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11/06/2012

AS VEDETAS FAMOSAS DO NOSSO BURGO!

                   “Beiças” inchadas, “mamas” volumosas intumescidas, umas nutridas, outras “escanzeladas” pelo aspirador; embelezadas por ricos e soberbos penteados; “arquivadas” em lustrosos vestidos, em brilhantes e cintilantes mini-saias, alicerçadas e erguidas em vistosos sapatos de salto alto, de saias transparentes, calções ou “tops”, com “franjinhas” ou sem elas, o que interessa é que exibam a “xixa”, que é como quem diz, o “presunto”! Enfim, “artistas” do nosso tempo e do nosso burgo “Made-In-Portugal”!
                        “-Tá na moda”, alegam as coscuvilheiras; “-Mas que parola a andar”, segredam outras, cheias de “dor de cotovelo”, bom, o certo, certo, é que todos querem ser, “Ídolos”, famosos, evidenciados, célebres, heróis conhecidos e afamados! Depois, há aqueles que contam ou “vendem” a sua imagem e as suas compleições físicas, incluindo as suas vidas privadas: a sua “Infância difícil”; a “pobreza de que foram vítimas da rebeldia, o de terem sido vítimas da “droga”, do álcool”, do divórcio ou separação dos pais, das “trocas e “traições”, do serem “gordos” ou demasiado magros; vítimas das dietas, do tabaco e ginásios! Os “fãs” agradecem e os “Paparazzis” lá vão captando e “disparando” todos esses “manzarras” de visual atractivo e mascarado de palhaços. Uma loucura!
                        É a chamada plebe rústica exaltada, timbrada e catalogada de dementes. São derivados de uma declinação infeliz de alarvidade e rusticidade que nenhuma plebe por mais boçal e simplória que fosse jamais exibiria. Vemo-los à porta das igrejas, em casamentos e baptizados, vemo-la por todos os lados. No cafés da auto-estrada, nos hipermercados invariavelmente ao domingo à tarde ou no final do mês, enchendo o carrinho de chocolates, lixívia perfumada e toda a espécie de material para limpeza: esfregonas, sprays, vassouras especiais, etc. São eles e elas, estas “vedetas” de Alcochete, que invadem em bichas as promoções do “pingo-doce”, que compram os móveis de estilo, os sofás de couro, os quadros dos meninos à lareira e lágrima ao canto do olho…mas que se fazem passar por grandes individualidades do “Faz de Contas”! Casam-se e descasam-se, juntam-se e celebram uma “união de facto”, para não serem acusadas de “bigamia”, para surgirem, mais tarde, desavergonhadamente, como heroínas sérias, destas anormalidades indecentes. São estes presunçosos convencidos que se fascinam com a moderna tecnologia dos écrans planos, que alugam vestidos e casacos, filmes de moda e pancadaria, que vão para as discotecas, para o futebol de cachecol e batem na mulher se o Cristiano Ronaldo não marcar um golo, que compram a “TV Guia” e a “Nova Gente”, que buzinam, descaradamente, à saída dos casamentos, ou quando da vitória do seu clube e deitam foguetes, por tudo e por nada, “encharcados” do “palhete” e “bojecas” recheadas da cerveja. 
                        São estas nossas vedetas famosas do nosso burgo, os novos representantes da Europa, Europeístas falidos, que cospem no chão e diz palavrões, mas que se julgam superiores ao vizinho, só porque tem um carro “top-gama” (que só é dele depois de o pagar…) com estofos de cabedal ou forrados. São estas “inchadas “artistas” de silicone, arrogantes, pedantes, ignorantes e profundamente irritantes, que “coxeiam”, bamboleantes, em cima dos “saltos altos, vergados com o peso da vaidade e ostentadas com risos de hiena e que fazem parte desta pátria onde Camões morreu de fome e onde todos enchem a barriga de Camões. Cambada de espantalhos engalanados!

                                                                 Cruz dos Santos
                                                                   COIMBRA

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