Todos nos lembramos do selo de Povoamentos. Ele perseguia-nos a toda a hora e em qualquer local. E não havia documento ou acto que não estivesse a ele subjugado. Havia selos de diversos valores.
Confesso que ao contrário do que hoje se passa comigo, naquele tempo eu via com bons olhos o pagamento daquele selo porque "sentia-se" que Angola estava em crescimento e os nossos impostos eram bem aplicados (pelo menos aparentemente).
Associado a isto veio-me à memória o célebre “selo de povoamento”, criado ao abrigo do diploma legislativo nº 3230 de 21/3/1962, um imposto “para o progresso das populações de Angola”.
Havia vários a preços diferentes, mas o mais emblemático era mesmo um rectangular com um fundo azul berrante onde sobressaiam três caras jovens de cor diferentes, que pretendiam simbolizar a multirracialidade da então “província de um vasto império”.
Esse selo tinha que ser comprado e colocado em todo e qualquer acto ou requerimento. Penso que em determinada altura nas cartas para o interior de Angola também era obrigado a partilhar o canto superior esquerdo do envelope com as estampilhas do correio. Nos anos setenta ainda se fez na Angola independente um selo com as mesmas características para a “Reconstrução Nacional”.
Confesso que ao contrário do que hoje se passa comigo, naquele tempo eu via com bons olhos o pagamento daquele selo porque "sentia-se" que Angola estava em crescimento e os nossos impostos eram bem aplicados (pelo menos aparentemente).
Associado a isto veio-me à memória o célebre “selo de povoamento”, criado ao abrigo do diploma legislativo nº 3230 de 21/3/1962, um imposto “para o progresso das populações de Angola”.
Havia vários a preços diferentes, mas o mais emblemático era mesmo um rectangular com um fundo azul berrante onde sobressaiam três caras jovens de cor diferentes, que pretendiam simbolizar a multirracialidade da então “província de um vasto império”.
Esse selo tinha que ser comprado e colocado em todo e qualquer acto ou requerimento. Penso que em determinada altura nas cartas para o interior de Angola também era obrigado a partilhar o canto superior esquerdo do envelope com as estampilhas do correio. Nos anos setenta ainda se fez na Angola independente um selo com as mesmas características para a “Reconstrução Nacional”.
Zé Antunes
1973
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