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14/04/2013

OCTÁVIO AMARANTE DINIS


Dia triste o de dia 09 de Novembro de 2002, com a ida ao Cemitério do Alto de São João para acompanhar à sua última morada o Cota Octávio, falecido no dia anterior aparentemente vitima de falta de cálcio nos ossos, pois já não podia andar havia vários meses.

Octávio Amarante Dinis de seu nome próprio, foi para mim sempre o Cota Octávio, com quem tive sempre, sempre um excelente relacionamento e de quem recebi continuas provas de muita amizade e carinho que eu sempre procurei retribuir e agradecer! E foram tantas e tão gratificantes as manifestações de amizade que sempre recebi deste meu amigo com que convivi desde tenra idade! Em Luanda, e depois em Lisboa

Casado com a Elvira Moço Diniz, pai da Maria Manuela Moço Dinis ( Nelita) que iria mais tarde ser madrinha de batismo do meu filho, Bruno.

Recordo-me bem dos meus tempos de meninice quando ele trabalhava na Petrofina em Luanda e quando chegava ao Bairro Popular com o seu FIAT 600 , ia até ao Bar do Matias beber uns finos, e eu kandengue pedia - lhe autorização para beber um fino, junto dos mais velhos.

No Bairro Popular o Cota Octávio vivia na Rua da Gabela junto ao depósito do pão, em Lisboa vivia no Castelo de São Jorge.

Cota Octávio era um homem profundamente calmo e muito educado, não me recorda de alguma vez lhe ter ouvido uma exclamação mais exaltada ou irada! Até mesmo sofrendo as exigências da Dona Elvira sua esposa, algo arisca e agitada, que dele sempre muito exigia - ”Octávio, vai buscar aquilo!”, “Octávio, põe ali!”, “Octávio, vai lá!” – Cota Octávio sempre obedecia, sem um queixume, sem uma zanga, numa gentileza e educação que a todos impressionava!

Propriamente com os meus pais o relacionamento também foi sempre bom e, sobretudo após a morte de meu pai, em 1978 a convivência que o Cota Octávio, nos prestou foi muito importante e sempre lhe manifestei a minha gratidão por isso!


Depois tínhamos também como convívio dos confrades do Penico Dourado. Amigos de longa data, comíamos, bebíamos e confraternizava-mos.

Guardo para o fim o narrar de um episódio que atesta o caracter e honestidade do já saudoso Cota Octávio: Há já mais de uma dezena de anos atrás levei-o em viajem até Guimarães, viagem que ele muito apreciou. No decorrer dessa jornada ele manifestou-me o quanto o confundia uma determinada ocorrência havida na família tempos atrás e questionou-me da razão da mesma. Achei inteligente da sua parte o levantar dessa questão e, por entender a sua preocupação, bem justa e oportuna, tive então o gosto de o esclarecer dos bastidores dessa ocorrência que vi que não o surpreendeu muito, devo dizer, mas pedi-lhe que aquela confidência não saísse de nós dois porque não havia necessidade de levantar mais poeira no assunto e dor na família. Pedi-lhe sobretudo que nem à sua mulher contasse porque, pelos mesmos motivos, o assunto era passado e estava encerrado.

Agora, morto que está o Cota Octávio, é justo aqui escrever que tenho a absoluta certeza que ele cumpriu o meu pedido e levou o segredo para a cova! Nem à esposa Elvira ele contou, conforme lhe tinha pedido! Se isso tivesse acontecido, ela não se conteria e, mais cedo ou mais tarde abordar-me-ia sobre o caso. Não resistiria.

Homem de palavra o Cota Octávio! Honra à sua pessoa!
Muitos teus amigos se lembram de ti
Que descanses em paz
ZÉ ANTUNES

2002

2 comentários:

  1. Sou familiar, primo da Maria Manuela Moço Dinis, contudo não tenho conseguido arranjar o seu contacto. Será possível facultar-mo!
    Sou o primo Carlos Alberto de Évora. Obrigado

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    Respostas
    1. Amigo
      Maria Manuela Moço Diniz Ribeiro Madrinha de casamento de minha esposa sou padrinho do Ricardo seu filho mais velho e nutro ainda uma grande námizade com Elvira Leiria Moço Diniz.
      Se quiser saber mais pormenores poderá manda para este mail ou para zeiantunes@hotmail.com
      um grande abraço

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