Este meu contributo no I.A.R.N terminou em Dezembro de 1976 na Rua da Junqueira na elaboração das guias de alojamento e alimentação.
Depois de politicamente o pais estar no rumo democrático, no inicio do ano de 1977, eu o João e o Fernando Caravau fomos trabalhar para a Metalúrgica Tejo ali em Cacilhas, era um contrato de três meses e se prolongou até a um ano, de inicio iríamos para o Lavradio para a fabrica de tecidos sintéticos a FISIPE que tinha sido comprada e montada por um consorcio Japonês, e a nossa função seria a manutenção de todo o equipamento elétrico e mecânico e as caldeiras, que era onde o calcário danificava mais os equipamentos.
Lembro-me que o João teve um acidente dentro de uma Caldeira que explodiu e o feriu, pois ele encontrava-se no seu interior.
Morando em Lisboa na Avª. da Liberdade deslocava-me a pé até aos cacilheiros na Praça do Comercio e em Cacilhas num maximbombo ia até a Cova da Piedade de onde já se encontravam os restantes trabalhadores e íamos numa carrinha da Empresa até ao Lavradio.
A entrada no Complexo Industrial era as 08h00 da manhã e saída as a17h00, tendo uma hora para almoço, que era na Cantina da Fábrica e que na altura pagava-mos oito Escudos e ainda tinha um subsidio de refeição dez escudos e lembro-me de o meu vencimento semanal ser dois mil e trezentos escudos.
Findo o período de trabalho regressava a casa e depois de um bom banho e de jantar ia fazer um part-time ao Teatro Variedades de Vasco Morgado, como Técnico de Palco, estava em exibição a revista “ALDEIA DA ROUPA SUJA “ com o elenco mais na berra na época, Ivone Silva, Camilo de Oliveira, Niolau Brayner, Natália de Sousa, Nuno Emanuel, Joel Branco, Mafalda Drumond entre outros e uma grande equipe de bailarinos, era a semana toda com exceção da segunda feira que era dia de descanso, havia também as matinés ao domingo a meio da tarde, andei nestas lides com o meu irmão Fernando Antunes e com o Fernando Caravau e com o falecido Eduardo Pires, durante quase três anos.
Depois da morte de meu pai em 1978, fiquei a trabalhar na Ginginha da Avenida, mas pouco tempo depois já casado rumei a Mirandela 1980, pois ingressei nos quadros da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses sendo colocado no Posto de Manutenção de Mirandela, na cidade chamada de Princesa do Tua, da qual meu pai dizia maravilhas por ser a cidade do seu nascimento e da sua meninice. Com tanto calor no Verão chegava a ( 40º ) e de tanto frio no Inverno ( -2º ) pedi transferência para o Porto e fui colocado em Posto de Manutenção da Boavista.
No ano de 1983 regressei a Lisboa e fui colocado em Santa Apolónia onde até hoje permaneço. Com os contactos que tinha fui trabalhar para o Teatro novamente só que desta vez foi para o Teatro Monumental onde estava em exibição a Comédia “UM ZERO À ESQUERDA “ com Laura Alves, Rodolfo Neves, tendo trabalhado como técnico de Luzes e cicloramas até 1986, terminei o meu vinculo à companhia por a mesma ir fazer uma digressão aos Açores e eu não pude ir por causa dos meus compromissos com a minha Entidade Patronal.
Dediquei-me nessa altura e já a viver no Cacém a atividades hoteleiras, servindo aos fins de semana casamentos, batizados e festas, Estive também como part-time num Restaurante na Feira Popular “ Irmãos Unidos ”.
Durante a semana depois de sair do meu local de trabalho ao fim do dia, ia trabalhar em part-time para alguns Gabinetes de projetos, que era a área que mais gostava da atividade de Desenho, trabalhei na Projestil, Tecnoperte, Consulgal e Solconta, mais tarde em 1998 ingressei na Prosegur e fiz um curso de Assistente de Recinto Desportivo para poder realizar os Jogos de Futebol e eventos desportivos.
1976
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