Fala-se muito em “Democracia” após o 25 de Abril, mas, concretamente, o que é a Democracia? Dizem os livros, que se trata de um “Regime que se baseia na ideia de Liberdade e de Soberania popular, no qual existem desigualdades e / ou privilégios de classes.
Albert Einstein dizia que: “O meu ideal político é a democracia, para que todo o homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado”.
Aristóteles, alegava que: “a democracia surgiu quando, devido ao facto de que todos são iguais em certo sentido, acreditou-se que todos fossem absolutamente iguais entre si”. Em Portugal, decorrido todos esses anos, a “Democracia” só tem produzido irregularidades e austeridade. Uma indiferença, tida como “normal” e a abandonada resignação de um Povo, que deixou de acreditar na equidade e na justiça, porque vê os corruptos impunes e os chamados “jogos de poder a duas mãos”, a serem postos de parte, esquecidos, resguardados pelo ar do tempo e pelas condições políticas que lhe são propícias.
No que concerne à corrupção, os homens são atormentados pelo “pecado original” dos seus instintos anti-sociais, que permanecem mais ou menos uniformes através dos tempos. A tendência para a corrupção está implantada na natureza humana desde o princípio. Alguns, têm força suficiente para resistir a essa tendência, outros não a têm. Tem havido corrupção sob todos os sistemas governativos. Muito mais pretendentes, nos estados democráticos. A experiência, de todos esses anos de democracia, tem vindo a demonstrar que o governo democrático é geralmente muito mais dispendioso do que o governo por poucos. As consequências são claras: a “Democracia”, tal como a concebemos e foi estruturada na Europa Social, encontra-se, atualmente, desfigurada e, por este caminho, condenada a desaparecer. Quando Viriato Soromenho-Marques disse que a “Europa morreu em Chipre”, ele quis alertar de que o intervencionismo económico, tal como aconteceu naquele país, constitui uma ameaça às Liberdades. Falamos em “Democracia”, mas ela é apenas a expressão política para um estado de espírito caracterizado pelo “Pode ser assim, mas também de outro modo”.
Termino com essa pergunta: alguma vez nessa Europa do “Humanismo” e da solidariedade, existiu alguma “Democracia”?
Cruz dos Santos
2013
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