a moda de Angola de se lhe tirar o chapéu.

Foi ele que me acompanhou certa vez depois de virmos da casa do Sousa que estava em construção, ali para os lados da povoação da Escaravilheira, o meu Toyota velhinho com 350 mil kilómetros gripou o motor e ali ficou parecendo dizer que tinha chegado aos fins dos seus dias. Foi com ele que esperamos pelo reboque e depois levei-o a casa altas horas da noite.

Quando comprei o meu toyota Comercial ele vendeu-me umas jantes que eram do seu Seat Ibiza.

De Angola sei o que me ia contando, desde a Ilha dos Padres, onde estudou, à sua celebre fuga que dizia ter feito de Luanda ao Caxito sózinho. Sei do seu casamento com a Elisabete e dos filhos, quando morou em Santo António dos Cavaleiros.

Mais tarde casou com a Ana e trabalhava como motorista particular.

Com o seu feitio irreverente foi para Angola Luanda onde esteve a trabalhar na Catramar, regressando alguns anos depois a Lisboa. Lembro-me dos nossos convivios gastronómicos e baquicos e das tardes bem passadas na confraria, juntos de outros confrades, posso dizer que sempre foi um bom conviva.

Anos mais tarde rumou a Moçambique ao Maputo, pois dizia que o sangue africano lhe corria nas veias e estava saturado da vida que vivia em Portugal, pois já nessa altura dizia que era uma vida sem futuro.

Regressou a Lisboa e súbitamente começa a adoecer, tendo combatido a doença galhardamente durante mais ao menos seis terriveis anos.

É com grande tristeza e pesar que escrevo sobre o nosso amigo José Machado, e do seu súbito desaparecimento de entre nós.

Quem privou com José Machado, jamais esquecerá a sua personalidade generosa, amiga e sempre correcta.

Eu, em nome de todos os confrades, não poderia deixar de manifestar nesta hora trágica as nossas mais sinceras condolências à família enlutada.

Descansa em paz amigo, fazes muita falta e acredita que todos nós procuraremos ser sempre dignos dos exemplos que nos deixaste.

Serve a presente para informar quer o óbito ocorreu dia 15 de Fevereiro, o corpo esteve em camara ardente na igreja de Corroios e o funeral foi dia 16 de Fevereiro para o Cemitério do Feijó - Almada


ZÉ ANTUNES

2013

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