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03/06/2012

VIAGEM A PORTUGAL

Da minha primeira viagem que fiz a Portugal continental a chamada metrópole ou como nós dizíamos “o Puto“ guardo boas recordações pois foram nove dias maravilhosos a bordo do navio “ PÁTRIA” e para um garoto com 15 anos, está-se sempre à espera de surpresas. Nesse dia 14 de Abril de 1970, pelas 14 horas, Zé Antunes,  Fernando e sua mãe  Carmitas  apresentam-se no Cais do Porto de Luanda, para embarcar no navio "Pátria" com destino ao porto de Lisboa  cais da Rocha Conde de Óbidos, pois nessa ocasião já se encontravam em Lisboa o Victor e a Mélita que tinham ido com meu pai em 1968. O Victor para estudar no Seminário de Penafirme  e a Mélita para estudar a 2ª clase na Escola Primária de Penafirme,  ficando a viver com os meus  Avós maternos. O  navio "Pátria" tinha a saída prevista para as 16 horas, e saiu na hora,  pontualidade. 
  Navio Pátria ao largo de São Tomé e Principe
O navio "Pátria" chegou ao largo de São Tomé e Principe ás 22 horas do dia 16 de Abril de  1970. Só saímos para terra no dia seguinte às 09H00 da manhã.
O navio ficou ao largo e aconselharam os passageiros a  irem a terra, numas lanchas rápidas e Zé Antunes, Nando e minha mãe Carmitas fomos a terra, mesmo antes se chegar ao porto de desembarque já minha mãe tinha deitado ao mar o pequeno almoço. Fomos visitar a casa do Governador Geral perto de uma Fazenda de Cacau a Fazenda “Boavista” onde almoçamos, passeou-se pela cidade onde vi as lavadeiras de São Tomé a lavar a roupa nos Riachos de água cristalina, vi  as lojas e edifícios de contrução colonial, pelo tudo que vi e que visitei,  gostei e fiquei encantado pela paisagem deslumbrante e tropical, pelas 17H00 foi o regresso ao navio “Pátria” que sairia pelas 20 horas do dia 17 de Abril de 1970.
O navio esteve ao largo de São Tomé e Principe  22 horas sempre a carregar sacos   de cacau e a descarregar sacos de viveres para abastecer a ilha. A  meio da viagem não sei precisar o dia faz-se uma grande festa a bordo que era para comemorar a passagem do Equador, pois os dias estavam a ser muito iguais lá se via de vez em quando uns golfinhos a acompanhar o navio ou um outro navio que se cruzava connosco e se fazia uma festa com as buzinas dos navios, davam-se  umas valentes  apitadelas, porque  de resto era sempre azul tanto o céu como o mar. Chegamos  à cidade do Funchal na muito bela ilha da Madeira. O navio "Pátria" chegou ao Funchal dia 22 de Abril as 09h30 e esteve atracado no porto  do   Funchal cerca de 8 horas:
                                                     Desembarque no Funchal
Ai fomos a terra e deu para passear, almoçar as tradicionais espetadas  e conhecer a baixa do Funchal. Comprou-se algumas recordações e estava na hora de embarcar de novo rumo a Lisboa.
O navio "Patria " chegou a Lisboa no dia 24 de Avril de 1970 às 07 h 00 da manhã, nesse dia já não fomos tomar o pequeno almoço ao Restaurante do navio, tal era a ansiedade de desembarcar, imbambas arrunadas e sacos de mão a tiracolo prontinhos para desembarcar, ficando só à erspera que que o navio acostasse para  pegarmos as malas que vinham no porão e rumarmos ao nosso destino que era Santa Cruz - Póvoa de Penafirme . Torres Vedras.Assim fizemos com a ajuda dos meus tios que estavam a nossa espera, e lá fomos conhecer os meis avós maternos e restante familia. Passeia s férias grandes entre praia e campo. e foi nesse verão de 1970 que fui a Vilar de Mouros a um frande festival de música.
O Festival de Vilar de Mouros, no seu inicio foi a 03 e 04 de Agosto de 1968, que se realizou no Campo do Casal que se realizou o primeiro Festival de Vilar de Mouros eclético, com a Banda da Guarda Nacional Repúblicana. Zeca Afonso, Luis Goes, Adriano Correia de Oliveira, Carlos Paredes, Quinteto Académico+2,  Shegundo Galarza e ops habituais grupos de Folclore.

Elton Jonh e Manfred Mann no "Woodstock português

O que se escreveu na altura
Três anos para preparar o primeiro grande festival do país
Beatles, Rolling Stones e Pink Floyd entre as primeiras escolhas
O programa do Festival
A história de D. Garcia
A fraca afluência da abertura clássica
Militares com freiras
A " peregrinação a Vilar de Mouros
Júlio Isidro dá boleia a Elton Jonh
O arranque de Festival de Música Moderna
O estranho apqrelho de Manfred Mann
A apatia do Público
Elton Jonh " showmen"
Música tropical e fado a fechar
O festival recordado por quem o viveu

Pena não ter assistido a este festival, pois só se realizaria no ano de 1971 e ai nessa data já me encontrava de novo em Luanda - Angola

Começo das aulas em Setembro na Escola Indústrial e Comercial de Torres Vedras, levantava-me todos os dias ás 06h00 da manhã para apanhar um maximbombo que aqui se chama de Carreira dos Claras e ia da Póvoa de Penafirme a Torres Vedras ( 10 kmºs ) +ara ter aulas ás 07h30, muito frio, muita chuva, uma altura disse a meu pai que queria ir para Luanda pois não me adaptava ao clima e os meus amigos estavam todos em Luanda.
Nesse entretanto aos fins de semana vinha a Lisboa muitas vezes, para ver o pulsar das noites alfacinhas.
Meu pai deve ter atendido ao meu pedido e depois porque se gastava algum dinheiro com as 5 pessoas que aqui estavam regressamos todos a Luanda no dia 30 de Novembro de 1970
Eu, minha mãe , Melita, fernando e Victor.

1970

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