A CIDADE
«Quem Mirandela mirou, em Mirandela ficou.»
Se por acaso fosse só pelas suas famosas alheiras não seria bem assim mas Mirandela é, de facto, uma cidade a quem o epíteto acima referido cai que nem uma luva.
Tendo subido à categoria de cidade em 1984, tem nas lendas a derivação de Mirandela, dos olhares apaixonados que das atalaias do seu poderoso castelo sobre ela lançava o rei mouro de Lamas de Orelhão, nos poentes maravilhosos do Norte.
Por lá andaram os romanos e foi D. Dinis quem implantou a povoação no cabeço de S. Miguel. Terra fortificada, com a sua Torre de Menagem era considerada como uma das melhores fortalezas de Trás-os Montes.
Um fragmento do Arco de Santo António, é o que resta do castelo e até mesmo o pelourinho da vila desapareceu. Do Santuário de Nossa Senhora do Amparo vê-se uma paisagem magnífica.
O Rio Tua oferece paisagens extraordinárias e, em Mirandela, é vê-lo garboso enquadrado pela Ponte Velha, do século XVI, de arcos e talha-mares robustos
Mirandela ao anoitecer
Mirandela é uma cidade portuguesa a chamada “ Princesa do Tua” situada nas margens do rio Tua, pertencente ao Distrito de Bragança, Região Norte e sub-região do Alto Trás-os-Montes, com cerca de 11 100 habitantes.
É sede de um município com 658,97 km² de área e cerca 26 000 habitantes, subdividido em 37 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Vinhais, a leste por Macedo de Cavaleiros, a sul por Vila Flor e por Carrazeda de Ansiães e a oeste por Murça e Valpaços.D. Afonso III deu-lhe a carta de foral a 25 de Maio de 1250. Foi elevada a cidade a 28 de Junho de 1984.
Caladunum era nome da actual cidade de Mirandela.
"Foi local da cividade romana de Caladunum, a atestar pela existência de numerosos vestígios da ocupação pelos romanos."
TRANSPORTES
A criação da Metro de Mirandela ocorreu em 1995, firmada no Decreto-Lei nº24/95 de 8 de Fevereiro, e surgiu em resposta a um conjunto de «medidas de racionalização das linhas de baixa procura» que a CP pôs em prática no início da década de 1990, neste caso, com a amputação da Linha do Tua, que antes ligava a Linha do Douro (na estação do Tua) a Bragança, e que em 1990 viu encerrado o troço entre esta cidade e Mirandela.
A partir de 28 de junho de 1995, a nova empresa passou a explorar o troço entre Mirandela e Carvalhais, no qual criou mais paragens (Mirandela-Piaget, Tarana, Jacques Delors e Jean Monet). Por concessão da CP, esta empresa passou a assegurar também, desde 21 de outubro de 2001, o serviço no restante troço activo da Linha do Tua (de Tua a Mirandela).
A 12 de fevereiro de 2007, perto do apeadeiro de Castanheiro, a automotora Bruxelas sofreu um grave acidente, no qual morreram 3 pessoas, e outras 2 ficaram feridas. A automotora viria a ser desmantelada, desfalcando a frota do Metro de Mirandela.
A 22 de agosto de 2008, outro grave acidente causou a morte a uma pessoa e ferindo outras 43. A partir deste dia a circulação do Metro de Mirandela foi interrompida entre a estação do Cachão e a do Tua.
É sede de um município com 658,97 km² de área e cerca 26 000 habitantes, subdividido em 37 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Vinhais, a leste por Macedo de Cavaleiros, a sul por Vila Flor e por Carrazeda de Ansiães e a oeste por Murça e Valpaços.D. Afonso III deu-lhe a carta de foral a 25 de Maio de 1250. Foi elevada a cidade a 28 de Junho de 1984.
Caladunum era nome da actual cidade de Mirandela.
"Foi local da cividade romana de Caladunum, a atestar pela existência de numerosos vestígios da ocupação pelos romanos."
TRANSPORTES
A criação da Metro de Mirandela ocorreu em 1995, firmada no Decreto-Lei nº24/95 de 8 de Fevereiro, e surgiu em resposta a um conjunto de «medidas de racionalização das linhas de baixa procura» que a CP pôs em prática no início da década de 1990, neste caso, com a amputação da Linha do Tua, que antes ligava a Linha do Douro (na estação do Tua) a Bragança, e que em 1990 viu encerrado o troço entre esta cidade e Mirandela.
A partir de 28 de junho de 1995, a nova empresa passou a explorar o troço entre Mirandela e Carvalhais, no qual criou mais paragens (Mirandela-Piaget, Tarana, Jacques Delors e Jean Monet). Por concessão da CP, esta empresa passou a assegurar também, desde 21 de outubro de 2001, o serviço no restante troço activo da Linha do Tua (de Tua a Mirandela).
A 12 de fevereiro de 2007, perto do apeadeiro de Castanheiro, a automotora Bruxelas sofreu um grave acidente, no qual morreram 3 pessoas, e outras 2 ficaram feridas. A automotora viria a ser desmantelada, desfalcando a frota do Metro de Mirandela.
A 22 de agosto de 2008, outro grave acidente causou a morte a uma pessoa e ferindo outras 43. A partir deste dia a circulação do Metro de Mirandela foi interrompida entre a estação do Cachão e a do Tua.
Automotora do Metropolitano de Mirandela
Frota
A frota do Metro de Mirandela é composta por automotoras LRV 2000, adquiridas à CP (Série 9500) — descendentes das Xepas, compradas à então Jugoslávia, e que após servirem nas Linhas do Corgo e do Tua, foram requalificadas nas oficinas ferroviárias de Guifões.
Inicialmente eram quatro automotoras, que foram pintadas de verde (as afetas à CP são vermelhas) e batizadas com nomes de cidades europeias: Bruxelas, Lisboa, Estrasburgo e Paris.
GASTRONOMIA
Alheira
A região transmontana é famosa pela sua gastronomia e muitos são os turistas que voltam repetidamente à região para degustar pratos típicos e deliciarem-se com as verdadeiras iguarias confeccionadas à base do saber ancestral dos nossos antepassados. Uma dessas iguarias é sem dúvida a alheira. Este produto pode ser encontrado por todo o pais mas é em Trás os Montes que se conserva o modo artesanal da sua confecção e que lhes confere características inconfundíveis. A alheira é um enchido tradicional fumado, cujos principais ingredientes base são a carne e gordura de porco, a carne de aves e pão de trigo, o azeite e a banha, condimentados com sal, alho e colorau. Dependendo do gosto e da região podem ainda ser usados como ingredientes a carne de animais de caça e carne de vaca. É um enchido com formato de ferradura, cilíndrico, sendo o interior constituído por uma pasta fina na qual se apercebem pedaços de carne desfiadas e cujo invólucro é constituído por tripa natural, de vaca ou de porco. Por norma são feitas no Inverno depois da matança do porco de onde são aproveitadas as tripas. Depois de confeccionadas, são sujeitas a um processo de secagem durante alguns dias. O calor e o fumo da lenha de carvalho e oliveira conferem características únicas a este ex libris gastronómico. Actualmente, as alheiras mais famosas são as de Mirandela que já obtiveram um selo de qualidade internacional que lhe confere o certificado de garantia durante todo o processo de elaboração do produto. Graças à alheira, Mirandela tem ganho destaque turístico ao longo dos anos porque são cada vez mais os turistas que, para além do azeite, procuram a alheira durante todo o ano. Muitas são as lojas típicas que produzem e exibem este e outros produtos típicos nas suas montras. Contudo, noutras partes do distrito, há empresas apostadas na diversificação se sabores de alheira e, neste momento há já uma empresa que tem 15 variedades de alheiras e que exporta para o estrangeiro. As alheiras podem servidas como entrada mas normalmente são postas na grelha da lareira para assarem lentamente e serem servidas como prato principal acompanhadas de legumes. Também podem ser fritas em azeite ou estufadas, depois de envolvidas em couve lombarda
Um pouco de história
A arte de fazer alheiras foi inventada pelos judeus como artimanha para escaparem às malhas da Inquisição. Como a sua religião os impedia de comer carne de porco, eram facilmente identificáveis pelos seus perseguidores pelo facto de não fazerem nem fumarem os habituais enchidos de porco. Assim, substituíram a carne de porco por uma imensa variedade de carnes, que incluíam vitela, coelho, peru, pato, galinha e por vezes perdiz, envolvidos por uma massa de pão que lhes conferia consistência. A receita acabaria por se popularizar entre os cristãos, mas estes juntavam-lhe a omnipresente carne de porco, carne base da alimentação na região transmontana.
A frota do Metro de Mirandela é composta por automotoras LRV 2000, adquiridas à CP (Série 9500) — descendentes das Xepas, compradas à então Jugoslávia, e que após servirem nas Linhas do Corgo e do Tua, foram requalificadas nas oficinas ferroviárias de Guifões.
Inicialmente eram quatro automotoras, que foram pintadas de verde (as afetas à CP são vermelhas) e batizadas com nomes de cidades europeias: Bruxelas, Lisboa, Estrasburgo e Paris.
GASTRONOMIA
Alheira
A região transmontana é famosa pela sua gastronomia e muitos são os turistas que voltam repetidamente à região para degustar pratos típicos e deliciarem-se com as verdadeiras iguarias confeccionadas à base do saber ancestral dos nossos antepassados. Uma dessas iguarias é sem dúvida a alheira. Este produto pode ser encontrado por todo o pais mas é em Trás os Montes que se conserva o modo artesanal da sua confecção e que lhes confere características inconfundíveis. A alheira é um enchido tradicional fumado, cujos principais ingredientes base são a carne e gordura de porco, a carne de aves e pão de trigo, o azeite e a banha, condimentados com sal, alho e colorau. Dependendo do gosto e da região podem ainda ser usados como ingredientes a carne de animais de caça e carne de vaca. É um enchido com formato de ferradura, cilíndrico, sendo o interior constituído por uma pasta fina na qual se apercebem pedaços de carne desfiadas e cujo invólucro é constituído por tripa natural, de vaca ou de porco. Por norma são feitas no Inverno depois da matança do porco de onde são aproveitadas as tripas. Depois de confeccionadas, são sujeitas a um processo de secagem durante alguns dias. O calor e o fumo da lenha de carvalho e oliveira conferem características únicas a este ex libris gastronómico. Actualmente, as alheiras mais famosas são as de Mirandela que já obtiveram um selo de qualidade internacional que lhe confere o certificado de garantia durante todo o processo de elaboração do produto. Graças à alheira, Mirandela tem ganho destaque turístico ao longo dos anos porque são cada vez mais os turistas que, para além do azeite, procuram a alheira durante todo o ano. Muitas são as lojas típicas que produzem e exibem este e outros produtos típicos nas suas montras. Contudo, noutras partes do distrito, há empresas apostadas na diversificação se sabores de alheira e, neste momento há já uma empresa que tem 15 variedades de alheiras e que exporta para o estrangeiro. As alheiras podem servidas como entrada mas normalmente são postas na grelha da lareira para assarem lentamente e serem servidas como prato principal acompanhadas de legumes. Também podem ser fritas em azeite ou estufadas, depois de envolvidas em couve lombarda
Um pouco de história
A arte de fazer alheiras foi inventada pelos judeus como artimanha para escaparem às malhas da Inquisição. Como a sua religião os impedia de comer carne de porco, eram facilmente identificáveis pelos seus perseguidores pelo facto de não fazerem nem fumarem os habituais enchidos de porco. Assim, substituíram a carne de porco por uma imensa variedade de carnes, que incluíam vitela, coelho, peru, pato, galinha e por vezes perdiz, envolvidos por uma massa de pão que lhes conferia consistência. A receita acabaria por se popularizar entre os cristãos, mas estes juntavam-lhe a omnipresente carne de porco, carne base da alimentação na região transmontana.
Alheira de Mirandela
A Minha história
Foi aqui nesta bela cidade que nasceu o Júlio Inácio ( meu pai ) a 12 de Setembro de 1930 em Soutilha, na freguesia de Aguieiras.
Foi nesta linda cidade que estive durante o ano de 1980 nas oficinas da C.P. e nos fins de semana de verão frequentava a praia da maravilha, e fazia motocross em Mascarenhas, frequentava a pastelaria Mira Tua e o clube do Mirandela junto ao Jardim, onde se passava bons serões. Lembro-me do cinema e das festas que se faziam nos Bombeiros Voluntários. Nessa altura aos jantares ia muito a Vila Flor, ao Romeu e ao Chico da Burrica ( penso que é assim que chamavam o tio chico ) no tempo que estava a construir uma pousada para os caçadores.
Foi um ano que passei o pior inverno e o melhor verão, muito frio e muito calor, dizia-se que era a cidade de seis meses de inverno e seis meses de inferno, adorei esta minha passagem pela PRINCESA do TUA. Ainda tenho amigos que há bastante tempo não os vejo, e mora aquela saudade. Ai que saudades!!! Meu Gananzambi=DEUS
ZÉ ANTUNES
2010
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