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05/06/2012

A CAÇA

                                 Impala
Victor Malheiros, filho da Dona Romana e do Sr, Malheiros, gostava muito de caçar. Certa vez  fomos visitar uns amigos às Palmeirinhas ali para os lados da  Barra do Quanza, e na Fazenda do Gomes e  Irmãos onde  havia muitos Veados e Gazelas que se alimentavam naquele imenso pasto, existia ai também muita galinha do mato que para a Muamba era uma maravilha
Numa noite decidiram ir caçar e eu fui também convidado, era a  minha primeira experiência de caça noturna, meu pai ,o sr. Victor, Sr. Rogério, Sr. Carlos Pinto e eu,  lá preparamos tudo, baterias para os faróis que foram  montados na grade da carroceria do jeep , o petisco e as bebidas, pois regressaríamos de manhã.
Entramos na fazenda e dirigimo-nos para os lados de Quenguela, e à primeira investida matamos um veado, tiro certeiro do Carlos Pinto, logo depois foi a vez do Victor e acertou numa gazela, Tendo ali feito logo o acampamento, e começou-se a esfolar os animais, acendeu-se uma fogueira e logo ali petiscamos umas febras só temperadas com sal, acompanhadas de um bom vinho cabeça de giz, e com umas cucas. Dividiu-se os pedaços de carne pelos presentes, para clandestinamente poderem ser transportados  pelas pessoas  nos seus automóveis, claro que no jeep Land Rover não vinha nada e assim poderia ser revistado o que era normal no posto do Futungo de Belas, Como primeira vez foi uma experiência cheia de andrenalina, pois sabia o perigo que corria por aquela caçada ser clandestina.
Meu pai não era que fosse batido nas caçadas, mas sempre ia para fazer companhia e dar uns tiros e quase sempre trazia umas belas peças de carne, que eram acondicionadas nos frigoríficos, e que minha mãe, e bem as temperava para nossa degustação..

Zé Antunes
1974

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