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21/06/2012

OS EXCLUIDOS DESTA SOCIEDADE!




Impuseram-nos modos de viver, crenças, um outro estilo de existência, e o conceito da irredutibilidade do “sistema”. Tratam-nos como dados estatísticos, porque o carácter relacional do poder estabelece-se entre quem domina e quem é dominado – ou quem não se importa de o ser.. Que impostura teatral! Tantos destinos massacrados com o único fim de edificar a efígie de uma sociedade desaparecida, baseada no trabalho e não na sua ausência; tantas existências sacrificadas ao carácter fictício do adversário que se promete abater, aos fenómenos quiméricos que se pretende querer dominar e poder jugular!

Por quanto tempo aceitaremos ser enganados e ter por inimigos apenas aqueles que nos são designados: adversários desaparecidos? Continuaremos cegos diante do perigo presente, perante os verdadeiros escolhos? O navio já naufragou, mas preferimos (encorajam-nos nesse sentido) não o reconhecer e manter-nos a bordo, ir ao fundo abrigados num cenário familiar em vez de tentar, talvez em vão, qualquer forma de salvação. Seguimos assim rotinas bem estranhas! Não sabemos se é risível ou sinistro, numa altura de perpétua e crescente penúria de empregos, impossível de erradicar, impor a cada um dos milhares de desempregados – todos os dias a busca “efectiva e permanente” desse trabalho que não existe. E todos os dias, meses e anos temos que comer, dar de comer, viver com dignidade como os demais. A sucessão de recusas, de rejeições em série, faz parte de uma encenação destinada a persuadir esses “requerentes” da sua insignificância? A inculcar no público a imagem do seu abatimento e a propagar a ideia (falsa) da responsabilidade, culpada e punida, precisamente do que pagam o erro geral ou a decisão de alguns e a cegueira de todos, incluído a sua? Tantas vidas encurraladas, manietadas, agredidas por esses poetas, aldrabões e que se apagam, tangentes a uma sociedade que se retracta. E porque nos apercebemos cada vez menos deles, porque os imaginamos ainda mais desvanecidos, apagados, escamoteados desta sociedade, chamamos-lhes excluídos.

Nada há a fazer! Resta-nos a fúria da nossa repulsa e a força imparável da nossa revolta.

Que será das gerações futuras?? E esta geração que já é a geração à RASCA!
Recebido via mail

2010

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