É verdade! Quem te viu e quem te vê. Desfalcado, indefeso, traído, transformado numa sucata de valentões reformados, cabisbaixos, poderosos nas injúrias, calúnias e nas mentiras que os seus órgãos de informação propalam, diariamente. Pobre Portugal, que outrora esteve amordaçado, hoje, está alagado pela onda da corrupção, fraudes, pelos crimes de peculato, desvios de verbas transferidas dos nossos impostos, para serem depositadas em bancos falidos, para o sustento de alguns gestores, que auferem chorudos vencimentos. Que comédia e comedoria! Os ricos cada vez mais ricos, a pavonearem-se e a derreterem-se em luxuosas bebedeiras, sublimes no jogatório verbalista e nos clichés lustrosos das aparências, lá vão acompanhando, no seu dia-a-dia, alguns líderes políticos, estremunhados por noitadas de mulherio e copos, fazendo-se transportar pelo topo da gama, “pelo espalhafato da carroçaria, pelo aparato da cilindrada, em locais de grande exposição, como seja, em cima dos passeios ou das passadeiras”. É vê-los nas Docas, na 24 de Julho e agora mais recentemente na zona da Expo. Os pobres, esses, aguardam em filas, pelos restos de comida destes “vilões” anafados, assoberbados pelos ideólogos penduras, seus incensadores, que neste literato da política acharam ouvidos assaz atentos para recitarem a sua revolução livresca.
É um tripúdio toda essa “palhaçada”! Uma orgia, onde o mais pequeno, é amordaçado, constantemente, pelos tentáculos dos poderosos comediantes. “Os carrões do Estado, em frotas permanentemente renovadas e de custos invariavelmente agravados - haja crise ou, o que não há memória, não haja – revestem e disfarçam muitas vezes a mediocridade e banalidade dos ocupantes. Qualquer funcionário de meia-tigela tem direito a carro e esse é um direito adquirido com direitos colaterais: o carro pressupõe a sua própria renovação, por troca de um carro melhor”! Que bailar de ébrios é este em volta deste Portugal moribundo, com milhares de jovens, homens e mulheres desempregados?
Não espremais mais as tetas das vacas famintas, que ordenhareis sangue!
ESTAMOS JUNTOS
2010
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