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05/04/2013

FERNANDO TRANSMONTANO


Em Luanda eram frequentes os encontros, muitas vezes no Bar São João na Vila Clotilde. Fernando já trabalhador e eu ainda era estudante. Conversava-mos e convivia-mos com amigos comuns na época.

Mais tarde a quando do nosso regresso a Portugal e a Lisboa continuamos a nos encontrar no PIC – NIC no Ponto de Encontro de todos os avilos chegados de Angola. Fazia-mos planos para conseguir vencer a situação que era um pouco caótica naquele verão quente de 1975.

No ano de 1976 ainda chegamos a trabalhar juntos na Metalúrgica Tejo. Uma empreitada na Fisipe, manutenção da maquinaria de tecelagem de fibra sintética, a fábrica parava e naqueles dois meses, reparava-mos e montava-mos tudo que estivesse em mau estado de Conservação.
Os tempos foram passando cada um foi à sua vida, ele chegou a andar na reparação de um navio que o levou até ás Filipinas, e mais tarde a quando da colocação do tabuleiro da Ponte sobre o Tejo para a circulação de Comboios ainda lhe arranjei trabalho no Sub-Empreiteiro que trabalhava para o Empreiteiro que ganhou o Concurso para a colocação das travessas e Carris e manutenção do tabuleiro inferior da Ponte 25 de Abril, Ponte sobre o Rio Tejo.
Nos Convívios da Confraria do Penico Dourado em que ele participava, não parava quieto, era de uma enorme energia sempre alegre e a contar as anedotas que todos nós gostava-mos de ouvir.
Três dias antes de falecer, estivemos a almoçar em Sintra com as respetivas famílias, fomos almoçar uma bela Moamba de Galinha confecionada pela Lourdes e pelo Necas que geriam um Restaurante em Sintra,
Foi com grande tristeza e pesar que recebemos a triste noticia do falecimento do nosso amigo FERNANDO que subitamente nos deixou, nada fazia prever o trágico acontecimento, mas um pequeno problema de saúde ceifou a vida de um grande amigo que privei na minha juventude. Faleceu em casa quando tomava o seu banho matinal, uma das filhas estranhou o Fernando demorar tanto tempo, depois de o chamar várias vezes, deparou-se com ele falecido na banheira.
Quem privou com o Fernando , TRANSMONTANO era assim que os amigos o tratavam, jamais se esquecerão dele pelos mais diversos acontecimentos, e pela grande amizade, e acima de tudo pela jovialidade e alegria em que participava

Na altura muitos confrades da Confraria do Penico Dourado, de Lisboa, manifestaram-se nessa hora trágica e deram as mais sinceras condolências à família enlutada. Ficamos na igreja de são Domingos de Rana em vigília e acompanhando-o para a sua última morada no Cemitério da Abóboda.

Descansa em paz amigo, eu pessoalmente lembrar-me-ei sempre de ti.
ZÉ ANTUNES

2008

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