Neste ano de 2005 resolvemos eu e a Marinha tirar umas férias que fossem diferentes das que costumamos passar, que era estar nas férias todas na Ilha da Armona na ria Formosa em Olhão, no Algarve, e assim resolvemos ir ao Brasil, e ai aproveitava para ver os meus irmão a Amélia e o Victor, apesar de a Amélia não ter tantas saudades como o meu irmão Victor, pois a Amélia desde a morte da minha mãe, veio a Lisboa duas vezes, resolvemos pensamos e ai fomos....
05 de agosto de 2005 rumo ao aeroporto da Portela a fim de embarcarmos na Ibéria às 19 horas, e rumo a São Paulo no Brasil, pequena escala em Madrid, com 9 horas de viagem. Chegados ao aeroporto de Guarulhos da capital financeira do Brasil, pelas 7 horas da manhã, diferença horária entre Lisboa e São Paulo de três horas, minha irmã Amélia estava à nossa espera para nos levar a Pindamonhangaba, primeira contrariedade uma das malas ficou retida em Madrid só dois dias depois chegaria a São Paulo e à nossa posse.
Em Pindamonhangaba, descansamos esse dia com a visita da cidade e arredores. No dia seguinte rumamos ao litoral de São Paulo, descendo a serra passando por Taubaté e outros lugarejos, chegamos a Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião e ilha Bela, lugares aprazíveis onde passeamos e visitamos o projeto Itamar que é o de salvar o habitat natural das tartarugas, compramos uns belos camarões que serviram para um jantar na casa da Amélia, tudo grelhado na churrasqueira, regressamos pela Estrada de Tomoios até São José dos Campos, onde fomos visitar uma grande Superficie Comercial que está aberta 24 horas, tendo ido dormir a Pindamonhangaba. No dia seguinte pela Dutra fomos para São Paulo e ai vi o trânsito caótico que São Paulo tem, impressionante, mas teremos que ver que a cidade é uma metrópole comospolita com quase 20 milhões de habitantes, dirigimo-nos para a Paes de Barros e ai fomos visitar a familia do Rogério Prieto, mãe e irmãs, tendo visitado alguns pontos turísticos da cidade, Mercadão, Rodoviária, Portuguesa dos Desportos, Museu e Jardins do Ipiranga, Av. Paulista, Pacaembú e Morumbi.
Dia 9 de Agosto com o vaucher das viagens que iriamos fazer estavamos em Guarulhos para rumar até Fortaleza no Ceará, a viagem era para ter inicio as 09h00 da manhã, depois de estarmos dentro do avião, e de fazermos as primeiras manobras rumo à pista, eis que regressamos à sala de embarque pois o avião tinha uma avaria numa das asas, espera e mais espera, ninguém dizia nada, sobre a avaria, mas fomos bem tratados, deram-nos umas senhas para o almoço, uns atores das novelas da globo que iriam nessa noite atuar num espetáculo em Fortaleza, estavam aborrecidos pois teriam que adiar esse espetáculo e endemizar o público, com estes atritos todos e com a espera de tantas horas, acabamos por só embarcar às 17h00 e chegamos a Fortaleza às 23h00, estando uma pessoa a nossa espera com um cartaz onde se lia José e Marinha, embarcamos numa Vanette e fomos para o Hotel Diogo Praia Hotel mesmo no centro da cidade na praia do Meireles.
Fizemos as formalidades da reserva e fomos para os nossos aposentos, quarto espaçoso com tv, bar e uma grande instalação sanitária, onde logo ali tomei um banho refrescante.
No dia seguinte levantamo-nos e dirigimo-nos ao restaurante do Hotel, para ai degustarmos o pequeno almoço e conforme reserva da agência C.V.C. onde o nosso guia o Luis um argentino radicado em Fortaleza à muitos anos estava à nossa espera para nos dirigirmos ao Beach Praia, um parque temático onde passamos o dia. Chegados lá pulseira no braço para podermos entrar e sair pois eu preferi também ir tomar banho ao Mar e deitar-me ali naquelas espreguiçadeiras, tendo só almoçado no parque, onde conhecemos um casal de médicos que nos fizeram sempre companhia, tendo depois as 18h00 regressado ao Hotel, onde depois de um banho retemprador, fomos visitar a cidade, pelo calçadão da avenida principal onde os artesões e vendedores expôem as suas obras. Chegando a praia da Iracema onde um mercadinho que só vendia camarão e peixe fresco estava aberto até as 21h00, ali compramos um kilo de camarões e ficamos na fila nuns quiosques com umas mesas e cadeiras onde umas tias. Sempre sorridentes nos atenderam e nos fritaram os camarões, sentamo-nos e com umas cervejas Brahma 600 ml degustamos tão saboroso pitéu, ai tivemos companhia de um casal de professores que nos acompanharam depois nos restantes 5 dias que ficamos em Fortaleza, também apareciam grupos de malta bem disposta que a troco de umas cervejolas, tocavam e cantavam para nós, pois apercebiam-se que eramos turistas, dali iamos a pé até ao Hotel, onde adormeciamos, cansados mas felizes de um dia bem agitado.
Dias seguintes com o mesmo ritmo passavamos em diferentes praias, Canoa Quebrada, onde naveguei de canoa até ao alto mar, e pude verificar o quanto é quente as águas do mar do Ceará, Morro Branco onde nas grutas se recolhe areia com muitas cores e se fazem os desenhos dentro de garrafas com os ditos grão de areia de várias cores, ai conheci um casal em que ele é deputado em Brasília, nesta praia andei de buggi pelas dunas, Sete Mares, fui para as dunas junto a um grande lago onde fiz Skibunda, e onde no filme que temos destas inesqueciveis férias, eu era o realizador, pois eu é que dizia ao jovem que filmava qual os planos e vistas que queria, e não é que o filme ficou uma maravilha. Fomos ainda a Cumbuco e à Prainha onde vimos o artesanato local e as famosas rendas de bilros. Visitei a Sé de Fortaleza e a Fortaleza do tempo colonial português e dai advir o nome da cidade, por causa da fortaleza que defendeu a cidade do ataque dos holandeses. Num dos jantares na cidade, depois de saborearmos um bom peixe grelhado e beber um bom vinho, o empregado de mesa ao que vim a saber era estagiário, nos recebeu bem e nos atendeu melhor, na hora do pagamento, duplicou a conta e ainda meteu os famigerados 10% do final que no brasil dizem que é para o empregado, ora bem não estava pelos ajustes e pedi a presença do gerente ou proprietário, me responderam que não estava, tudo bem disse eu, está aqui a minha identificação e o meu hotel é o Diogo Praia Hotel, eu não pago esta a conta e quando corrigirem a conta estarei lá para pagar o que for justo, agora se quiserem chamar a policia, estarei ao dispor, num abrir e fechar de olhos apareceu o gerente e retificando a conta me apresentou uma conta metede da original, mesmo assim vi lá os 10% e disse que não pagava, argumentaram que era de lei que era para os empregados, eu sei lá o que justificaram, o certo é que lá tiraram os 10% que eram para ai 12 reais depois de pagar pequei em 20 reais e dei de gorgeta ao funcionário que nos atendeu, que ficou a olhar para mim, e eu expliquei que os funcionários valem aquilo que os clientes acharem justo e não os 10% da conta, me agradeceu e foi mais um episódio destas férias em Fortaleza.
Daqui de Fortaleza no dia 15 de Agosto embarcamos para o Recife e no aeroporto de Guararápes estava uma guia com os nossos nomes numa placa e nos conduziu para Porto de Galinhas onde fomos instalados no solar Porto de Galinhas, daqui foram 4 dias com imensas visitas à cidade do Recife, onde vi uma placa numa praia que dizia que era perigoso tomar banho de mar por causa dos tubarões, onde visitei o antigo presidio e que hoje é um centro de artesanato, fui visitar a cidade de Olinda onde vi a arquitetura genuinamente portuguesa e o seu artesanato, Olinda está num sitio previlegiado, fazendo lembrar a nossa cidade de Sintra, fui a Porto de Galinhas, onde fazíamos algumas compras, a noite havia sempre animação lá no solar, peças de teatro, música, declamação de poesia, com companhia de várias pessoas de Portugal que lá se encontravam, lá íamos convivendo e lembrando Portugal.
Dia 20 de Agosto num voo da Varig rumamos a Salvador da Bahia, lá estava neste caso o Chico Negão que nos levou para o Hotel Bahia em Lauro de Freitas que ficava do Cento da Cidade a uns 20 Kilometros. Por intermédio do Chico Negão e como não tinhamos passeios agendados, combinamos que o cunhado que era guia nos veria buscar para visitarmos a cidade, no dia seguinte ai estava o sr. Wanderley que nos foi mostrar a cidade, o lago de Mangabeira e o Estádio de futebol, o elevador do Lacerda, o farol, a academia de policia, o miradouro onde está as ossadas de uma baleia gigante e o famoso Pelourinho onde visitei as igrejas, principalmente a igreja de São Francisco de Assis, visitei o Museu Jorge Amado e onde comi a tão famosa Acarajé quente, que é um bolo feito de feijão frade moído com recheio de camarão e ao qual o quente é a pimenta que tem, ao se comer tem que se beber logo uma cerveja, a tia que vendia os ditos bolos já tinha as cervejas bem geladinhas, claro que como era a primeira vez, a Marinha só se ria das caretas feias que ia fazendo ao comer o petisco. Visitei também um Centro Comercial que existe ao pé da praia, onde almoçei um dia e convivi com um português de Celorico da Beira, que tinha lá a recriação de uma casa de pasto ( Adega ) à antiga portuguesa de um bairro de Lisboa.
Aqui na Bahia foi muita praia pois o tempo convidava e apesar de não ser a época de verão no Brasil o tempo estava propício a uns bons banhos, um reparo não gostei do hotel pois os nossos aposentos ficaram mesmo em frente ao elevador e era uma chiadeira sempre que o elevador entrava em funcionamento.
Dia 25 de Agosto com o Chico Negão a nos ir levar ao aeroporto de Salvador da Baia rumamos ao Rio de Janeiro, onde nos esperava um operador turistico que nos levou para o hotel Otton em plena Copacabana, nessa noite deu para passear o calçadão e ver os chamados camelôs a vender o seu artesanato, o centro da Avenida é invadida por muitos que com a autorização da perfeitura ali mostram os seu produtos.
No outro dia, dia 26 depois de um belo pequeno almoço seguimos para a Urca afim de ir ao pão de açucar, uma visão deslumbrante do alto do penedo, vê-se praticamente todo o Rio de Janeiro, adorei visitar o pão de açucar.
No dia 27 foi ir conhecer o Corcovado fomos até ao sopé do monte onde se vai no trem até ao alto onde está a estátua do cristo redentor, pena que neste dia levantou-se um nevoeiro e não se pode ver a cidade que esta cá em baixo, paciência ficará para outra próxima ida a Rio de Janeiro que adorei, restantes dia foi visitar a Barra da Tijuca , Ipanema, e a praia do leme, ficamos mais em Copacabana na praia em frente ao nosso hotel. Certa noite fomos de metro até ao Largo Machado visitar a irmã da Augusta e da São ( duas manas que trabalhavam no ISCTE ) e nessa noite lá convivemos com ela.
Fomos para São Paulo no dia 30 de Agosto embarcamos e contando que nos esperaria o meu irmão Victor, ele não apareceu tendo depois aparecido a minha irmã Melita que nos levou para a casa da Sogra na Paes de Barros e ai fomos conhecer o pulmão de São Paulo o jardim de Ibirapuera, visitando também o Bairro da Mocca e a Sé de São Paulo, bem como a Avenida da Liberdade onde só tem japonês. Ficamos mais dois dias e rumamos a Pindamonhangaba onde fomos visitar o templo da Senhora Aparecida, a santa negra, fez –me lembrar Fátima mas ali em Aparecida é bem mais imponente, mais grandioso, adorei visitar todos os cantos de tão majestoso templo.
Regressamos a Lisboa via Ibéria no dia 03 de Setembro, saindo de Guarulhos as 15 horas, chegando a Madrid ao aeroporto de Barajas ás 8 horas da manhã do dia seguinte, e ai não tivemos ligação para Lisboa tendo que esperar mais duas horas , chegamos a Lisboa era uma hora da tarde, cansados mas felizes pelas férias e por conhecer tão lindas cidades e lugares.
Dia 5 de Setembro estava a trabalhar, com imensa alegria e a mostrar aos colegas de trabalho as fotos que tiramos.
ZÉ ANTUNES
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