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01/07/2012

C. A. R. GUIMARÃES

Depois de casar e vir para Lisboa residir para a casa da Avª da Liberdade ainda estive a trabalhar na Ginginha e no Teatro Variedades, e a Marinha arranjou um part-time, de ter algumas horas a cuidar de pessoas idosas e de crianças, sendo que depois em Outubro de 1979 rumamos a Guimarães, para por contas própria explorar um Snack Bar de uma a colectividade de Guimarães, o Circulo de Arte e Recreio ( C. A. R. ).

Coletividade essa que como sócios tinha ilustres personalidades de várias quadrantes, tais como artistas de belas artes, desportistas, politicos, intelectuais e músicos jovens que na irreverência das suas idades animavam muitas vezes os convívios com belas canções.

Do pouco tempo que lá estive gostei e granjeei boas amizades.

Sendo que na altura a Marinha ( São ) foi trabalhar para a mesma fábrica de onde tinha saido, a Darfil, onde e contra os seus principios o Sr. Alvaro Fernandes não admitia nenhuma funcionária grávida e a Marinha encontrava-se nesse estado há precisamente dois meses e foi admitida sem restrinções, indo ocupar o mesmo cargo de outrora.

No C.A.R. de manhã abastecia-se de tudo que viesse a ser consumido, á tarde era mais movimentado, depois dos almoços bebiam os seus cafézinhos e ficavam ali a jogar os mais variadissimos jogos de cartas ( sueca, canasta, ramy, loba ) ou ao xadrez e damas, badmington de mesa ( pingue-pongue ) , paciências, etc.etc. tendo sempre pessoas até muitas vezes as duas e três horas da manhã.

Nesse pouquissimo tempo que estive na gerência do snack e a pretexto de uma qualquer comemoração, aos sábados a noite havia sempre mais movimentação e servia-se mais bebida e comida que os presentes degustavam. Tenho a agradecer que nesses convivios tinha a preciosa colaboração da familia e amigos.

Sempre tive a ajuda da Marinha, da Nélita, bem assim como a Dona Tercilia que cozinhava umas pataniscas de Bacalhau de comer e
chorar por mais.

Em Janeiro de 1980 e em virtude de ter entrado para os caminhos de ferro portugueses ( C.P. ) o primo da Marinha, o Zé Custódio ficou ele a comandar a gerência do bar do ( C.A.R. ). O pouco tempo que estive nesta gratificante missão, guardo-o com imensa saudade.

´Zé Antunes

1979

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