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27/06/2012

VAMOS APOSTAR NO TURISMO RELIGIOSO?



Se não existisse o desemprego, o regime ultraliberal inventá-lo-ia. Ele é-lhe indispensável. É ele que permite à economia privada manter, sob a opressão e o medo, a nossa população, mantendo a união e a harmonia social, através da subordinação…a dependência. E como o desemprego, infelizmente, já regista um número elevadíssimo de Cidadãos, temos que apostar e defender, áreas relacionadas com a comercialização de: vinhos, turismo, automóvel, calçado, têxteis, cortiça e madeiras, por serem atividades prestigiosas, elevadas em honra e dignidade, na criação de empregos e postos de trabalho, para o nosso País.

Há que reconhecer que sectores como a nossa Indústria de calçado, mais até pela força empreendedora do associativismo empresarial do que pela acção concertada deste ou daquele Governo, são demonstrativos de uma evolução das nossas empresas, no sentido inverso ao da competição pelo baixo custo. A qualidade da marca de Portugal nesse sector do calçado é hoje, internacional e mundialmente reconhecida, permitindo cobrar um “Prémio” por essa diferenciação.

No que concerne ao Turismo, deveríamos ser mais competitivos, mais arrojados, por se tratar de um espaço, em que temos condições naturais, para afirmar com certa convicção…que vale a pena Investir! Lembrem-se que, a umas décadas atrás, este sector correspondia a 5 por cento da riqueza gerada. Atualmente, movimenta, cerca de 14,7 por cento do PIB. É pouco? Claro que sim! Então, porque não tentar aumentar essas percentagens, se temos “potencialidade” para isso? Porque parte desses investimentos, encontra-se ainda por explorar. Reparem no “Turismo Religioso”, nomeadamente com o “Santuário de Fátima”. Todos os anos, recebe milhares e milhares de Peregrinos, que ali vão, para depositarem as suas esmolas. Mas também, se nota o efeito positivo de outro centro religioso peninsular, que é o de “Santiago de Compostela”, que regista mais de 30 mil Peregrinos anuais. Só em 2010, foram contabilizados neste Caminho, Peregrinos de cerca de 52 nacionalidades (desde o Brasil à Nova Zelândia, Austrália, Japão e Coreia do Sul), tendo como principais paragens: Lisboa, Coimbra, Porto, Barcelos, Ponde de Lima e Valença. E perguntamos: “-E o que tem feito a Igreja e o Vaticano para a Segurança rodoviária e criminal, a todos estes Peregrinos, que, anualmente, para ali se deslocam, oriundos de Terras distantes, a pé?” Nada! Simplesmente NADA! Não fossem as centenas de Voluntários e as diversas Instituições Religiosas, a prestarem auxílio a toda essa Gente, e os cofres destes mesmos Templos, destas Basílicas, Catedrais, Mosteiros e Conventos, não acumulariam tanta riqueza. Consequentemente, aproveitar estes recursos é fundamental, não apenas na ótica da geração de riqueza, mas também para assegurar a preservação desses patrimónios, cuja manutenção não pode ser posta em causa pela crise que atravessamos. Portanto, era de grande utilidade, que todos juntos (Igreja e Políticos), soubessem compreender e “explorar” melhor o Turismo Religioso, criando percursos de proteção a todos estes Portugueses e Estrangeiros, não só da circulação rodoviária, como de outras anomalias e divergências, que, enfim, possam ocorrer.

Banga Ninito

2012

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