Estas histórias são do José Alberto Oliveira, o nosso "Pequeno Gigante MABECO". sem sombra de dúvida deve ter sido aquele que mais de perto me influenciou na paixão pelo desporto motorizado. Acostumei-me a vê-lo competir desde os meus 15 anos. Vi muitos outros antes dele, mas este era o que estava mais perto de mim. Apesar disso nunca privei de sua amizade ou intimidade, conheço a ex - esposa que é irmã do Muralha que morava no Bairro Popular, desde os Karts da Escola Industrial que me juntava ao pessoal e como nas férias trabalhava nas lixas Hermes ali na Eugénio de Castro de quando em vez dava um pulo ao bar onde eles paravam para beber umas cervejas fresquinhas, e para por a conversa em dia.
Eu era somente um jovem que ficava olhando para aquele avilo baixinho treinando de moto, junto ao descampado ao lado do Colégio dos Maristas de Luanda, e para o ver fuguei muitas vezes ás aulas, e outras nem sequer na Escola eu entrava. Ficava horas sentado num altinho de areia para o ver treinar. E com a minha Hondeca comecei ai a treinar as subidas e descidas dos altos que ali existiam.
Acostumei-me a vê-lo desde quando corria de Honda, e foi daí que nasceu minha paixão por essa marca de motos. Depois que me apaixonei por elas, ele acabou por se mudar e foi correr de Suzuki na Equipe Moto Delta ali pertinho do Cine Império, no início da Vila Alice, mas eu fiquei sempre fiel à Honda.
Depois de encher os olhos de todos nós em Luanda, e também em Angola correndo de moto-cross, lembro-me do meu primeiro moto-cross no Cazenga em que participei, o Zé Ideias com um quadro TOAWTSON e motor Saches ficou em primeiro relegando o nosso craque para terceiro. Tempos depois o nosso baixinho migrou para os carros.
Foi para o TROFÉU NSU, pintou e bordou. Seu carro foi impugnado, desmanchado de cabo a rabo, tamanho era o banho que dava em seus concorrentes. Por volta de 1972 ou 1973 após o carro ter passado por uma vistoria e nada ter sido descoberto, surgiu no pequeno circuíto de Nova Lisboa com a inscrição na lateral do carro: NSU PURO. E voltou a vencer.
Depois do troféu NSU, seu pai um ourives de Luanda, ali mesmo na Eugénio de Castro, que um dia disse: "meu filho foi oitomo porque teve problemas no carro", resolveu comprar aquele que deve ter sido o primeiro, e foi com certeza absoluta o mais famoso OPEL COMODORO GSE de Angola.
Outra história foi o reencontro de um grande amigo , com o Mabeco 30 anos depois. Já procurava o Mabeco em Luanda desde 2005, e não conseguia falar com ele.
Até que resolveu chamar um velho amigo para saber do Mabeco, o que de pronto foi feito, hora marcada e sitio. Bar S. João que na altura nos anos 1973 era do Joaquim de Oliveira hoje dono da SPORTV, junto ao antigo liceu feminino, tinha que ser.
Os dois amigos, e mais alguém junto da porta do S.João e de Mabeco nada. Bom entraram colocaram-se logo de má fé em posição de não vêr nada na rectaguarda, e há que pedir umas cevejolas, bem fresquinhas lá se acabaram, mais uma rodada, e eis que entra alguém que se senta na mesa na rectaguarda dos amigos ansiosos e à espera . Até aí tudo bem, o que estava mal era o Mabeco que não chegava. Até que já desesperado o amigo diz: mas esse animal do Mabeco anda fugido com medo dos automóveis ou quê?.
Pronto estava a levar um valente cachaço, e quando se levantou para vêr quem era lá estava o amigo Mabeco com um amigo que já se tinha mostrado por ali. Agora é só vêr a jagunçada que aquele reencontro deu.
A dada altura um dos amigos só dizia, mas eu não sou vosso pai e tenho que estar a aturar esta garotada. Bom começou por volta das 20 horas e cerca das 2 horas da manhã o dono do bar já pedia por favor que queria fechar.
Lá falaram do troféu TT, os amigos ainda a pegar com ele quanto á legalidade do TT, mas aquela calma do Mabeco não passava cunfia ás provocações. Já nesta altura o Ângelo estava um bocado abatido e sonolento, mais ainda conversador.
Um certo dia estando no intervalo das aulas na E.I.O.S. no intervalo maior que eram 20 minutos, eu com mais colegas que estava-mos a ouvir o gritar dos megafones das torraites, corremos para o portão em frente ao cine império, e eis que: Três mosqueteiros, Mabeco, Russo da Garelli e o Márito, fugindo na frente do Cainga Drácula Barbosa, e o Mabeco vendo que estava-mos no portão, com o braço no ar, a fazer sinais mas sem nenhum de nós entender coisa alguma.
Eis que curvam depois do império em direcção ao local onde o Casal tinha a oficina Até aí tudo bem, só que o Drácula não conseguiu fazer a dita curva e seguiu pela Eugénio de Castro.
Eis quando se ouve de novo o mega a roncar, e o Mabeco sai quase em frente do Cainga que estava parado antes do cruzamento da oficina do Casal, daí para a escola foi um saltinho. Mabeco entra, e o portão fechou. Agora imaginem o chui a ser barrado no portão, e o mabeco a sair pelas traseiras da escola sem mais ser incomodado.
No final da tarde lá estava o Mabeco sem a torraite claro, a rir com o pessoal, depois do baile que deram ao mais temível chui de Luanda
texto da internet adaptado
1973
EU ASSINO EM BAIXO!
ResponderEliminarRui Gourgel - Café para os mais chegados, ali morei eu no nº 10 da Alda Lara, e assisti a inúmeros shows desses dados pelos tres mosqueteiros como foram apelidados.
Abraços