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31/07/2012

NOITES DA BOÉMIA

Ir até à Vila Alice, estar ali na cavaqueira com os amigos,  Mabeco, Muralha, Marito,  sentados nas cadeiras do Bar da Eugénio de Castro, e desfilar conversas sobre as miúdas conhecidas enquanto outros faziam malabarismos com as Zundapps,  Floretts, Hondas, Suzukis e Yamahas, mais tarde as Garellis e acelerações que faziam as noites  silenciosas, numa noite  barulhenta.

As noites passadas no "Veleiro" à entrada da Ilha de Luanda, 007 por baixo do Dancing "A Gruta", Flamingo, Iate, D. Quixote, Copacabana, no Poney  e tantas outras, e ali, sentado, bebia o meu Gin Tónico ( Canada Dry ) entre névoas de fumo, sentindo o erotismo dos sons, das palavras ditas até o romper da aurora.

Das noites dançantes, pegar na toalha e ir refrescar o corpo suado nas águas cálidas do Atlântico ali na praia do Tamar, a seguir à “Boite” que lhe deu o nome. Quantas vezes não adormeci  na praia.

Sair da esteira e vir cheirar os cheiros do “Mar Vegetal” nas noites em que o corpo se espreguiçava no corpo dolente de uma africana.

Dos caminhos sem fim, de passos perdidos ou de vidas achadas no calor da noite onde a bebida escorria entre gargalhadas de circunstância depois de um murmúrio, fez parte das  minhas... Inesquecíveis  boémias. Não foram  muitas, mas foram  vividas intensamente.

De: Marius 70




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