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12/03/2013

NEGÓCIO DE ARMAS


António José ( Tó Zé ) para os amigos assim se chama o nosso protogonista desta história, que remonta aos anos de 1976 depois do prec e de muitas armas desaparecidas.

O Tó Zé com uns amigos estão num negócio dessas armas desaparecidas e que não se sabe de onde vieram, guarda uma delas e vai vendendo as outras.

Namora uma garina que vive ali para os lados da Mouraria que também quer parte do  dinheiro da venda das armas, que  seja repartida por ela também, como o nosso Tó Zé e os amigos não satisfazem as suas pretensões, ela sem nada a perder, faz queixa na Esquadra da Policia.

As forças policiais fazem uma busca ás casas indiciadas pela rapariga, e encontram algumas armas e na casa do  nosso Tó Zé também, vão detidos para serem interrogados.

O Pai do nosso António José é meu amigo e pede-me a mim e a um avilo nosso ( o Anibal ) para sermos testemunhas de abonação.

Passados alguns dias sou intimado a ir a Tribunal, eu e o meu amigo, e estivemos na audiencia durante 3 horas e não fomos chamados a depor.

Todos os meses ia a tribunal até ao ano de 1977 ( 2 anos ) e durante esse tempo fui vendo outras pessoas implicadas no desaparecimento dessas armas, muitas tinham sido furtadas nos Quarteis.

No fim do ano de 1977 fui ouvido e disse que como testemunha de abonação, que  estava ali para atestar que conhecia os pais do Tó Zé e que ele até ao regresso de Angola era bom aluno e que não tinha conhecimento sobre tais desaparecimentos de armas.

Lá ilibaram o nosso António José, pois havia pessoas com mais responsabilidades no caso, e lembro-me que algumas delas foram mesmo presas com penas de mais de 5 anos de cadeia efectiva, pessoas bem conceituadas na Cidade de Lisboa.

Foi a minha primeira vez que estive num tribunal a testemunhar.


ZÉ ANTUNES

1977

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