Estamos, atualmente, a viver momentos invulgares. O mundo moderno está cheio de complexas ironias e de estranhos paradoxos. Uma das mais cruéis retóricas é o facto de, apesar de vivermos num tempo em que os sistemas de informação são melhores do que nunca, os diálogos amistosos entre pessoas amigas, são mais pobres do que nunca. Vivemos, atualmente, no meio de uma revolução tecnológica nunca vista. A tecnologia das comunicações ajudou a contrair o mundo e o universo. Mas a desarmonia disso tudo, é que esses mesmos sistemas de comunicações modernos, têm vindo a contribuir para o “stress tóxico” da nossa vida!
Ainda muito recentemente, uma mulher de meia-idade, foi encontrada morta no seu apartamento em Lisboa. Não havia nada de surpreendente nisso, a não ser o facto de estar morta há mais de dois anos. Como pôde ter acontecido isso? Onde estavam todos? A resposta, evidentemente, era que cada qual estava noutro lugar. A maioria das grandes cidades, já não tem vizinhanças; têm indivíduos aprisionados, conduzindo vidas cada vez mais isoladas, egoístas e narcisistas. Os vizinhos retraem-se e as pessoas não fazem perguntas ou fornecem informações livremente.
Num tempo em que estamos todos cada vez mais ligados à “Internet”,já ninguém se conhece verdadeiramente. É certo que a “ciência da informática”, permitiu-nos compartilhar as preocupações do mundo, mas a nossa capacidade para falar uns com os outros e “desabafarmos” as nossas mágoas com quem nos rodeia, está a desaparecer. Fazemo-lo, hoje, através do “Facebook”, do “Chat” (dialogar na Net), de “E-mails” (correio eletrónico) e de outros. Andamos “On-line”, alienados e “afogados” em informação.
Ela jorra dos nossos telemóveis, “PC’s”,“Tablets” e “Andróides”. Chegam-nos mensagens de toda a espécie. Mas nós parecemos ter ficado entorpecidos por esta eterna arremetida. As palavras que realmente interessam raramente são ditas. As pessoas, hoje, não falam umas com as outras. Não partilham as suas agonias, os sentimentos, o amor, o orgulho, as esperanças. As pessoas não se tocam fisicamente e já não sabem beijar (boca com boca); já não se comovem; não têm tempo para os mais velhos e….quando abrem a boca, raramente são ouvidas.
À sua volta, as pessoas passam grande parte da vida, submersas num manancial de tecnologia, mas muito pouco tempo a trocarem opiniões, a sorrirem, a conviverem. As pessoas hoje, não falam. Trocam e-mails e “SMS”! Falar, passou a ser, uma arte agonizante, e…ouvir, uma outra arte praticamente morta. E isto, meus Senhores, é…trágico!
Cruz dos Santos
Num tempo em que estamos todos cada vez mais ligados à “Internet”,já ninguém se conhece verdadeiramente. É certo que a “ciência da informática”, permitiu-nos compartilhar as preocupações do mundo, mas a nossa capacidade para falar uns com os outros e “desabafarmos” as nossas mágoas com quem nos rodeia, está a desaparecer. Fazemo-lo, hoje, através do “Facebook”, do “Chat” (dialogar na Net), de “E-mails” (correio eletrónico) e de outros. Andamos “On-line”, alienados e “afogados” em informação.
Ela jorra dos nossos telemóveis, “PC’s”,“Tablets” e “Andróides”. Chegam-nos mensagens de toda a espécie. Mas nós parecemos ter ficado entorpecidos por esta eterna arremetida. As palavras que realmente interessam raramente são ditas. As pessoas, hoje, não falam umas com as outras. Não partilham as suas agonias, os sentimentos, o amor, o orgulho, as esperanças. As pessoas não se tocam fisicamente e já não sabem beijar (boca com boca); já não se comovem; não têm tempo para os mais velhos e….quando abrem a boca, raramente são ouvidas.
À sua volta, as pessoas passam grande parte da vida, submersas num manancial de tecnologia, mas muito pouco tempo a trocarem opiniões, a sorrirem, a conviverem. As pessoas hoje, não falam. Trocam e-mails e “SMS”! Falar, passou a ser, uma arte agonizante, e…ouvir, uma outra arte praticamente morta. E isto, meus Senhores, é…trágico!
Cruz dos Santos
2013
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